Correa faz advertência às Farc após morte de militar na fronteira
Presidente questionou as Farc pela suposta responsabilidade no enfrentamento de quinta-feira, que deixou seis mortos
Terra
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O Equador usará toda a força contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) caso esta guerrilha volte a atacar militares equatorianos, advertiu este sábado o presidente Rafael Correa, após a morte de um soldado na fronteira.
O fato ocorreu em uma região próxima ao departamento (estado) colombiano de Putumayo, onde também operam grupos de extrema direita e contrabandistas de drogas e armas.
Em resposta, as tropas mataram cinco integrantes da guerrilha e capturaram dois suspeitos.
"Se são as Farc que cometeram este crime, tomara que entendam que sua luta perdeu o sentido. Dizem que lutam pela justiça. Acabam de matar um jovem de 28 anos, soldado equatoriano que deixa órfã uma menina de 3 anos. De que justiça social estão falando?", questionou Correa.
Após o confronto, o governo equatoriano exigiu que a Colômbia reforce o controle militar na fronteira de quase 700 km.
Na Colômbia, o presidente Juan Manuel Santos prometeu a Correa apoio militar na fronteira.
"Tenham absoluta certeza que terão todo o apoio do nosso Exército, das nossas Forças Armadas, para que nessa fronteira este tipo de situações não ocorram", disse Santos em Cartagena (norte da Colômbia) durante um ato público.
"Nisso o presidente (Rafael) Correa e todo o governo equatoriano poderão contar com os colombianos e com o governo colombiano, sem restrições", acrescentou Santos.
Em Havana, a delegação de paz da guerrilha comunista das Farc informou este sábado não ter recebido ainda informações sobre os combatentes que operam no sul da Colômbia sobre o combate na fronteira com o Equador.
"Cabe uma reflexão (sobre este fato) no sentido de que infelizmente o conflito colombiano, em determinados momentos, tende a transbordar, a gerar dificuldades não só aos países fronteiriços irmãos, mas uma situação de instabilidade em todo o continente", acrescentou Santrich, ao final de um ciclo de conversações em Cuba.
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