10 de fevereiro de 2015
Generais concluem que Obama apoiou a al-Qaeda
Investigação de especialistas militares descobre que os EUA ‘mudaram de lado’ na guerra contra o terrorismo
Jerome
R. Corsi
Comentário
de Julio Severo: Para resumir, o
artigo que publico hoje, traduzido gentilmente por Dionei Vieira, trata do
ataque à embaixada dos EUA em Benghazi, na Líbia. O artigo, com dados de fontes
militares dos EUA, revela que a embaixada era um ponto de contrabando de armas
para os terroristas da al-Qaeda. As armas iam também para os terroristas muçulmanos
que querem derrubar Assad na Síria. Esses terroristas estão estuprando,
torturando e matando cristãos ali. Qual é a razão do governo dos EUA se
envolver em papel tão infame, colocando a vida de cristãos diretamente em
perigo? É uma boa pergunta.
NOVA IORQUE, EUA — O governo Obama e o Departamento de
Estado, sob a gestão da Secretária de Estado Hillary Clinton, "mudaram de
lado na guerra contra o terrorismo" em 2011 através da implementação de
uma política para facilitar a entrega de armas para os militantes rebeldes,
dominados pela al-Qaeda, na Líbia, que estavam buscando derrubar Muamar Kadafi
do poder, concluiu a Comissão dos Cidadãos sobre Benghazi (CCB) em seu
relatório provisório.
Em entrevistas ao site WND, vários membros da comissão
têm revelado a sua constatação de que a missão de Christopher Stevens, antes da
queda de Kadafi e durante o tempo em que Stevens atuava como embaixador dos
EUA, era de gerenciar um programa secreto de contrabando de armas operado fora
do complexo de Benghazi.
O Projeto de contrabando de armas do governo Obama na
Líbia, bem como o programa "velozes e furiosos" sob o comando do
Departamento de Justiça de Eric Holder, operaram sem obter ou buscar a
autorização do Congresso.
O site WND noticiou na segunda-feira que, em
entrevistas exclusivas realizadas com 11 dos 17 membros da comissão, estava
claro que enquanto o CCB ainda está entusiasmado para trabalhar com o republicano
Trey Gowdy, presidente do Comitê Seleto da Casa sobre Benghazi, e esperançoso
de que Boehner estivesse sério sobre o inquérito, vários membros da CCB,
falando em seu próprio nome e não como porta-vozes da comissão, estão
expressando preocupações, querendo garantir que a investigação Gowdy não seja
comprometida por elementos de dentro do Partido Republicano.
O relatório provisório sobre Benghazi da Comissão dos
Cidadãos, em um parágrafo intitulado "Mudando de Lado na Guerra contra o
Terrorismo", alega que "os EUA estavam totalmente cientes e
facilitaram a entrega de armas para as milícias rebeldes dominadas pela al-Qaeda,
durante toda a rebelião de 2011".
O relatório afirmou que a agenda jihadista da AQIM, o
Grupo de Combate Islâmico da Líbia e outros grupos terroristas islâmicos
representados entre as forças rebeldes eram bem conhecidos das autoridades
norte-americanas responsáveis pela política na Líbia.
"Os rebeldes não faziam segredo de sua filiação à
al-Qaeda, abertamente operavam aeronaves e falavam em frente da bandeira negra
da Jihad Islâmica, de acordo com o autor John Rosenthal e várias reportagens
dos meios de comunicação", disse o relatório provisório. "No entanto,
a Casa Branca e altos membros do Congresso, deliberada e conscientemente,
seguiram uma política de apoio material às organizações terroristas, a fim de
derrubarem um governante que vinha trabalhando em estreita colaboração com o
Ocidente ativamente para suprimir a al-Qaeda".
O relatório concluiu: "O resultado na Líbia, em
grande parte da África do Norte e outros lugares, tem sido o caos total, com a
interrupção da indústria de petróleo na Líbia, a proliferação de armas
perigosas (incluindo mísseis terra-ar) e dando poder para organizações
jihadistas tais como a al-Qaeda e a Irmandade Muçulmana".
Christopher Stevens: ‘o primeiro enviado dos EUA para a Al-Qaeda’
Nas entrevistas ao site WND, vários membros da
comissão dos cidadãos, falando por si mesmos, e não pela comissão,
acrescentaram um importante segundo plano para a conclusão do relatório
provisório.
