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França
Acusada de Brutalidade Policial Contra Manifestantes do Casamento Tradicional
Dr. Stefano Gennarini
PARIS, França (C-FAM) Um advogado
internacional entrou com denúncias contra a França no Conselho de Direitos
Humanos da ONU por brutalizar manifestantes pacíficos. Vídeos mostram a polícia
francesa batendo em manifestantes pró-casamento, usando gás lacrimogênio e
cassetetes contra mulheres, homens, idosos e crianças.
O casamento e adoção homossexual se tornaram lei na França em 18 de maio. Mas um movimento contando milhões de cidadãos franceses está determinado a mudar isso. La Manif Pour Tous, que significa “manifestação para todos,” não está cedendo apesar das tentativas governamentais de intimidá-los e reprimi-los com violência.
Desde que a lei foi aprovada, La Manif vem seguindo o
presidente francês Francois Hollande com manifestações exuberantes
caracterizadas por jovens de face limpa, famílias e idosos que acreditam que as
crianças têm direito a uma mãe e um pai.
As autoridades francesas decidiram que os
manifestantes pró-família são uma ameaça pública. As tropas de choque aparecem
em todos os lugares em que aparecem os manifestantes. Eles têm sido sujeitos a
infundas verificações de identidade, prisões arbitrárias e detenções, bem como
brutalidade policial por meio de agressões físicas e gás lacrimogênio.
Entre os que sofreram violência policial estão Christine Boutin, ex-ministra do governo Sarkozy que sofreu um ataque de gás lacrimogênio, e Jean-Fredrick Poisson, membro da Assembleia Nacional da França.
Entre os que sofreram violência policial estão Christine Boutin, ex-ministra do governo Sarkozy que sofreu um ataque de gás lacrimogênio, e Jean-Fredrick Poisson, membro da Assembleia Nacional da França.
Uma reportagem do jornal Le Figaro tem estimativas de
mais de mil prisões e 500 detenções desde 26 de maio. Mais de 150 indivíduos
entraram com denúncias por meio de diferentes mecanismos de reparação.
Em comparação, quando violentas badernas irromperam
depois de uma vitória do time de futebol de Paris em maio, apenas 11 pessoas
foram presas. Cerca de 300 foram presos numa manifestação La Manif no mesmo
mês.
Muitos foram presos exclusivamente por estarem
vestidos com uma camiseta com o lema de La Manif, um desenho com uma mãe e um
pai com dois filhos. Quarenta e oito parlamentares exigiram que Holland
terminasse as detenções e prisões arbitrárias.
De acordo com os organizadores, três aglomerações em
massa de até um milhão de manifestantes ocorreram desde janeiro. Manoel Valls,
ministro francês do Interior, justifica a presença das tropas de choque citando
rápidos confrontos entre a tropa de choque e “algumas centenas” de
manifestantes no final de algumas manifestações.
Mas os vídeos
mostram as tropas de choque francesas agredindo pacíficos manifestantes e
famílias com crianças e idosos ou deficientes cidadãos franceses cegados por
gás lacrimogênio. Imagens da polícia a paisana
indicam que eles estavam sob ordens de instigar violência e então reprimir os
manifestantes de modo violento.
Um advogado de direitos humanos trouxe uma queixa
contra a França na sessão mais recente do Conselho de Direitos Humanos da ONU
em Genebra. Gregor Pupnick do Centro Europeu de Lei e Justiça (CELJ) lamenta
que a França, um país que afirma ter um histórico exemplar de direitos humanos,
seja o primeiro país europeu contra o qual o CELJ tem entrado com uma queixa na
ONU. O CELJ realizou um debate da repressão a La Manif no Conselho da Europa
nesta semana.
Um comício na segunda-feira protestou contra o
julgamento de um manifestante pacífico, Nicolas Bernard-Busse, de 23 anos. Ele
foi sentenciado a dois meses de prisão e mil euros. Nicolas se refugiou num
restaurante depois que a polícia agrediu um grupo de manifestantes em 26 de
maio. Ele foi acusado de esquivar-se da prisão, muito embora não tivesse sido alegada
nenhuma causa contra ele.
Dezenas de casos iguais ao de Nicolas inundarão o
sistema judicial francês nos próximos meses, e talvez anos. Os manifestantes
dizem que não se importam quanto tempo leve para revogar a lei.
Axel, um líder de jovens, disse aos participantes num
comício que foi violentamente disperso pela polícia: “É nossa vida interior,
nossa paz, nosso amor que formam a maior força de resistência, e a isso, nada
há que o governo possa fazer para se opor.”
Tradução: www.juliosevero.com
Fonte: C-Fam
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