No
espírito da ONU: Rev. Marcos Amaral e sua luta para acabar com a “intolerância”
evangélica contra as religiões afro-brasileiras
Julio Severo
Depois da enorme repercussão de um artigo dele desejando um derrame para Marco Feliciano, o Rev. Marcos
Amaral apagou seu ofensivo texto original, que pedia vida longa ao ditador
marxista Hugo Chávez.
Numa matéria desconcertante do GospelPrime intitulada “Reverendo Marcos Amaral explica sua
posição a respeito de Feliciano,” não houve nenhum pedido de perdão formal ou
informal pelo desejo de derrame para Feliciano.
O que o GospelPrime mostrou foi um pastor se queixando
de “incompreensões e perseguições injustificadas.”
Em determinado momento, Amaral diz que ele é o único
pastor evangélico na Comissão Contra a Intolerância Religiosa (CCIR), um órgão
que tem se notabilizado especialmente por dar preferência para as religiões
afro-brasileiras.
Um pastor pentecostal
negro perseguido pela CCIR
O primeiro caso tratado pela CCIR envolveu um pastor
da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Trabalhadores da Última Hora em 2008.
Segundo denúncia do meu blog na época:
“No Rio,
um pastor pentecostal negro levou um criminoso a Jesus e o convenceu a se
entregar à polícia. O Pr. Isaías da Silva Andrade acompanhou o ex-criminoso à
polícia e quando lhe perguntaram como a vida dele havia sido transformada, o
pastor respondeu que o ex-criminoso vivia sob a influência de demônios das
religiões afro-brasileiras que o inspiravam a se envolver com conduta
criminosa, mas agora ele encontrara salvação em Jesus. Por causa desse relato
inocente, o Pr. Isaías está agora sofrendo ações criminais por discriminação
contra a ‘cultura’ afro-brasileira! Se condenado, ele cumprirá sentença de dois
a cinco anos de prisão”.
Mesmo assim, o Rev. Marcos Amaral justifica sua
presença numa entidade que começou perseguindo um pastor pentecostal negro que
foi um instrumento de Deus na libertação de um criminoso escravizado a
espíritos demoníacos.
Amaral relata, em seu texto que não pede perdão a Feliciano,
que a existência da CCIR se tornou fundamental depois que comissários da ONU
visitaram o Brasil e constataram que existe intolerância contra as religiões
afro-brasileiras. Na verdade, essa visita ocorreu depois que o pai-de-santo
Ivanir dos Santos esteve, com o patrocínio na época do governo Lula, na ONU
para denunciar as igrejas evangélicas.
O que o pai-de-santo
Ivanir não contou e o que a ONU não quis ver
Em 2008, meu blog denunciou:
Em 20 de
dezembro de 2008, foi assassinado no Rio Grande do Sul o Pr. Francisco de Paula
Cunha de Miranda, de 47 anos. O pastor, que era negro (e não pode, nem depois
de sua morte, ser acusado de “racismo”), estava no 33º dia de jejum de uma
campanha de oração quando o pai-de-santo Júlio César Bonato, sob possessão da
entidade “cultural” exu caveira, saiu do terreiro em pleno ritual para ir até o
pastor.
O
pai-de-santo voltou a seu ritual com sua faca ritualística ensangüentada.
O
pastor, que estava bem fraco devido ao longo jejum, foi morto a golpes de faca.
Numa notícia de 2010, o G1 da Globo, com seu
habitual descaso e omissão contra os cristãos, disse:
Uma
briga entre integrantes de duas religiões acabou em morte em Sapucaia do Sul
(RS), na madrugada desta quinta-feira (11). Segundo a Brigada Militar, um grupo
de evangélicos que realizava orações em uma área rural se encontrou com
integrantes de uma religião de origem africana, que iriam realizar rituais na
mesma região.
Houve
uma discussão e dois evangélicos foram atingidos por facadas. Um deles teve
ferimentos no pescoço e não resistiu. O outro foi ferido no abdômen e foi
encaminhado ao hospital.
Até esta
manhã, ninguém foi preso.
É evidente que se as vítimas se enquadrassem no perfil
de praticantes de alguma religião afro-brasileira, os agressores nunca ficariam
impunes. A própria Globo teria dado o nome dos evangélicos agressores e exigido
enérgicas medidas governamentais. O próprio governo teria intervindo para
garantir punição.
Entretanto, considerando que o crime foi contra
evangélicos, a Globo omitiu o nome das vítimas e não demonstrou nenhum
interesse de exigir punição para os culpados. De forma oposta, o jornal Zero
Hora deu mais detalhes e nomes, noticiando que oito evangélicos foram surpreendidos
pela chegada de um grupo de cinco indivíduos de uma religião afro-brasileira.
Houve um desentendimento e o evangélico Nilton Rodrigues, de 34 anos, foi
esfaqueado e morto. O pastor João Carlos de Oliveira escapou ferido e foi
hospitalizado.
O Zero Hora revelou que, segundo o delegado
Eduardo Moraes, amigos de Nilton contaram que antes de agredirem e matarem, os
adeptos da religião afro-brasileira haviam lançado ofensas contra a religião da
vítima.
