Relatório
sobre Intolerância Contra Cristãos Apresentado na Comissão de Direitos Humanos
da ONU
Dra. Rebecca Oas
NOVA IORQUE, EUA, 2 de novembro de 2012 (C-FAM) Pais
na Alemanha que querem educar seus filhos com uma cosmovisão cristã têm sido
presos e multados por tentarem livrar seus filhos de programas de educação
sexual estatalmente compulsórios, de acordo com um relatório do Observatório da
Intolerância e Discriminação contra Cristãos e apresentado ao Escritório do
Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos (EACDH). Em pelo menos três
exemplos separados pais cristãos foram punidos na base de que o governo queria
“impedir sociedades paralelas”. A educação escolar em casa continua ilegal na
Alemanha, independente das razões religiosas e culturais dos pais para
desejarem educar os filhos em casa.
O relatório descreve numerosos exemplos de autoridades
alemãs usando medidas opressivas contra os cristãos que agem de acordo com suas
convicções religiosas e morais, tais como restringir atividade pró-vida perto
de clínicas de aborto e centros de aconselhamento que encaminham para abortos.
O relatório pede que a Alemanha faça uma emenda em sua lei para permitir
isenções legais para farmacêuticos que objetam à distribuição de pílulas do dia
seguinte por motivos religiosos. A Alemanha não estende proteção legal para
objeções por motivo de consciência para drogas potencialmente abortivas.
A disposição de hostilidade na Alemanha para com o
Cristianismo passa por numerosos exemplos de vandalismo, destruição de
propriedade e exibições difamatórias enumerados no relatório. Muitos deles
envolvem a destruição ou difamação de símbolos, igrejas e cemitérios cristãos
bem como locais de importância religiosa tais como o lugar de nascimento do
Papa Bento 16.
O Observatório vem documentando ataques à liberdade
religiosa na Europa desde 2005, e compila relatórios para levar esses assuntos
à atenção de instituições internacionais. O relatório preenche um vácuo criado
pela falta de reportagens dos meios de comunicação sobre a opressão que sofrem
os cristãos e a antipatia às convicções morais. “Jornalistas e responsáveis por
políticas públicas são muitas vezes mais anticristãos do que os cidadãos
comuns. Mas eles moldam a disposição do país”, comentou a Dra. Gudrun Kugler,
diretora do Observatório, numa entrevista ao Mercatornet.
O relatório do Observatório foi apresentado em
antecipação da reunião da Comissão de Direitos Humanos encarregada de examinar
como a Alemanha está implementando o Pacto Internacional de Direitos Civis e
Políticos. Esse tratado defende a “liberdade de fé, consciência de professar um
credo religioso ou filosófico”, mas também declara sua proteção de uma
“liberdade negativa de fé” definida como a rejeição de uma religião e seus símbolos.
Os exemplos dados no relatório do Observatório avisam de uma sociedade que está
se afastando de uma liberdade de fé e está caminhando para uma cultura que só
tolera ser livre da fé.
Na última sexta-feira, o Inspetor Especial da ONU
sobre Liberdade ou Religião ou Convicção fez um discurso no Terceiro Comitê da
Assembleia Geral em Nova Iorque. Ecoando preocupações semelhantes levantadas
pelo Observatório, vários países membros perguntaram ao Dr. Heiner Bielefeldt
sobre o equilíbrio entre os direitos das crianças e os direitos de seus pais no
assunto de educação religiosa.
“A grande filosofia por trás da convenção dos direitos
das crianças é que os pais são guardiões dos direitos das crianças, de modo que
os direitos das crianças naturalmente também exigem a orientação dos pais”,
respondeu o Dr. Bielefeldt.
Tradução: www.juliosevero.com
Fonte: Friday Fax
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