"No início de 2011, antes de Kadafi ser deposto,
Christopher Stevens chegou a Benghazi em um navio de carga e seu título na
época era ‘enviado para os rebeldes da Líbia’, que significa, basicamente,
Christopher Stevens foi o primeiro embaixador especial dos Estados Unidos para
a al-Qaeda", explicou Clare Lopez, membro da comissão que trabalhou como
oficial de operações de carreira na CIA e atualmente é vice-presidente de
pesquisa do Centro para a Política de Segurança com sede em Washington.
"Naquele tempo, Stevens estava facilitando a
entrega de armas à milícia que estava ligadas à al-Qaeda na Líbia",
continuou Lopez. "As armas foram produzidas em fábricas na Europa Oriental
e enviadas para um centro de logística no Qatar. As armas foram financiadas
pelos Emirados Árabes Unidos e entregues via Qatar, principalmente por navios,
com algumas das entregas feitas possivelmente por aviões para Benghazi. As
armas eram de pequeno calibre, incluindo fuzis Kalashnikov, lança-granadas e
muita munição".
Lopez explicou ainda que, durante o período de tempo
em que Stevens estava facilitando a entrega de armas para a milícia filiada à
al-Qaeda, na Líbia, ele estava morando nas instalações que mais tarde foram
designadas como o Complexo de Missão Especial em Benghazi.
"Isso era sobre armas que estavam indo para a
Líbia, e Stevens estava coordenando com Abdelhakim Belhadj, o líder do Grupo de
Combate Islâmico Líbio, com outros líderes da milícia filiados à al-Qaeda e com
líderes da Irmandade Muçulmana da Líbia que dirigiam a rebelião contra Kadafi
como um desdobramento da Irmandade Muçulmana egípcia", disse Lopez.
"Muitos dos membros individuais das milícias ligados à al-Qaeda, incluindo
o LIFG e os grupos que mais tarde se tornariam o Ansar Al-Sharia, eram membros
da Irmandade Muçulmana primeiramente".
De acordo com o relatório provisório, conforme
detalhado por Lopez, uma delegação dos Emirados Árabes Unidos viajou para a
Líbia após a queda de Kadafi para recolher o pagamento das armas que os
Emirados Árabes Unidos tinham financiado e que o Qatar tinha entregue ao TNC
líbio durante a guerra.
"A delegação dos Emirados Árabes Unidos estava
buscando US$ 1 bilhão que alegavam que lhes era devido", observou o
relatório provisório. "Durante a sua visita a Trípoli, os funcionários dos
Emirados Árabes Unidos descobriram que metade do valor de US$ 1 bilhão em armas
que tinham financiado para os rebeldes tinham, de fato, sido desviados por
Mustafa Abdul Jalil, o chefe da Irmandade Muçulmana do TNC líbio e vendidos a
Kadafi".
De acordo com informações colhidas durante a visita
aos Emirados Árabes Unidos a Trípoli, quando Jalil entendeu que o Major General
Abdel Fatah Younis, ex-ministro do interior de Kadafi antes de desertar para as
forças rebeldes ao final de fevereiro 2011, havia descoberto sobre o desvio de
armas e os US$ 500 milhões de pagamento de Kadafi, Jalil então ordenou a Abu
Salim Abu Khattala, líder da brigada Abu Obeida Bin al-Jarrah, que matasse a
Younis.
"Abu Khattala, mais tarde identificado como um
comandante da Ansar al-Shariah que participou do 11 de setembro de 2012 na
missão de ataque aos EUA em Benghazi, aceitou as ordens e comandou o
assassinato do general Younis em julho de 2011", observou o relatório
provisório.
Abu Khattala está preso em Nova Iorque, onde aguarda
julgamento em um processo secreto do Departamento de Justiça, depois que
membros das Operações Especiais da Força Delta dos EUA o capturaram no fim de
semana de 14-15 de junho de 2014, em uma missão secreta na Líbia. A brigada de
Abu Khattala foi incorporada pela Ansar al-Shariah, em 2012, e ele foi
positivamente identificado pelo FBI em uma foto de um telefone celular na cena
da missão de ataque aos EUA em Benghazi.
A linguagem do relatório provisório deixou claro
porque a sequência de eventos é importante.
