Julio Severo
O Mensalão está nas manchetes, e um dos nomes
envolvidos é o de Carlos Alberto Rodrigues Pinto, mais conhecido como Bispo
Rodrigues, um dos fundadores da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
No julgamento do Mensalão, Rodrigues está sendo
acusado de lavagem ou ocultação de dinheiro e corrupção passiva. Segundo a
acusação, ele havia recebido R$ 150 mil nas eleições de 2002 para pagar
despesas da campanha presidencial de Lula no Rio.
Foi uma reviravolta e tanto na vida do bispo.
No início da década de 1980, era comum ver o rosto
dele colado à figura do Bispo Edir Macedo em seu programa de entrevistas na
televisão. O programa apresentava geralmente pais e mães de santo dando
testemunho das trevas que são a bruxaria e como Jesus Cristo havia feito uma
grande diferença na vida deles.
Anos mais tarde, porém, tudo mudou — ou, pior, tudo
imundou. Em vez de ajudar os possessos, Rodrigues começou a se aliar a eles.
Antes da eleição de Lula em 2002, o Bispo Rodrigues
fazia peregrinações no meio das lideranças evangélicas, proclamando: “Temos
a obrigação de entrar de cabeça na campanha do Lula… Por isso vamos adotar uma
nova forma de fazer política. Trata-se do socialismo de resultados”.
Ele se tornou um evangélico progressista — rótulo que
tem o mesmo significado de esquerdista, marxista ou socialista.
A mudança de Rodrigues foi radical, e ele deu provas
disso, chegando ao ponto de pedir perdão a Lula pelos anos de oposição que a
IURD lhe havia feito.
Em 2003, ele cometeu outro erro fatal: pediu perdão
aos adeptos do candomblé no plenário do Congresso Nacional por toda a
“oposição” que a IURD lhes havia feito. No mesmo ano, ele caiu de sua posição
de deputado federal e, embora seja hoje um “empresário de telecomunicações”,
seu nome está envolvido na mesma sujeira de corrupção em que está o PT.
O nome de Edir Macedo não aparece no escândalo do
Mensalão. Mas aparece no escândalo do aborto — cuja legalização é meta obsessiva do
PT.
O que será de Rodrigues e Macedo no Grande Dia? Será o
que Jesus diz:
“Nem todo aquele que diz a mim: ‘Senhor, Senhor!’
entrará no Reino dos céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai, que está
nos céus. Muitos dirão a mim naquele dia: ‘Senhor, Senhor! Não temos nós
profetizado em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios? E, em teu nome,
não realizamos muitos milagres?’ Então lhes declararei: Nunca os conheci.
Afastai-vos da minha presença, vós que praticais o mal”. (Mateus
7:21-23 KJA)
Se naquele grande dia forem honestos, os dois
fundadores da IURD dirão:
“Senhor, Senhor! Não levamos, em teu nome, o teu povo
até o PT? Em teu nome não apoiamos Lula e outros possessos? E, em teu nome, não
apoiamos o aborto?”
Por causa de suas conexões influentes, Rodrigues,
Macedo, Caio Fábio e Manoel Ferreira podem escapar do julgamento humano. Mas do
Julgamento celestial ninguém escapa.
Aliás, será que já não estamos vendo um prenúncio do
Grande Juízo sobre eles? Ou será mera coincidência que os grandes nomes
evangélicos que ajudaram a esquerda no Brasil tiveram quedas e fins amargos?
Será coincidência que, depois de encontros com Lula no
início da década de 1990 e seu esforço para aproximar os evangélicos de Lula e
do PT, Caio Fábio, que outrora foi como um poderoso papa presbiteriano, tenha
sido atingido por escândalos sexuais e financeiros que o derrubaram de seu
trono no final da década de 1990?
Será coincidência que o Bispo Rodrigues, que pediu
perdão a Lula e aos adeptos do candomblé, tenha se tornado um poderoso chefão
evangélico, subsequentemente sendo derrubado por um estrondoso escândalo
político e financeiro?
Todos eles traíram o Senhor Jesus Cristo em troca de
um prato de lentilha petista e esquerdista.
Será mesmo mera coincidência todos os escândalos,
tragédias e quedas que lhes sobrevieram?
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