Examinemos então a justificativa do Rev. Marcos
Amaral: A Comissão Contra a Intolerância Religiosa, da qual ele e o
pai-de-santo Ivanir fazem parte, tem de existir, pois a ONU viu intolerância
evangélica no Brasil.
Amaral precisa estar presente na CCIR, pois essa é a
vontade da ONU.
Fazendo a vontade da ONU?
Mas a ONU também criticou a suspensão do kit gay nas escolas. O
que devemos fazer? Imitar o exemplo de Amaral e integrar grupos gays que sugam
milhões do dinheiro público para promover a pornografia homossexual nas
escolas? Devemos fazer a vontade da ONU?
A ONU também quer que o Brasil criminalize a “homofobia,”
isto é, que os cidadãos brasileiros percam sua liberdade de rejeitar e se
expressar contra as repugnantes práticas sexuais dos homossexuais. O que
devemos fazer? Imitar o exemplo de Amaral e se juntar aos grupos que querem a
cabeça de Silas Malafaia, Marco Feliciano e Marisa Lobo por suas posturas
contra os atos homossexuais? Devemos fazer a vontade da ONU?
No artigo do GospelPrime, Amaral assegurou que não é
pai-de-santo nem bruxo. Mas se a ONU está se aliando aos bruxos para combater o
“fundamentalismo” dos evangélicos do Brasil, o pastor presbiteriano não quer
ficar de fora. Aliás, seu linguajar rotineiro de condenação ao
“fundamentalismo” dos evangélicos reflete integramente os sentimentos dos
governantes da ONU.
Amaral tem sido fiel nesse chamado. Ele tem combatido
publicamente o “fundamentalismo” de Marco Feliciano, se juntando a
pais-de-santo e militantes socialistas para exigir a renúncia do pastor
assembleiano da presidência da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos
Deputados, conforme registro filmado dele (http://youtu.be/x-qnPVrGRNE) em discurso na ABI, insinuando
que Feliciano e outros evangélicos contra a agenda gay “querem aniquilar
pessoas.”
Amaral combate Feliciano e outros evangélicos
contrários à agenda gay e à bruxaria como se eles quisessem queimá-los.
Presbiterianos do passado:
lugar de bruxo era na fogueira
Bruxaria é algo sério e, séculos atrás, os
presbiterianos agiam com muito mais rigor. Quando os presbiterianos da Escócia
descobriram que seu maior pregador, Thomas Weir (1599-1670), era um satanista oculto que havia
passado décadas praticando incesto, sexo com animais, bruxaria e muitos crimes
sexuais e ocultos, eles lhe aplicaram uma sentença à altura: Weir foi condenado
a morrer na fogueira.
Tenho certeza de que se aparecesse algum Amaral para
defender Weir contra o “fundamentalismo” dos presbiterianos contra a bruxaria,
uma sentença igualmente rigorosa poderia ser aplicada a ele.
Contudo, em vez de ser repreendido e denunciado,
Amaral ocupa cargos elevados dentro da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB).
Ele atualmente preside o Presbitério de Jacarepaguá e o Sínodo da Guanabara.
Além disso, ele é vem sendo badalado nos mais elevados
círculos presbiterianos do Brasil, conforme foto acima, onde ele aparece de microfone na mão
palestrando próximo ao Rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio
da IPB. A palestra dele foi dada no Mackenzie do Rio, que é ligado diretamente
ao Mackenzie de São Paulo.
No Mackenzie: Amaral pode.
Batalha espiritual não
O fascinante é que o Mackenzie tem em seu site textos
e documentos que repudiam a prática de “batalha espiritual” defendida por
grupos pentecostais e neopentecostais que compreendem que combater a bruxaria é
muito mais do que só se engajar em discursos filosóficos. Atacam o que não
sabem e acabam recebendo em seu meio Amarais e outros, que podem ser satanistas
muito mais enrustidos e perigosos. Não lhes falta o discernimento apostólico,
conforme se encontra na Bíblia, para reconhecer o mal?
Quando postei meu artigo sobre Amaral e seu desejo de derrame para Feliciano,
tive uma experiência dessa guerra na mesma noite. Fui acordado e surpreendido
com uma visão, logo depois da meia-noite, de um cadáver cercado de velas.
Imediatamente, eu e minha esposa começamos a ser atacados.
Entendi que algumas forças espirituais não gostaram da
minha denúncia. Meia-noite é o horário em que os adeptos da bruxaria estão mais
ativos em seus trabalhos.
Nossa resposta? Oramos pedindo o fogo de Deus contra
os trabalhos de bruxaria. Isso é guerra espiritual, quer o Mackenzie goste ou
não. A guerra espiritual existe, quer aceitemos ou não.
Ainda que os presbiterianos de hoje não mais queimem
bruxos, pelo menos deveriam evitar o extremo de criticar os que se engajam em
guerra espiritual, sob o risco acolherem em seu meio Amarais ou até mesmo
satanistas de alto nível — devidamente mascarados.
Deveriam fazer o que fez o pastor pentecostal negro
que foi a primeira vítima da comissão contra a intolerância onde Amaral é
membro. Deveriam pregar o Evangelho aos oprimidos pelo diabo e, mediante guerra
espiritual, queimar os demônios deles.
Amaral, e outros evangélicos que o acolhem, precisam
de um encontro de poder com o Espírito Santo.
Fonte: www.juliosevero.com
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