Para piorar, a polícia proibiu a formação de filas durante a noite. A Defensoría del Pueblo ativou um “plano de atendimento aos cidadãos para a aquisição de produtos de primeira necessidade”.
O pomposo plano visa na prática criar dispositivos de segurança armados em volta dos supermercados e das lojas, a fim de evitar que se publiquem na Internet as cenas das filas, das prateleiras vazias e de pessoas brigando, amontoando-se ou correndo de forma irracional em função dos boatos.
Mas numa esquizofrênica demonstração de fartura, o presidente Maduro assinou contrato com o emir de Qatar para… lhe vender alimentos!
Maduro tentou procurar fortes investimentos no Oriente Médio e na Rússia. Mas não poderia ter ido atrás de fontes mais secas para a necessitada economia venezuelana. E os resultados, obviamente, estiveram aquém do esperado.
“Levamos tecnologia e capital, produzimos alimentos para o mercado venezuelano e estamos construindo a rota de exportação de alimentos de qualidade para essa região”, disse o presidente durante uma delirante entrevista ao canal oficial chavista Telesur.
A agricultura, largamente socializada, só satisfaz 40% da demanda, segundo o vice-presidente Jorge Arreaza. Os restantes 60% devem ser importados., especialmente do odiado “império” do Tio Sam.
A sorveteria Coromoto, a mais famosa do país, que entrou no Livro dos Recordes por oferecer centenas de sabores peculiares, fechou as portas por falta de leite. O McDonald’s deixou de vender batatas fritas porque não há mais batatas no mercado. Elas vêm sendo substituídas pela mandioca frita ou pela “arepa”, uma espécie de pão de milho.
O socialismo do século XXI está cumprindo o que prometeu, mas não do modo otimista que muitos acreditavam. A miséria cubana já pode ser degustada na esquina ou diante da geladeira vazia.
Fonte: IPCO
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