Atenção:
O objetivo deste texto não é de nenhuma forma difamar ou prejudicar determinada
denominação ou doutrina, nem defender nem atacar movimentos. Este texto tem
como objetivo levar o leitor a uma reflexão e a uma saudável discussão acerca
do assunto.
Já há um tempo, vejo e noto que existe por parte de
alguns blogueiros e apologistas na blogosfera uma certa “caçada” aos
neopentecostais. Sim, eu denomino isso como “caçada”, porque só este ano já se
foram toneladas de posts e matérias contra este movimento.
Converti-me numa igreja neopentecostal.
Vejo essas toneladas de criticas ao movimento
neopentecostal e tenho que concordar com algumas das críticas. Mas pergunto:
esse movimento já existe há mais de 30 anos no Brasil e por que só agora
decidiram criticá-lo duramente?
A maior parte dessa crítica vem de homens das igrejas
tradicionais e históricas, homens que sempre põem o seu “Soli Deo Gloria” no
final de seus argumentos.
Há mais ou menos 30 anos, na baixada fluminense
(região do estado do Rio de Janeiro em que moro e conheço bastante), havia uma
grande falta de conhecimento da Palavra de Deus.
Daí vamos nos lembrar: quem
foi que distribuiu Bíblias aos pobres e às comunidades carentes daqui?
Resposta: Assembleias de Deus, outras pequenas congregações pentecostais e
denominações neopentecostais.
Enquanto isso, nossos irmãos tradicionais raramente
passavam por aqui (eu mesmo não conheço nenhuma grande obra dos tradicionais na
história desta região do Rio de Janeiro, com exceção de algumas pequenas
missões batistas, metodistas e presbiterianas, mas ainda assim, era muito pouco
o esforço feito).
Resumindo: Enquanto A Primeira Igreja Batista do Rio de
Janeiro e outros gigantes tradicionais estavam confortáveis em seus lindos
templos, os “apóstatas” neopentecostais ao lado dos pentecostais tiveram que
meter a mão na massa, trazendo a esta região tão carente na época a Palavra de
Deus.
Ora, a bíblia ensina que devemos ser sensatos. Então,
que sejamos assim. Assim como não concordo com exageros neopentecostais,
teologia da prosperidade e etc., também ao mesmo tempo não concordo com os tais
críticos da blogosfera. Esses críticos deveriam reconhecer o trabalho feito que
esse movimento fez.
Mas o que me incomoda é que os mesmos críticos não
fazem menção a esta parte da história da Igreja no Rio de Janeiro e outros
lugares carentes no Brasil. Ora, a Bíblia não nos ensina a ser sensatos? Onde
está a sensatez? Onde estavam tantos teólogos tradicionais quando tantas
pessoas tinham carência da Palavra?
Não tenho nada contra nossos irmãos tradicionais e
muito menos quero difamá-los. Mas a verdade é que que dentre esses homens que
criticam ferrenhamente o movimento neopentecostal sem lhes dar algum crédito,
há uma tremenda falta de sensatez.
Não estou defendendo o movimento neopentecostal, pois
também não concordo com muitas práticas. Mas esse movimento também merece
crédito pelo bem que faz ao levar a Palavra a comunidades muito carentes, onde
outros cristãos não ousam entrar.
Agora, vamos olhar atualmente os EUA.
De acordo com
nosso irmão Júlio Severo, são os pentecostais e principalmente os NEOPENTECOSTAIS,
que estão defendendo duramente os EUA do esquerdismo, adotado por muitas
denominações TRADICIONAIS, como a luterana e a presbiteriana, que inclusive
estão apoiando o aborto e ordenando pastores homossexuais.
Agora faço outra pergunta: onde estão os mesmos
críticos dos neopentecostais criticando a Teologia da Libertação? Não vejo
absolutamente nenhum desses críticos criticando a Teologia da Libertação. Ora,
para eles isto não é uma heresia séria? Ou estariam muitos deles de “conchavo”
com tal teologia? Há críticos dos neopentecostais que apoiam ou fazem “vista
grossa” a essa teologia, como Renato Vargens e Ed René Kivitz, por exemplo.
“E por que reparas tu no argueiro que está no olho do
teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão:
Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita,
tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho
do teu irmão.” (Mateus 7:3-5)
Para terminar, devemos na Igreja de Cristo eliminar
totalmente a insensatez e colocar os fatos por igual, pois se omitimos fatos,
omitimos a sensatez, isso é grave para a Igreja.
O que aconteceu na baixada fluminense acerca disto,
também aconteceu em muitos outros lugares carentes por todo o Brasil.
Que se fale de todos os lados do movimento
neopentecostal, não só das más práticas.
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