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O que muitos já desconfiavam agora ficou comprovado: a Planned
Parenthood Federation of America trafica órgãos de bebês.
Como é público e notório, essa multinacional aborteira, que detém
a maior cadeia de clínicas de aborto dos Estados Unidos, é financiada
pelo governo americano — do qual recebe 528 milhões de dólares/anuais de
impostos dos contribuintes. Também recebe doações de grandes
instituições, como a Fundação Ford e a Fundação Bill Gates & Melinda.
Com esses financiamentos — concedidos à sombra do subterfúgio de ajuda
para o “planejamento familiar” e a “paternidade responsável” — os agentes
da Planned Parenthood, além de praticarem aborto em larga escala nas
cidades americanas, promovem essa prática assassina nos cinco
continentes. Consta que essa organização internacional é responsável por
aproximadamente 300 mil abortos por ano!
Representantes da empresa de biotecnologia Center for Medical
Progress – CMP (Centro para o Progresso Médico), simulando interesse pela
compra de órgãos de bebês abortados em clínicas da Planned Parenthood,
marcaram entrevistas com dirigentes da multinacional em restaurantes, e
com câmaras escondidas, gravaram o negócio macabro. Seis vídeos,
divulgados recentemente e que documentam a comercialização de tecidos
fetais, causaram horror nos Estados Unidos e em incontáveis pessoas do
mundo inteiro.
Verdadeira
“fábrica de abortos” para venda de órgãos
No primeiro vídeo, divulgado pelo CMP em 14 de julho, a Dra.
Deborah Nucatola, diretora de Pesquisa Médica da Planned Parenthood,
durante um almoço, enquanto come algo e toma uma taça de vinho, negocia o
preço “razoável” para a venda de órgãos de bebês abortados, e assegura:
“Nós somos muito competentes em obter corações, pulmões e fígados”... Com
aparente naturalidade, ela conta como os médicos, durante o aborto,
trabalham para preservar intactos órgãos vitais e membros inteiros dos
corpos dos nascituros. Entre outros horrores, essa diretora afirma
friamente: “Muita gente quer o fígado. Então, por isso alguns
profissionais usam o ultrassom, para se guiarem e saberem exatamente onde
estão colocando seus instrumentos cirúrgicos”.
Em matéria divulgada em 22-7-15, a “ACI/EWTN Noticias” explica
que tal prática (denominada partial-birth – “nascimentos parciais”)
constitui delito federal nos Estados Unidos, com penas que podem chegar a
“10 anos de prisão ou uma multa de até meio milhão de dólares”. Mas a
Dra. Nucatola disse na gravação que “leis são sujeitas a
interpretações”...
Pode-se deduzir das gravações — e o Center for Medical Progress o
afirma — que os nascituros estão perfeitamente formados, portanto em
estágios finais da gestação, uma vez que os “abutres” precisam abortar
preservando os órgãos intactos.
Em outro vídeo, este difundido no dia 21 de julho, a presidente
do Conselho de Diretores Médicos da Planned Parenthood, Dra. Mary Gatter,
durante outra lucrativa e macabra negociação de pedaços de bebês,
tratando dos valores, pergunta inicialmente: “Por que não começam me
dizendo quanto estão acostumados a pagar?”... E acrescenta: “Nas
negociações, o primeiro a lançar um preço fica em desvantagem?”. Em tom
de piada, a Dra. Gatter acrescenta que precisa cobrar, pois “quero
comprar um Lamborghini”. E sugerindo o preço de 75 dólares para cada
órgão, propõe o valor de 100 dólares “por órgãos que estejam em condições
ótimas”. Ela conclui que “a compra tem que ser suficientemente grande
para que valha a pena para mim”...
Outras
gravações registram tráfico de órgãos de nascituros
Em comunicado divulgado em 16 de julho, a mencionada agência de
notícias ACI informa que Eric Ferrero, vice-presidente de comunicações da
Planned Parenthood, assegurou que essa organização não recebe “benefício
econômico pela doação de tecidos fetais’”.
