16 de novembro de 2014
LGBTs Contam Estórias Exageradas no Comitê de Tortura da ONU
GENEBRA, Suíça, novembro (C-Fam)
Ativistas americanos contra a “terapia reparativa” pediram que o Comitê da ONU
sobre Tortura definisse a prática como forma de tortura e violação do direito
internacional.
Em debate está o tratamento buscado por pessoas que
batalham contra desejos homossexuais indesejados. Muitos terapeutas ainda
oferecem o tratamento para os que pedem, ainda que organizações profissionais
para a comunidade terapêutica digam que o desejo de mesmo sexo não seja uma
forma de doença mental e desestimulem esse tipo de terapia.
Há um movimento nos Estados Unidos para proibir
mediante leis todas essas terapias. Nova Jérsei e Califórnia já proibiram a
terapia reparativa para menores de idade e o Centro Nacional de Direitos
Lésbicos está fazendo campanha para que nos próximos cinco anos os EUA a
proíbam em nível nacional. Foi essa organização que foi até Genebra nesta
semana.
O Comitê da ONU sobre Tortura é um órgão de
monitoração de tratados que fiscaliza a implementação do tratado da ONU contra
tortura cometida por países que o ratificaram. O mesmo comitê repreendeu, de
forma infame, o Vaticano no começo deste ano por causa do ensino da Igreja
sobre o aborto. Um membro do comitê, a americana Felice Gaer, disse que as leis
contra o aborto são uma forma de tortura.
A convenção que proíbe tortura define tortura como a
imposição deliberada de sofrimento físico ou mental por parte de uma
“autoridade pública” a fim de provocar uma confissão ou como forma de punição
ou represália.
Os Estados Unidos estão no banco dos réus nesta semana.
Sob a prática adotada pelo comitê, todos os grupos recebem uma chance de
apresentar uma queixa formal na forma de “relatórios paralelos” ao comitê.
Muitas vezes, o comitê, sem nada questionar, adota as acusações, e até teorias
legais, apresentadas nesses relatórios quando questionam os governos que
apresentam os relatórios.
Na terça-feira, os ativistas se reuniram em privado
com o comitê e lhes contaram histórias de horror sobre tortura alegada que
alguns passaram em “terapias reparativas.”
Uma das testemunhas foi um jovem chamado Samuel
Brinton que se tornou uma celebridade desde que foi filmado num documentário
americano alguns anos atrás. Brinton diz que seus pais o enviaram a um
terapeuta que lhe amarrou as mãos e colocou grandes pedaços de gelo em suas
palmas que estavam viradas para cima, amarrou fios de cobre em seus braços e
fixou eletrodos em seus dedos a fim de torturá-lo toda vez que ele ficasse
excitado com uma forma masculina. Esses tipos de acusação são comuns entre
ativistas que tentam proibir a “terapia reparativa.”
A veracidade de Brinton tem sido questionada não pela
direita religiosa, mas por importantes figuras LGBT, inclusive Wayne Besen,
principal porta-voz da organização LGBT Campanha dos Direitos Humanos, que
agora administra um site chamado “A Verdade Vence” que é dedicado a descobrir o
que considera ser mentiras “antigays” entre conservadores sociais e ex-gays.
Besen disse que ele tentou por um mês chegar ao fundo
da história de Brinton, mas não conseguiu. Ele pressionou Brinton para ter o
nome do terapeuta que lhe fez isso. Brinton disse que não conseguia se lembrar
e que ele não tem de provar sua história. Besen pois disse que a história de
Brinton não é verificável e não deveria ser usada.
Mesmo assim, Brinton estava em Genebra contando sua
história nesta semana.
A delegação dos EUA recebeu muitas perguntas
relacionadas a esses tipos de acusações. Um questionador queria saber o que os
EUA estavam fazendo para processar os profissionais que usam tal terapia.
O relatório final do comitê será publicando nas
próximas semanas e provavelmente fará recomendações para restringir a “terapia
reparativa.”
Tradução:
Julio Severo
Fonte:
Friday
Fax
Divulgação:
www.juliosevero.com
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recomendada:
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