Para o jornal, não há dúvida de que a causa são os brutais métodos de desenvolvimento econômico socialista das três últimas décadas.
O Partido Comunista Chinês (PCCh) ganhou riqueza e poder na esfera internacional, mas estragou as próprias bases desse avanço e hoje ameaça ruir de um modo sem igual na história.
Estudos independentes afirmam que até 70% das terras chinesas estariam seriamente contaminadas. Camponeses e populares estão se revoltando com uma crescente frequência e intensidade.
Nas cidades deste país, no qual é proibido fazer manifestação, multiplicam-se os protestos de rua. Simultaneamente, milhares de denúncias públicas através das redes sociais apavoram o governo.
Os chineses optaram por contestar a perversa autoridade que os oprime.
Em Dalian, no leste do país, um protesto multitudinário bloqueou a ampliação de uma petroquímica da cidade, e o sucesso da manifestação passou a ser imitado em outras regiões.
Sem coragem de enfrentá-los, Pequim tenta ludibriar os descontentes. Segundo anunciou recentemente o Ministério de Terras e Recursos, será feito um estudo em grande escala em todo o território para conhecer o nível de contaminação do solo.
Serão colhidas amostras em diversas profundidades, a fim de investigar as condições do local e o impacto da atividade humana. O Ministério de Terras diz que não se sabe quando se conhecerão os resultados, porque a contaminação do solo é “segredo de Estado”.
O anúncio soou como mais uma tentativa de empurrar para as calendas gregas qualquer solução. Enquanto isso, a população se intoxica respirando, bebendo, comendo ou tomando banho.
O Ministério de Meio Ambiente diz que as terras em uso estão contaminadas com metais pesados e pesticidas proibidos nos anos 80. Zhuang Guotai, responsável pelo trabalho, disse que tudo isso é devido à descontrolada Reforma Agrária chinesa.
O socialismo no campo quis duplicar a produção de grãos em 30 anos com seus métodos confiscatórios e dirigistas e agora apela ao Brasil e à Argentina para alimentar a população.
Entrementes, continúa mantendo a periclitante estrutura econômica marxista, que por todo lado se mostra prestes a desabar.
O escândalo, diz Clarin, é tão agudo que o governo socialista escolheu falsificar os dados oficiais e silenciar os resultados dos laudos de contaminação ambiental.
Ninguém conhece os resultados do primeiro estudo nacional de contaminação do solo, iniciado em 2006.
Os acadêmicos que participaram dele narraram que o governo apagou os dados colhidos desde o início.
A contaminação do solo é a maior ameaça à saúde da população chinesa. Ela intoxica toda a cadeia alimentar pelo uso indiscriminado de pesticidas e fertilizantes, carregados de elementos tóxicos como chumbo, arsênico ou cadmio.
Em Cantão (hoje Guangzhou, capital da província de Guangdong), no sul do país, até 44% das amostras de arroz revelaram níveis muito elevados de cadmio.
Esses elementos que viram venenos nos alimentos são responsáveis pelo notável aumento, nas cidades, de crianças nascidas com defeitos genéticos e casos prematuros de câncer.
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