NIVALDO CORDEIRO
Eu comentei em vídeo ontem as eleições dos EUA, que se realizam hoje, enfatizando a preferência unânime da esquerda (e da mídia, ela toda esquerdista) pelo candidato Barack Obama e contra o candidato republicano Mitt Romney . Volto ao tema para comentar o abominável editorial do Estadão (Por que torcer por Obama), que faz coro com a esquerda mundial. Penso que vale o comentário, porque o editorialista explicitou os supostos (e falsos) argumentos em prol de Barack Obama.
Dois argumentos se destacam logo no primeiro parágrafo. Mitt Romney é descrito como (1) um militarista obscurantista e (2) um patrocinador do “retrocesso econômico”. O editorialista sublinha em Romney uma suposta “dependência dos mesmos gurus neoconservadores que atiçaram George W. Bush para a aventura da guerra no Iraque”, o que poderia incentivar Israel a resolver o problema nuclear iraniano por meios militares.
O que divide Obama e Romney está totalmente explícito nesses argumentos. Em matéria de política externa teríamos a substituição da desastrada política externa de Obama, que levou ao desastre na Líbia e à guerra civil na Síria e ao fortalecimento do poder global da China. Queira ou não, a política de esquerda nos últimos quatro anos fragilizou a posição dos EUA, tanto em relação aos ‘amigos’ europeus como aos inimigos. Enfrentar o poderio da China é uma escolha que se impõe; ser o guardião da ordem mundial contra o terrorismo, também.
Manter Obama será enfraquecer a força do país, fato que não interessa, em última análise, a ninguém do Ocidente. Apenas a esquerda ideológica ensandecida, falsamente pacifista, empunha essa bandeira equivocada. É preciso resistir aos bárbaros antiocidentais. Não é deixando que prosperem loucuras eufemísticas como ‘Primavera Árabe’ que a paz mundial será preservada. Da mesma forma, não é por assistir impassível à expansão militar da China que os interesses maiores do Ocidente serão resguardados.
Em matéria econômica temos também um divisor de águas. Ou prevalecerá a proposta socialista de Obama, que acredita que é possível descolar a distribuição de renda da sua produção, ou prevalecerá a ética do livre mercado, de moral superior e de eficiência demonstrada. O flerte de Obama com as práticas socialistas tem posto em perigo o próprio dinamismo da economia americana. Mitt Romney, se eleito, reacenderá mundialmente a crença no livre mercado e nas instituições capitalista.
É certo que essas eleições definirão a macro política mundial nos próximos anos. São candidaturas antagônicas, visões de mundo alternativas entre si. Ao contrário do editorialistas do Estadão, eu penso que as forças representadas – sobretudo as ideias representadas – na candidatura de Mitt Romney são as melhores para todo o mundo.
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