Entretanto, as entrevistas gravadas não deixam dúvidas de que o
tráfico de inocentes seres humanos é habitual nas clínicas de abortamento
da Planned Parenthood, inclusive para utilização de fetos em cosméticos!
Por isso diversos movimentos anti-aborto dos EUA estão se manifestando,
exigindo o cancelamento de todo financiamento para a organização, a
abertura de uma investigação criminal e o fechamento de suas clínicas
infanticidas.
Num terceiro vídeo, divulgado em 28-7-15, a gravação corrobora a
mesma denúncia de tráfico de órgãos por parte da Planned Parenthood. Nele
aparece a chefe de Planejamento Familiar da organização internacional
pró-aborto discutindo valores para órgãos de bebês abortados. Há também
uma conversa da Dra. Savita Ginde — vice-presidente e diretora médica da
Planned Parenthood das Montanhas Rochosas — com um representante do CMP
que simula ser comprador de tecidos para experiências, na qual são
avaliados os valores de pedaços de um feto filmados numa bandeja.
Além disso, o vídeo contém depoimento de uma ex-funcionária da
Planned Parenthood, Holly O'Donnell, que confirma o tráfico de órgãos de
inocentes abortados e conta que, na primeira vez que ela teve de separar
os elementos fetais, chegou a desmaiar. As imagens são, no mínimo,
chocantes e indignantes, aparecendo inclusive funcionários com pinças
separando partes de um bebê retalhado para venda! Essas gravações de
“negócios” macabros, que comprovam as denúncias do CMP, encontram- se
disponíveis no seguinte link: http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com.br/
Sangue
inocente não pode correr em vão
Apesar de tal escândalo envolvendo a Planned Parenthood, o
Partido Democrata, ao qual pertence o presidente Obama, em vez de exigir
uma investigação dessa organização, pediu que se investigue o CMP, por
fazer gravações clandestinas... Não sabem os membros desse partido de
esquerda que as leis americanas garantem esse tipo de gravação nos
trabalhos de jornalismo investigativo?
“‘O Congresso [americano] deve – e vai – investigar e colocar um
fim nessas práticas bárbaras’, afirmou o deputado Chris Smith, no que foi
seguido por vários colegas, incluindo o presidente da Casa, John Boehner.
Os governadores do Texas e da Louisiana anunciaram ações semelhantes”,
informa matéria publicada na “Gazeta do Povo” (20-7-15), de Curitiba.
Evidentemente, trata-se de um delito perante as leis humanas. E
perante as leis divinas? Sem dúvida, essa monstruosidade constitui um
pecado que “clama aos Céus e brada a Deus por vingança”.
Desse “comércio” pode-se concluir que tamanha infâmia é resultado
da mentalidade abortista largamente propagada por governos esquerdistas e
movimentos feministas que, abusando de eufemismos, defendem o “direito
reprodutivo da mulher”, ou o “direito da mulher sobre seu corpo”... Mas,
pergunto: é “direito da mulher” executar o próprio filho? E o que pensar
de uma “civilização” na qual, enquanto os animais são contemplados com
direitos próprios a seres racionais, os bebês podem ser abortados, esquartejados
e vendidos em pedaços para experiências laboratoriais ou como
ingredientes para cremes faciais?
O que pensar de uma época que se deixa influenciar por certa
mídia que procura inocentar o crime do aborto e promover — como o fez
recentemente — espalhafatoso estrondo publicitário tendente a provocar
uma revolta mundial devido ao abate de um leão no Zimbábue? Resultado
dessa ação midiática: num clima de histeria, muitos chegaram a usar luto
pela morte do leão africano! Mas certamente não se indignaram contra os
açougueiros de bebês. Estamos assistindo, assim, à mais completa inversão
de valores. Contudo, para Deus o sangue inocente dessas crianças não pode
correr em vão!
(*)
Paulo Roberto Campos é jornalista e colaborador da ABIM.
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