REALIDADE INCONTESTÁVEL....UMA EXEGESE BÍBLICA SOBRE ESTE FATO
Quando o homem desprezou o conhecimento
de Deus e perverteu o culto divino, perdeu a sua identidade. O homossexualismo
é uma negação total do mundo real. Refuta qualquer possibilidade de
continuidade e ameaça a identidade da pessoa como fruto do relacionamento de um
pai e uma mãe. Não podemos concordar com a bandeira levantada pela homofobia,
quando os ativistas desse movimento afirmam que o homossexualismo é uma opção normal
e que o casamento de pessoas do mesmo sexo é uma união de amor que deve ser
chancelada pela lei de Deus e dos homens. Ao descrever o homossexualismo, Paulo
aponta sete características desse pecado abominável: 1) imundícia (Rm 1.24); 2)
desonra para o corpo (1.24); 3) paixão infame (1.26); 4) antinaturalidade
(1.26); 5) contrariedade à natureza (1.26); 6) torpeza (1.28); 7) erro (1.28).
O apóstolo Paulo amplia a questão quando
faz um diagnóstico sombrio da realidade que nos cerca. A decadência moral atinge
todos os relacionamentos: com Deus, consigo próprio, com o próximo e com a
família. Esta é a mais longa lista de pecados encontrada nas epístolas
paulinas. Paulo faz uma lista de 21 pecados, que mostraremos agora:
1. Cheios de injustiça – A palavra grega adikia
significa roubar tanto aos homens como a Deus de seus direitos.
2. Cheios de malícia – A palavra grega poneria
se refere a uma maldade sedutora, maligna. Trata da pessoa que não
apenas é má, mas procura arrastar os outros para sua maldade.
3. Cheios de avareza – A palavra grega pleonexia
é o desejo desenfreado que não conhece limites nem leis, o desejo
insaciável de ter o que não lhe pertence por direito. É amor insaciável às
possessões e aos prazeres ilícitos.
4. Cheios de maldade – A palavra grega kakia
descreve o homem desprovido de todo o bem. Trata-se da pessoa que tem
inclinação para o pior. É o vício essencial que inclui todos os outros e do
qual todos os outros procedem.
5. Possuídos de inveja – A palavra grega fthonos
descreve o terrível sentimento de sentir-se desconfortável com o sucesso dos
outros, não só desejando o que lhe pertence, mas também alegrando-se com suas
tragédias.
6. Possuídos de homicídio – A palavra grega fonos
se refere a desejo, intenção ou atitude de ferir o outro para tirar-lhe a vida.
O assassino é também aquele que odeia a seu irmão (1Jo 3.15). O homem pode ver
a ação, mas Deus conhece a intenção.
7. Possuídos de contenda – A palavra grega eris
diz respeito ao sentimento e à atitude daquele pessoa que é dominada
pela inveja e por isso se torna facciosa e briguenta.
8. Possuídos de dolo – A palavra grega dolos
retrata a pessoa que não age da maneira reta, usando sempre métodos tortuosos e
clandestinos para alguma vantagem. A palavra vem do verbo doloun usado para
referir-se à falsificação de metais preciosos e a adulteração de vinhos.
9. Possuídos de malignidade – A palavra grega kakoetheia
descreve a pessoa que sempre supõe o pior acerca dos outros. É a pessoa
que sempre vê as coisas pelo lado mais sombrio.
10. Difamadores – A palavra grega psithyristes
representa a pessoa que murmura suas histórias maliciosas de ouvido a
ouvido.
11. Caluniadores – A palavra grega
katalalos refere-se a pessoa que proclama publicamente suas infâmias.
12. Aborrecidos de Deus – A palavra grega theostygeis
retrata o homem que odeia a Deus, porque sabe que Deus é estorvo em seu caminho
de licenciosidade. De bom grado eliminaria Deus se pudesse, pois para ele o
mundo sem Deus lhe abriria o caminho para o pecado.
13. Insolentes – A palavra grega
hybristes retrata a pessoa altiva, soberba, sadicamente cruel, que
encontra prazer em prejudicar o próximo.
14. Soberbos – A palavra grega hyperefanos
descreve a pessoa que está cheia de si mesma como um balão cheio de vento. Este
é o ponto culminante de todos os pecados. Trata-se de quem despreza todos,
exceto a si mesmo, e tem prazer em rebaixar e humilhar os outros.
15. Presunçosos – A palavra grega
alazon descreve a pessoa que pensa de si mesma além do que convém e
exalta a si mesma acima da medida. Diz respeito a quem pretende ter o que não
tem, saber o que não sabe e jacta-se de grandes negócios que só existem em sua
imaginação.
16. Inventores de males – As palavras gregas efeuretes
kakon retratam aquelas pessoas que buscam novas formas de pecar, novos
recônditos nos vícios, porque estão enfastiadas e sempre à procura de novas
emoções em alguma fora diferente de transgressão.
17. Desobedientes aos pais – As palavras gregas goneusin
apeitheis se referem àquela atitude dos filhos de sacudir o jugo da
obediência aos pais. Trata-se de filhos rebeldes e irreverentes.
18. Insensatos – A palavra grega asynetos
descreve o homem que é incapaz de aprender as lições da experiência.
Trata-se da pessoa culpada de grande sandice, que se recusa a usar a mente e o
cérebro que Deus lhe deu.
19. Pérfidos – A palavra grega asynthetos
descreve a pessoa que não é confiável. É aquele desonesto em quem não
se pode confiar.
20. Sem afeição natural – A palavra grega astorgos
significa sem amor à família. Trata do desamor dos pais aos filhos e
dos filhos aos pais. É a falta de afeto entre os irmãos de sangue. A prática
abusiva de abortos e os crimes familiares apontam para a gravidade desse pecado
em nossos dias.
21. Sem misericórdia – A palavra grega aneleemon
retrata a pessoa implacável, sem piedade, que fere e mata o outro sem
compaixão.
Conclusão
Depois de descrever com cores fortes e
vividas o estado de decadência da sociedade, Paulo faz duas afirmações ainda
mais chocantes:
1) Os homens pecam conscientemente. “Ora
conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais
coisas praticam não somente as fazer…” (Rm 1.32ª). As pessoas agem sabendo que
estão agindo errado. Elas sufocam a verdade, abafam a voz da consciência, mas
no íntimo sabem que aquilo que praticam é um ato de rebeldia contra Deus e
passível de punição.
2) Os homens aplaudem os que praticam as
mesmas coisas. “…mas também aprovam os que assim procedem” (Rm 1.32b).
Amados vejam a atualidade das Escrituras. Não foi exatamente isto que o
STF fez esta semana? A sociedade se mostra orgulhosa e até entusiasmada
pelo pecado. O nível mais baixo da degradação moral de uma sociedade é quando
ela não apenas pratica o mal, mas também o incentiva e aplaude. Esse é o clímax
da perversidade. É isso que vemos todos os dias na televisão, nos outros meios
de comunicação e o pior de tudo, no “guardião” da Constituição Federal – o STF.
O Eterno tenha misericórdia de nós,
por: Pr Marcelo Oliveira
Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário
Expositivo. Geográfica Editora
Rienecker, Fritz; Rogers, Cleon. Chave
lingüística do NT
Lopes, Hernandes Dias. Romanos. Ed. Hagnos
Barclay, William.
Romanos, p. 45-51
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