17 de junho de 2014
Cristianismo fake: revista gospel se diz preocupada com “heresias” na internet e dá destaque para pseudo-especialista em “apologética”
Danilo Fernandes e Carlos Fernandes unem forças na revista Cristianismo Hoje contra Julio Severo
Julio
Severo
* No cúmulo da
hipocrisia, a revista Cristianismo Hoje (CH) diz estar preocupada com o risco
da disseminação de comportamentos anticristãos, mas dá destaque para um de seus
maiores disseminadores, cuja boca é tão suja quanto uma latrina.
* A CH se diz também
preocupada com o “perigo” e “risco” de disseminação de heresias, mas tem evitado
denunciar como heresia o avanço de posturas evangélicas progressistas
favoráveis ao “casamento” gay.
A revista Cristianismo Hoje, que
nunca conseguiu cumprir um papel minimamente decente de alerta quanto aos
perigos da agenda gay, agora entra em cena enxergando perigo em outro lugar.
Em longa matéria de capa (edição de
junho e julho de 2014) intitulada “O perigo está na rede: cresce maciçamente o
uso de redes sociais pelos crentes, mas o risco de disseminação de heresias e
comportamentos anticristãos preocupa,” a revista se diz preocupada com
“heresias,” agora que a mídia evangélica é mais livre e desmonopolizada. Para
tratar desse assunto, a Cristianismo Hoje (CH) entrevistou Danilo Fernandes,
que tem se notabilizado por um sensacionalismo gospel geralmente de caráter
esquerdista e antineopentecostal.
A CH disse:
“‘Não
há nenhum outro grupo no Brasil com mais poder de mobilização na rede social do
que os evangélicos,’ destaca o blogueiro Danilo Fernandes, editor do site
Genizah, especializado em apologética e informação para o público cristão. ‘Há
um enorme poder multiplicador, e as notícias, entre nós, se propagam
rapidamente.’ De acordo com Danilo, isso acontece porque o crente, em geral, dá
muita credibilidade ao que outro evangélicos dizem. Assim, uma notícia,
novidade ou simples boato pode ganhar força de verdade.”
Não é exatamente isso o que ocorre
com o Genizah? O público lê ali “uma notícia, novidade ou simples boato” que
acaba ganhando força de verdade. Qual é então a afinidade da CH com um notório
tabloide sensacionalista? Caio Fábio. Tanto Danilo Fernandes quanto Carlos
Fernandes, que assinou a matéria da CH, têm esse ponto em comum.
O título da matéria está totalmente
errado: “O perigo está na rede: cresce maciçamente o uso de redes sociais pelos
crentes, mas o risco de disseminação de heresias e comportamentos anticristãos
preocupa.” Se a CH está “preocupada” com a disseminação de comportamentos
anticristãos, por que abraça gostosamente um de seus maiores disseminadores?
A apologética de Danilo é a
apologética da boca suja. Muitos já foram alvos de sua boca, inclusive eu.
Algumas de suas palavras dirigidas a mim foram:
Danilo Fernandes <danilo@genizahvirtual.com> deixou um novo
comentário sobre a sua postagem “Renato Russo ou
Ana Paula Valadão?”:
Julio
Severo, Voce precisa parar de enfiar este cabo de vassoura no cú! Assume esta
sua gayzisse latente, larga este broxa do Olavo de Carvalho e volta para aquele
seu amor do seminário que comia o seu cú gostoso! Quem sabe voce acaba com esta
fixacao com os gays. Vá evangeliza-los e não espezinha-los!
Postado
por Danilo Fernandes no blog Julio Severo em sexta-feira, 23 novembro, 2012
“Linguagem
sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal
que dizer de nós”. (Tito 2:8)
“Quanto
ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é
justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há
alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. (Filipenses 4:8)
“E
até importa que haja entre vós facções, para que os aprovados se tornem
manifestos entre vós”. (I Coríntios 11:19)
Quando o Rev. Alberto Thieme, que é
pastor presbiteriano, tentou me defender, foi maltratado com as seguintes
palavras de Danilo: “obscuro e nojento velho gagá Thieme.”
Como Danilo se considera
calvinista, caberia aos teólogos calvinistas do Mackenzie, os quais se
consideram apologetas, abrir a boca contra a delinquência intelectual desse
homem. Mas, em vez de um genuíno trabalho apologético frente ao escândalo calvinista
do Genizah, preferem posar com seu dono.
Danilo Fernandes com diretor da ANAJURE e novo chanceler do Mackenzie |
Nessa edição da CH, Magali Cunha
também teve artigo de destaque, com o título brilhando na capa: “Elementos
negativos da internet podem causar danos irreparáveis.” Magali
se notabilizou em 2013 ao atacar vídeo da Dra. Damares Alves,
que vem alertando o Brasil sobre o governo petista sexualizando as crianças.
Magali, que é professora na marxista Universidade Metodista de São Paulo,
discorda, e seus ataques foram repercutidos pelo tabloide Genizah. Magali
também presta “assessoria” à chamada “Comissão da Verdade”
do governo petista, cuja missão é também investigar
as igrejas evangélicas que se opuseram ao socialismo no governo militar.
