COMO RECONHECER UM CRENTE/EVANGÉLICO?

Este é o nome de um artigo postado em blog brasileiro. Veja o que dizem de suas filhas e de vocês, irmãos e irmãs evangélicos. Conteúdo EXTREMAMENTE OFENSIVO, impróprio para menores de idade. Fica a pergunta: ONDE ESTÃO AS AUTORIDADES DESTE PAÍS? Maiores de idade cliquem aqui.

domingo, 4 de novembro de 2012

Fé simples: REFORMA

Fé Simples

Reforma

Em mais um aniversário da Reforma Protestante, podemos refletir sobre o cristianismo atual e (por que não?) questionar se precisamos de uma nova Reforma.
Há 495 anos, em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero publicava nas portas da igreja do castelo de Winttenberg (foto acima) suas 95 teses que questionavam alguns procedimentos da Igreja Católica que eram contrários aos princípios bíblicos. Muito resumidamente, tudo começou com estudos bíblicos que geraram alguns questionamentos, interpretados como rebelião, que se tornaram na Reforma Protestante. Graças a Deus!
Martinho Lutero não era um rebelde, sua intenção inicial não era dividir a igreja, antes, ele queria chamar sua liderança para dialogar e discutir alguns pontos que ele julgava não ser parte da vontade de Deus revelada em Sua Palavra.
Bastante tempo passou e o cenário acima se repete ainda hoje em inúmeras comunidades, reafirmando que a Reforma é mais que um momento histórico que ficou no passado, ela é atual, contínua e necessária:
Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est  — Gisbertus Voetius (1589-1676)
A sentença acima (em latim) pode ser traduzida como “A Igreja é reformada e está sempre se reformando“, é um processo que não tem fim, mas, não significa que a Igreja está incompleta ou que deve mudar para acompanhar as todas as transformações de seu tempo, não é disto que se trata, mas é uma afirmação de que a Igreja deve estar sempre voltada à Palavra para evitar que novos desvios aconteçam.
Dizem que se tornaram heróis os covardes que não tiveram coragem de fugir. Como consequência de sua posição diante dos desvios, contradições e desmandos da igreja Lutero enfrentou perseguição, acusações e precisou da ajuda de amigos para que não fosse morto. Lutero teve de fugir e se esconder, só assim ele pode dar continuidade ao seu trabalho e trazer a igreja de volta ao verdadeiro Evangelho.
Foi preciso muita coragem para que Lutero rompesse com o sistema religioso a que pertencia e enfrentasse todas as consequências, permanecendo firme na Palavra:
A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço. — Martinho Lutero
Afinal, de que valeria ganhar o mundo, perdendo aos poucos a própria alma? No fim, Lutero não reformou seus líderes, mas saiu de onde estava, permitiu ser reformado e assim alcançou a outros.
É fácil observar ao redor e identificar que mesmo entre os “evangélicos” ainda existem indulgências que não são compradas apenas com dinheiro, mas com consciências que muitas vezes são entregues em troca de cargos, títulos e favores espirituais. E nem é preciso mencionar que quem ousa questionar tais práticas corre sério risco. Também é igualmente fácil transferir a culpa por estes abusos e desvios para um sistema. Difícil mesmo é assumir que a Reforma só é necessária para reduzir, senão eliminar, as influências do fator humano na condução da igreja e na prática da fé cristã, colocando em evidência a importância da Palavra.
É preciso coragem para manter nossa consciência íntegra diante de qualquer sistema, sem abrir mão das verdades divinas reveladas na Palavra. Lutar contra um determinado sistema religioso talvez não seja mais o objetivo da Reforma, o mais provável é que nós sejamos este alvo. Não precisamos de mais uma reforma institucional, mas de reformas pessoais, íntimas e particulares. É necessário reformar a si mesmo e manter-se em constante reforma se quisermos viver um cristianismo bíblico.
Que Deus nos ajude em nossa própria reforma, que consideremos a importância de questionar se não nos tornamos meros repetidores de coisas que não poderíamos concordar por serem contrárias aos princípios bíblicos. Que avaliemos se não estamos nos sujeitando a isto com a intenção de, talvez, um dia liderar alguma mudança, pois estaríamos apenas prostituindo nossa consciência, perdendo tempo e confundindo orgulho com fé, piedade e obediência.
De fato, se Deus nos quer para alguma nova Reforma ela será pessoal.

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