Agora Dilma é reprovada em TODAS as áreas pesquisadas pelo CNI-Ibope
A última das nove áreas pesquisadas a ter mais reprovação que aprovação diz respeito ao combate à fome e à pobreza. Isso pode ser um sinal de que as políticas sociais do governo, graças à inflação, não mais surtem o efeito esperado.
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Em setembro do ano passado, o CNI/Ibope divulgou uma pesquisa que revelava que o governo de Dilma Rousseff era reprovado em oito das nove áreas avaliadas.
Apenas os programas sociais mantinham a aprovação popular, e mesmo
assim já demonstrando uma tendência de queda com relação a pesquisas
anteriores.
Agora, com a divulgação da atualização desses números,
as notícias não são nada animadoras para a presidente. A sua aprovação
caiu de 51% em março para 44% em junho, e a confiança nela foi de 48%
para 41%. Os outros percentuais não apresentaram mudanças
significativas, mas Dilma viu sua aprovação cair na única área em que
ainda era bem avaliada, provando que nem mesmo o Bolsa Família e suas
outras políticas populares estão surtindo efeito na opinião pública.
Área mais bem avaliada, a política de combate à fome e à pobreza teve queda na aprovação de 48% para 41%. O percentual de reprovação subiu de 49% para 53%.
Isso quer dizer que agora a presidente é
reprovada em todas as áreas avaliadas. De março a junho, o índice de
aprovação também caiu em todos os quesitos – com exceção da taxa de
juros, que se manteve em 21%. Na educação, a avaliação positiva passou
de 32% para 30%, enquanto a desaprovação subiu de 65% para 67%. Com
relação à saúde, a taxa de desaprovação manteve-se em 78%, mas a de
aprovação oscilou de 21% para 19%.
Na segurança pública, a apreciação caiu
de 22% para 21%, enquanto no combate ao desemprego passou de 40% para
37%. O meio ambiente também apresentou queda significativa, oscilando de
41% para 37%. No que diz respeito aos impostos, apenas 15% da população
aprovam o governo, ante 18% em março, e o combate à inflação seguiu a
tendência e passou de 24% para 21%.
- Saúde – 78% reprovam
É a área em que a população mais desaprova o governo. - Segurança pública – 75% reprovam
Além disso, o percentual dos que aprovam caiu de 22% para 21% - Impostos – 77% reprovam
O percentual dos que aprovam caiu de 18% para 15% no período - Taxa de Juros – 70% reprovam
Foi a única área que demonstrou uma leve melhora para o governo. Antes, a reprovação chegava a 73% - Combate à inflação – 71% reprovam
Se o percentual de reprovação se manteve, caiu de 24% para 21% a fatia dos que aprovam o governo - Educação – 67% reprovam
Contra apenas 30% que aprovam. Essa distância de 37% é a maior enfrentada pelo governo Dilma. - Combate ao desemprego – 57% reprovam
E caiu de 40% para 37% a aprovação do governo - Meio ambiente – 52% reprovam
Por mais que tenha oscilado para baixo a reprovação, cresceu a distância para os que aprovam as políticas ambientais do governo, hoje aprovadas por apenas 37% da população - Combate à fome e à pobreza – 53% reprovam
Mas mais significativa é a queda de 48% para 41% no número de pessoas que olhavam positivamente para as políticas sociais de Dilma.
A inflação, tantas vezes minimizada pelo
governo, pode estar por trás dessa mudança de sentimento do brasileiro.
Lula já reconheceu que ela estaria “um pouquinho alta” e Mantega finalmente reconheceu sua importância quando a culpou pelo PIB quase
inexpressivo do país no primeiro trimestre de 2014. Se antes o
brasileiro podia comprar uma determinada quantia de produtos e serviços
com um determinado valor, hoje, com estes valores corrigidos, o cidadão
se sente com cada vez menos poder. E o governo faz vista grossa para o
fenômeno quando, por exemplo, comemora um reajuste no Bolsa Família que mal passa da metade
da inflação do período. É nitidamente uma situação que pede uma mudança
de postura na política econômica. Mudança esta que Dilma já prometeu
não fazer para o segundo mandato, o que desagradou empresários, o
mercado como um todo e até o seu maior fiador.
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