Então, uma boateira do Genizah acabou virando articulista da CH.
Como
é que a CH quer confrontar boatos no meio evangélico se notórios boateiros
estão em destaque em sua revista? O artigo de Magali e a manchete de capa da CH
mostram nitidamente que a esquerda evangélica, que tem trabalhado sutilmente
para abrir caminho para suavizar aspectos da agenda gay no meio evangélico,
está preocupada com o avanço da única força de oposição que pode detê-los: os
evangélicos conservadores que atuam nas redes sociais.
Não
há dúvida de que nessa visão, Julio Severo, Damares Alves e outros “Elementos
negativos da internet podem causar danos irreparáveis.” Essa é a visão da
esquerda evangélica sobre os conservadores.
CH
e seus aliados estão numa posição confortável, recebendo muito, muito dinheiro.
Mesmo assim, se sentem inseguros que seus boatos possam cair em descrédito,
ameaçando assim sua segurança financeira. Estão acostumados com o monopólio do
que eles rotulam de “notícia.”
O boateiro Fernandes já fez um
grande favor à CH.
Em março de 2012, em sua edição
online, a CH publicou uma matéria especial onde o entrevistado era Caio Fábio e
o entrevistador era Danilo Fernandes, tornando-o um membro especial da família
CH. Na entrevista, Caio comentou que o que prevalecia nas igrejas evangélicas
brasileiras até meados da década de 1980 era a Teologia da Missão Integral
(TMI), cujo avanço, segundo o ex-reverendo presbiteriano, foi detido pelo
neopentecostalismo e sua Teologia da Prosperidade.
Essa é a própria linha do tabloide
Genizah: defesa descarada da marxista TMI e ataques ao neopentecostalismo.
Carlos Fernandes, responsável pela
atual matéria de capa da CH, era funcionário de confiança de Caio Fábio nos
“gloriosos” tempos da VINDE. Assim, seja por Caio Fábio, pelo esquerdismo, pela
TMI ou pelo antineopentecostalismo, os dois Fernandes estão em “casa” na CH. Se
Carlos disser que o outro Fernandes é especialista em “apologética,” Danilo
devolverá a bajulação dizendo que a CH é a revista evangélica que tem o
jornalismo mais “ético” do Brasil.
Agora, os dois Fernandes se unem,
sob o senhorio de seu patrono espiritual Caio Fábio, para lidar com o que é
aparentemente para eles o “perigo,” a “heresia” e o “comportamento anticristão”
(frases sugestivas da matéria de capa da CH). Nessa matéria, os dois dizem:
“Para
Danilo Fernandes, um dos maiores perigos dessa busca religiosa pelas redes
sociais é justamente a falta de controle e a disseminação de heresias. ‘Isso
está em todo lugar. Até gente com perfis fake atraem seguidores,’ aponta.
Conhecido por sua mensagem radical, o bloqueiro Julio Severo é um desses
livre-pensadores que expõem, na grande rede, as mais diversas ideias. Ninguém
conhece seu verdadeiro nome, como se sustenta e como vive sua fé. A pregação
furiosa contra o homossexualismo já lhe rendeu diversos problemas — em
entrevista a CRISTIANISMO HOJE, há cerca de cinco anos, ele se disse perseguido
pelo governo brasileiro e ameaçado de morte — e sua homepage reúne os próprios textos,
além de colaborações e citações de outros autores. ‘Ele é o cara que ninguém
sabe, ninguém viu, mas faz um barulho danado,’ brinca Danilo. Mesmo assim, tem
milhares de seguidores — gente que não só reproduz o que posta, criando
verdadeiros virais, como o defende com unhas de dentes.”
Um Fernandes diz que ninguém nunca
viu Julio Severo, o outro concorda, e tudo vai na “brincadeira” — ao estilo de
deboche do tabloide que é rotulado de especialista em apologética, sendo levado
a sério em seus boatos. Quando, é claro, a verdade vem à tona, o Fernandes se
safa com a resposta conveniente: “Foi tudo brincadeira!”
Essa brincadeira de mau gosto é, ao
mesmo tempo, uma brincadeira criminosa, pois já fui palestrante em assembleias
legislativas no Brasil, inclusive sendo filmado ao vivo. Os boateiros e
“brincalhões,” é claro, não saberiam explicar como dei palestras para
importantes pastores e líderes políticos e fiz várias viagens aéreas sem ter
nenhuma identidade e sem que ninguém me visse.
Nesse sentido, a apologética virou
sinônimo de brincadeira maliciosa. Virou defesa da mentira esquerdista e
deboches aos opositores dessa mentira. A CH não tem do que reclamar em sua
obsessão e ambição liberal: os dois Fernandes não seguem linhas diferentes nem
têm patronos diferentes.
Quem dá muita credibilidade à CH
acaba engolindo um Genizah — termo que significa “lixo.” E o que acontece com
quem dá muita credibilidade ao “lixo”? Acaba engolindo a CH.
