Comissão
da Verdade vai investigar católicos e evangélicos anticomunistas
Julio Severo
A Comissão Nacional da Verdade, criada pelo governo de
Dilma Rousseff para investigar cidadãos brasileiros anticomunistas, agora vai
incluir na sua lista negra padres e pastores, que serão investigados para se
apurar seu grau de envolvimento na “perseguição” que militantes comunistas
passaram durante o regime militar (1964-1985).
Pelo fato de que o clima atual do Brasil, tanto
midiático quanto governamental, é francamente favorável ao marxismo, os que
lutaram para implantar o comunismo no Brasil e sofreram resistência da
população, das igrejas e das forças armadas são hoje rotulados de “heróis”. A
própria Dilma Rousseff, que esteve envolvida em varias ações de violência
armada e terrorismo, nunca sentiu necessidade de pedir perdão ao Brasil pelos
brasileiros feridos e mortos por ações terroristas apoiadas por ela.
Contudo, de modo insano, Dilma juntamente com os
católicos e evangélicos que queriam derrubar o governo do Brasil são
classificados como uma espécie de “guerreiros democráticos”, vindo em socorro
da população diante da “ameaça” dos militares, que desde a década de 1930 estavam impedindo os
comunistas de implantar no Brasil a mesma “democracia” que existia na União
Soviética.
A verdade, porém, é que diante da violência vermelha
antes e depois do regime militar, líderes católicos e evangélicos se sentiram
na obrigação de deter a ameaça vermelha, denunciando membros de igrejas
envolvidos em militância comunista. Afinal, o que fazer?
O Rev. Alberto Thieme conta que, na sua juventude, ele
testemunhou no centro de São Paulo pessoas sofrendo uma rajada de metralhadora.
O resultado foi mortos e feridos. Os responsáveis eram os graciosos “guerreiros
democráticos”. Seria errado um pastor denunciar às autoridades um membro
envolvido em tal “guerra democrática”?
O Rev. Walter Altmann viajava para os países da
Cortina de Ferro durante as décadas de 1960 e 1970, com as despesas custeadas
pelos comunistas soviéticos. Anos atrás, ele foi presidente da Igreja
Evangélica de Confissão Luterana (IECLB) no Brasil. Se algum pastor o tivesse
denunciado, hoje estaria sob risco de entrar na lista negra da Comissão da
Verdade Dilmônica. Mas os pastores luteranos não o “delataram”. Resultado? A IECLB está em avançado estado de putrefação debaixo da
influência marxista.
E se o bando terrorista de Dilma, atuante e sanguinário
mais de 40 anos atrás, tivesse um membro evangélico? A obrigação moral e cristã
do pastor era denunciar o membro criminoso. Mas hoje, com os criminosos
ocupando importantes postos do governo brasileiro, o pastor seria condenado
pela boa ação.
Agora, o papel da comissão será levantar os nomes dos
pastores que fizeram boa ação.
É evidente que a caça aos evangélicos contrários ao
comunismo já começou. O blogueiro antievangélico Paulo Lopes, aproveitando as
notícias sobre as investigações da Comissão da Verdade contra padres e
pastores, mencionou o nome do pastor batista Enéas Tognini, que está hoje com
99 anos.
O Pr. Tognini foi apontado pelo blogueiro raivoso como
“um religioso que ficou do lado da repressão militar”, numa óbvia e maliciosa
insinuação de que o idoso e íntegro pastor é um “criminoso”.
O crime do pastor batista? Ele convocou os evangélicos
de todo o Brasil para um dia jejum e oração para que o governo brasileiro fosse
salvo da ameaça comunista. “Não me arrependo porque eles [os militares] fizeram
um bom trabalho. Salvaram a pátria do comunismo”, disse Tognini, segundo
“denúncia” de Lopes.
Prepare-se: se você é cristão, viveu na época do
regime militar e apenas orou contra o comunismo, fique em silêncio. Se
descobrirem que você fez tal oração, você corre o sério risco de ser colocado
ao lado do Pr. Enéas na lista negra dos que cometeram “crimes”, ainda que em
pensamento e em espírito, contra a imposição do comunismo no Brasil.
O blogueiro antievangélico deveria também incluir o
nome do Rev. Richard Wurmbrand, que, mesmo depois de ser torturado durante anos
por comunistas, não quis entregar sua alma ao generoso Estado totalitário
comunista. Como prova do crime dele, a Comissão da Verdade deveria usar este
vídeo: http://youtu.be/fWOJk_czoz4
Além disso, o Rev. Wurmbrand acusava o marxismo de ser
satanismo e Karl Marx de ser satanista, colocando diretamente em risco a vida
os pastores e outros líderes evangélicos envolvidos em militância marxista. O
Rev. Wurmbrand deveria ser acusado postumamente de difamação pela Comissão da
Verdade.
Muitos dos pastores que militavam pelo comunismo —
entre eles presbiterianos, batistas e metodistas —, acabaram se exilando
debaixo das asas do Conselho Mundial de Igrejas na Europa ou nos Estados
Unidos. Nenhum deles quis exílio na União Soviética ou Coreia do Norte. Agora,
além das gordas indenizações, eles terão uma voz para condenar os que os
condenaram. Eles poderão dar depoimentos e ajudar nas investigações contra as
igrejas que, em vez de se alinharem com eles e sua militância, se colocaram
contra o comunismo.
Mesmo antes de começar a mirar nos líderes cristãos, a
Comissão da Verdade já estava recebendo apoio de evangélicos progressistas.
(Não cito a CNBB aqui porque não sou católico. Cabe aos próprios católicos
denunciar esse sindicato de bispos esquerdistas.)
Desde o ano passado, o tabloide sensacionalista
Genizah vem ajudando a preparar o terreno para a investigação da Comissão da
Verdade, canonizando evangélicos esquerdistas e denunciando o Pr. Enéas
Tognini. A ação do Genizah foi denunciada por meu blog na mesma época no artigo
“Sensacionalismo gospel vermelho”.
A Comissão da Verdade vai pesquisar documentos,
depoimentos, teses e arquivos internacionais, especialmente do arquivo do Conselho Mundial de Igrejas, para chegar até os nomes dos
pastores e padres “culpados”.
Esse é um quadro bastante invertido, onde os
criminosos foram inocentados pelos companheiros e onde os inocentes não serão
poupados pelos criminosos.
Eu gostaria que um novo Enéas Tognini se levantasse em
nossos dias para convocar o povo de Deus em oração e jejum. A resposta dos céus
inevitavelmente derrubaria a máscara da Comissão Nacional da Verdade,
deixando-a nua e exposta pelo que de fato é: Comissão da Mentira.
Eu gostaria de uma Comissão da Verdade para investigar
Dona Dilma e seus ministros, cujo histórico é criminoso. Se não for neste
mundo, é certo que Dona Dilma, seus ministros e os pastores vermelhos
gordamente indenizados com o dinheiro de nosso bolso se prostrarão diante
dAquele que é a Verdade.
Ali, a justiça será justa, a condenação será certa e
eterna e o terrorismo e a militância comunista em nome do Evangelho ou dos
pobres não ficarão impunes.
No entanto, se o povo de Deus se unir em oração e
jejum, a impunidade, a mentira e a sem-vergonhice cairão por terra antes mesmo
da eternidade sobrevir sobre eles.
Fonte: www.juliosevero.com
Leitura recomendada:
Nenhum comentário:
Postar um comentário