Postado em September 15, 2012 por Sentinela Católico
Não há dúvidas de que o assunto mais importante desta semana foi a onda mundial de protestos, em especial no mundo islâmico, os contra o filme Innocence of Muslims ("Inocência dos Muçulmanos", de direção do israelense Sam Bacile.
Uso o termo “onda mundial”, pois é exatamente o que se trata. Muito além dos ataques hediondos e absurdos dos radicais islâmicos, uma plêiade de intelectuais (no sentido gramsciano do termo) rasga vestes em críticas ao filme, conforme podemos ver neste link. Também nos noticiários os acontecimentos são abordados de maneira distorcida, dando a entender que os verdadeiros criminosos foram os produtores do filme. Notem que não foi emitida nenhuma opinião ou esclarecimento de qualquer um dos ditos “analistas políticos” sobre o ato de invasão a uma embaixada é considerado internacionalmente um ato hostil e declaração de guerra. Pior ainda quanto esta invasão culmina com o assassinato sumário e violento do embaixador, que é o representante mor de um país em outro.
Neste artigo, não irei me ater no aspecto dos acontecimentos propriamente ditos. Quero apontar outro aspecto que foi completamente esquecido, mas que precisamos estar atentos, pois prova sem a menor sobra de dúvidas que há uma intenção clara por parte das elites globalistas de varrer o cristianismo da face da Terra.
Três dias antes que boa parte do mundo islâmico se levantou em protestos contra um filme que criticava o Islã, o filme “Paradise: Faith”, parte integrante de uma trilogia, foi premiado no festival de Veneza. Dentre outros absurdos e agressões ao cristianismo, o filme exibe uma sena onde uma mulher se masturba com um crucifixo.
Você não verá em nenhum veículo nenhuma crítica que vá além de um modesto “a cena causa polêmica”. Muito menos irá ver alguém condenar o ódio religioso tomando como base este filme. Também não verá ninguém criticando produtores, diretores e atores por participarem de tal agressão ao cristianismo. Ao contrário, este filme foi premiado com o Prêmio Especial do Júri. Não preciso dizer que tal fato foi noticiado de maneira muito discreta, ocupando apenas as páginas de cultura e arte de alguns jornais (confira matéria neste link e mais este link).
Não estou aqui pregando que os cristãos cometam atos de vandalismo e irracionalidade como os radicais muçulmanos. Tampouco quero que hordas de católicos enfurecidos saiam caçando por cabeças, matando inocentes em embaixadas dos países que assinaram a produção desta aberração. Quero chamar atenção para o fato de que duas situações idênticas, filmes que criticam religião, recebem um tratamento tão diferenciado? Por que um filme que critica o Islã é tachado pela critica como “repugnante e condenável”, como disse a Secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton (confira neste link), e um filme em que alguém se utiliza de um crucifixo em um ato de extrema obscenidade é premiado de maneira especial? Por que para uns ódio e perseguição e para outros louros?
George Orwell em seu livro “A Revolução dos Bichos”, nos brindou com uma das frases mais emblemáticas e esclarecedoras sobre a essência do movimento revolucionário: “Os animais são todos iguais, mas uns são mais iguais que os outros”. Agora, façamos o seguinte exercício. Vamos trocar a palavra “animais” para “filmes que criticam religião”.
Fica claro que a questão não tem nada que ver com ataques a religião A ou B. A questão é deixar claro para todo o orbi terrestre o direito irrestrito dos muçulmanos de retalhar da maneira mais violenta e brutal que seja possível qualquer ataque que seja feito a figura de Maomé. Seja um filme, uma música ou uma bomba em Meca, os muçulmanos irão, a resposta será sempre a mesma. Ao passo é terminantemente proibido aos cristãos qualquer tipo de manifestação, mesmo que para isso seja necessário premiar os agressores por seus crimes.
Segundo esses “iluminados”, a civilização ocidental cristã está condenada à morte e tudo quanto for necessário para destruí-la será feito. Até mesmo fomentar o ódio muçulmano contra os países ocidentais e cristãos. E não há forma melhor para empreender tal genocídio cultural do que pela introjeção dos “preconceitos igualmente diferentes”.
Peçamos a Deus todo poderoso que guarde as potenciais vítimas destes acontecimentos trágicos, sobretudo as pessoas que estão nas áreas de conflito. Que Jesus Cristo, Nosso Senhor interceda por nós nesta hora tão crucial e decisiva para o futuro da civilização cristã.
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