15 de janeiro de 2014
Nigéria aprova lei que pune casamento gay com prisão
Texto criticado pelos EUA foi assinado pelo presidente Goodluck Jonathan
O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, assinou nesta segunda-feira uma lei que criminaliza relações entre pessoas do mesmo sexo. O texto, que prevê punição de até catorze anos de prisão, já havia sido aprovado pelo Parlamento e conta com apoio da maioria da população.
Goodluck Jonathan, o presidente da Nigéria |
“Qualquer pessoa que se associe, opere ou participe de clubes gays, sociedades ou organizações e direta ou indiretamente demonstre publicamente um relacionamento amoroso com outra pessoa do mesmo sexo na Nigéria comete uma violação e estará sujeita à condenação a dez anos de prisão”, decreta a nova lei.
A legislação foi alvo de crítica dos Estados Unidos. O secretário de Estado John Kerry disse que o governo americano está preocupado com as medidas. “Além de proibir o casamento gay, essa lei restringe de forma perigosa a liberdade de reunião, associação e expressão para todos os nigerianos”, disse, em comunicado. “A lei é inconsistente com as obrigações legais internacionais da Nigéria e enfraquece as reformas democráticas e a proteção aos direitos humanos asseguradas na Constituição de 1999”. O comunicado ressalta ainda que “em qualquer lugar as pessoas merecem viver em liberdade e igualdade”.
A Anistia Internacional também condenou a lei, que, segundo a organização, "ataca direitos básicos e criminaliza relações entre pessoas do mesmo sexo."
No continente africano, 36 países punem a conduta homossexual, sendo 31 deles na África Subsaariana.
Fonte: Revista Veja
Divulgação: www.juliosevero.com
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