Em janeiro deste ano,
ÉPOCA revelou como o empreiteiro
José Antunes Sobrinho, da
Engevix, articulou encontros com o advogado
Carlos Franklin Paixão Araújo, ex-marido da presidente
Dilma Rousseff, com o objetivo de solucionar problemas em sua empresa entre os anos de 2013 e 2014. ÉPOCA conversara com dois intermediadores que confirmaram os arranjos para o contato com Araújo: o diretor da Desenvix e ex-vice-presidente da Engevix, Paulo Roberto Zuch, e um amigo de longa data do ex-casal, Nilton Belsarena. Ou Nilton ‘Negão’, para os mais íntimos. A reportagem revelou ainda que, logo após os encontros, Zuch realizou uma transferência de R$ 200 mil para a Ribas & Ribas, empresa controlada Nilton Belsarena e sua esposa, Eunice Ribas. Um mês depois da transação financeira, Zuch recebeu o mesmo valor da Enerbio, fornecedora da Engevix. À época, ambos negaram que o dinheiro havia sido uma espécie de bonificação pelos encontros promovidos pela dupla entre Antunes e Araújo. A delação de Antunes, obtida com exclusividade por ÉPOCA, e que está com os integrantes da Força Tarefa da
Lava Jato, esclarece a origem e o destino dos valores.
Em sua delação, Antunes revela ter, sim, repassado R$ 239 mil a Nilton, por meio de Zuch. Segundo o documento entregue aos procuradores, o empreiteiro diz que Araújo jamais cobrou valores diretamente do delator. Antunes também levantou uma dúvida: disse não saber se Nilton se utilizava de Araújo para enriquecer ou se trabalhava como um operador do ex-marido de Dilma.
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