"A importância fundamental deste episódio é a
demonstração de uma relação militar na cadeia de comando entre a liderança da
Irmandade Muçulmana do TNC líbio e da milícia filiada à al-Qaeda (Ansar
al-Shariah), que foi nomeada como a responsável pela missão de ataque aos EUA
em Benghazi", concluiu o relatório provisório.
"O que temos aqui é a liderança da Irmandade
Muçulmana da revolução dando a ordem de matar para uma milícia muçulmana
afiliada a al-Qaeda, que, em seguida, a executou", resumiu Lopez.
"Este vínculo da cadeia de comando é importante, mesmo que ainda não tenha
recebido a devida atenção da mídia”.
Um grande momento ‘oh não’
"Depois
de Kadafi ser deposto e Stevens ser nomeado embaixador dos EUA na Líbia, o
fluxo das armas reverteu", observou Lopez. "Agora Stevens tem a
função de supervisionar o carregamento de armas da Líbia para a Síria para
armar os rebeldes que lutam contra Assad, alguns dos quais finalmente se
tornaram a al-Nusra na Síria e outros se tornaram o ISIS”.
Lopez distinguiu que "a al-Nusra na Síria ainda
afirma lealdade a al-Qaeda, enquanto que o ISIS rompeu com a al-Qaeda, não
porque o ISIS seja muito violento, mas por insubordinação, depois que Abu Bakr
Al-Baghdadi, líder do ISIS, quis operar seu próprio show dentro da Síria, bem
como no Iraque e assim desobedecendo às ordens do líder da al-Qaeda, Ayman
al-Zawahiri".
Ela observou que, nesse período de tempo, após a queda
de Kadafi e antes de 11 de setembro de 2012, no ataque ao complexo de Benghazi,
Stevens estava trabalhando com a Turquia para enviar armas para fora da Líbia
com destino à Síria para o uso dos rebeldes que lutam contra Assad.
De acordo com os autores do livro best-seller "13
Horas", em 11 de setembro de 2012, antes do início do ataque ao complexo
de Benghazi, Stevens teve um jantar com o cônsul geral turco Ali Sait Akin.
Stevens teria escoltado o diplomata turco para fora do portão principal do
complexo de Benghazi para dizer adeus a Akin por volta das 19:40, hora local,
antes de voltar para a ‘Villa C’ para ir dormir.
Kevin Shipp, especialista em contraespionagem que
trabalhava na CIA no sétimo andar em Langley como parte do pessoal de proteção
ao então diretor da CIA, William Casey, novamente falando por si mesmo em sua
entrevista ao site WND, concordou com Lopez de que a operação de contrabando de
armas gerenciada por Stevens é um segredo da Casa Branca de Obama e do
Departamento de Estado de Hillary Clinton que tem procurado suprimi-lo do
público.
"A
parte chocante, talvez até mesmo uma violação do direito internacional com qual
o governo Obama tem estado aterrorizado que seja revelada plenamente, é que
Stevens, em suas ações, como parte de seus deveres como um funcionário do
Departamento de Estado, estava ajudando no transporte de armas primeiro para a
Líbia e então para a milícia filiada à al-Qaeda, com as armas sendo enviadas
posteriormente para fora da Líbia com destino à Síria para o uso dos rebeldes
filiados a al-Qaeda que combatem Assad", disse Shipp ao site WND.
"Muito possivelmente, essas atividades de
contrabando de armas podem ser vistas até mesmo como crimes de traição",
disse ele.
Shipp
assinalou ainda que nas operações de contrabando de armas em que a CIA quer
negar sua atuação, a CIA geralmente envolve terceiros.
"A
forma como a CIA opera é através de um ‘intermediário’, em que você pega o
Qatar para fazer o transporte das armas e você facilita o transporte. Portanto,
agora a culpa é dos terceiros", explicou.
"O Qatar provavelmente teria sido capaz de
conseguir isso sem qualquer atribuição para a CIA se o ataque ao complexo de
Benghazi não tivesse acontecido. O ataque basicamente lançou luz sobre esta
operação que a Casa Branca, do Departamento de Estado e da CIA estavam tentando
manter em segredo", disse ele.
"O ataque em Benghazi foi um grande momento de
choque de algo que deu muito errado.
Fonte:
www.juliosevero.com
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