The New York Times destaca os protestos no Brasil
17 DE JUNHO DE 2013 | 23:43
O The New York Times ficou ligado nos últimos acontecimentos no Brasil, ou seja, os protestos que mobilizaram milhões de pessoas no país nessa segunda-feira. O jornalão americano conta que a ação pode ser classificada como um dos maiores acontecimentos relevantes desde a ditadura militar no país, que terminou em 1985, em números de participação. “Dezenas de milhares de pessoas se reuniram na maior cidade do Brasil (São Paulo), além de Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba , Belém e Brasília, a capital, onde os manifestantes subiram no telhado do Congresso”. A publicação também traçou um paralelo com os protestos antigovernamentais na Turquia: “As manifestações no Brasil se intensificaram depois de dura repressão policial na semana passada que surpreendeu muitos cidadãos. Em imagens compartilhadas amplamente na mídia social, a polícia foi vista batendo em manifestantes desarmados com cassetetes para dispersar multidões, disparando balas de borracha e gás lacrimogêneo. Enquanto a manifestação em São Paulo não foi marcada pela violência, a polícia anti-motim em Belo Horizonte dispersou manifestantes com spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Em Porto Alegre, no sul do Brasil, os policiais também usaram gás lacrimogêneo. No Rio de Janeiro 100 mil manisfestantes foram às ruas e imagens televisivas mostraram manifestantes mascarados que tentavam vandalizar edifícios públicos, incluindo Alerj. Em Brasília, a polícia foi surpreendida por populares que dançaram e cantaram no telhado do Congresso, um edifício modernista projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer”, diz o artigo, citando que esses protestos massivos são incomuns no país, com alguns analistas políticos descrevendo o uma insatisfação generalizada dos elevados níveis de desigualdade e dos serviços públicos precários.
Segundo o jornal, o Brasil agora parece girar em direção a uma nova fase de interação entre manifestantes e líderes políticos com a onda de protestos. “Estudantes universitários em São Paulo e também os profissionais de meia-idade e pais com crianças em carrinhos também estavam presentes. A cena parecia, ao mesmo tempo, furiosa e festiva. Alguns manifestantes se cobriram com bandeiras e um cartaz dizia: ‘Brasil Colônia, até quando?’
O New York Times também comentou a questão da construção milionário dos estádios esportivos em várias cidades que sediarão a Copa do Mundo de 2014. “Alguns projetos foram impedidos pelo excesso de custos e atrasos, as estruturas inacabadas ganharam uma injeção de recursos num momento em que as escolas e sistemas de transporte público precisam de atualizações”.
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