A entrevista que Carlos Fernandes
me fez, em nome da CH em 2009, supostamente para alertar o público evangélico
sobre os perigos da agenda gay, foi um misto de má-fé e “apologética”
esquerdista — a CH ficou na defesa do governo petista, tachando minhas
denúncias desse governo como “suposições,” transformando meus alertas praticamente
em “boatos.” A entrevista completa original está neste link: http://bit.ly/XRENbx
Assim,
onde há boatos (ou do Danilo ou da Magali), a CH santifica os boateiros como
indivíduos competentes e referências cristãs. Onde há alertas genuínos, a CH se
empenha em seu desserviço de “boatizar” os avisos.
O desserviço, porém, vai muito
além. Num artigo intitulado “O perigo da mordaça gay,”
que parecia trazer um texto de alerta, a CH louvou como “conquista” o fato de
que o
ministro Joaquim Barbosa obrigou os cartórios a realizar o “casamento” gay.
A CH, quase que soltando fogos de
artifício, disse sobre a medida ditatorial de impor o “casamento” gay no
Brasil: “É o casamento gay, finalmente, sendo reconhecido, após uma batalha
ideológica travada, nos últimos anos, pelos movimentos de afirmação homossexual
— sobretudo em relação à Igreja cristã, sejam as evangélicas ou a Católica.” Da
parte do “jornalista,” nada de condenar a ditatura e a imposição gay. O resto
do texto é muito mais malícia e desconversações, enquanto a revista esquerdista
deixa claro que os beneficiados diretos da medida ditatorial não são pecadores
nem praticantes de abominações, mas simplesmente “homoafetivos,” um termo
inofensivo e politicamente correto que não condiz nem com a Bíblia nem com a realidade,
pois homens que praticam o homossexualismo não são movidos por amor e afeição,
mas por lascívia e pecado. Para entender a diferença entre homoafetividade e
homoerotismo, leia este artigo: http://bit.ly/13Vmnfq
Para aparentar neutralidade, o
texto traz as falas de alguns evangélicos preocupados. Mas a fala do
“jornalista,” que predomina imperiosamente no artigo, não insinua nenhuma
preocupação com o “perigo” que ele mesmo destacou no título. O “jornalista
cristão” está à vontade com os “homoafetivos” e suas conquistas, que são
destacadas e celebradas sem o menor pudor. Há pois uma nítida tensão e
contraste entre a total despreocupação e celebração do “jornalista” e as falas
de alguns evangélicos entrevistados.
E quem é que acredita que a
Cristianismo Hoje leva a sério “O perigo da mordaça gay”? Anos atrás, na
entrevista comigo, o mesmo “jornalista,” Carlos Fernandes, praticamente disse
que tal perigo era pura alucinação minha e de outros cristãos. (A entrevista completa
está aqui: http://bit.ly/XRENbx)
Fernandes só usará o termo “O perigo da mordaça gay” como arapuca para atrair a
cristãos desavisados. Se fosse sincero, o “jornalista” escreveria um título em
conformidade com suas ideias predominantes no texto: “Venham conhecer e
celebrar comigo as conquistas do movimento homossexual!”
O único motivo por que os apóstatas
estão sempre em evidência é porque as revistas esquerdistas lhes dão holofotes.
Nem sempre a Cristianismo Hoje foi
esquerdista. Em 1956, Billy Graham fundou a revista Christianity Today (cuja versão brasileira é a Cristianismo Hoje)
para fazer frente ao esquerdismo da The Christian Century, a maior revista
protestante nos Estados Unidos da década de 1950. Mas a Christianity Today acabou também sendo levada pelas mesmas
poderosas forças esquerdistas que estão engolindo as grandes denominações
protestantes americanas, muitas das quais já está ordenando pastores gays. Um
dos famosos editores da Christianity
Today, Philip
Yancey, é um escritor progressista com notável abertura à agenda gay.
A
CH tem ou não tem uma postura a favor do “casamento” gay? Em abril de 2014, o
Christian Post publicou um artigo favorável aos evangélicos esquerdistas que
apoiam tal “casamento.” O papel de desserviço da CH foi retuitar o artigo do Christian
Post. A denúncia desse escândalo está registrada aqui: http://bit.ly/1mLbvs0
As “brincadeiras,” as “boatizações”
e os desserviços da CH, sejam em prol do “casamento” gay, sejam contra seus
opositores — inclusive contra Julio Severo —, são apenas sinais da decadência
do mundo editorial evangélico.
As duas maiores
editoras evangélicas do mundo pertencem hoje ao grupo editorial que publica a
Bíblia de Satanás nos EUA. Uma dessas editoras é a Thomas Nelson,
que no Brasil está sob a direção Omar de Souza, outrora um dos homens fortes de
Caio Fábio, e que em 1995 ajudou a lançar a revista Vinde, que teve papel midiático importante na esquerdização do
público evangélico.
A apostasia chegou, e está deitando
e rolando entre os que publicam revistas e livros evangélicos. Chegou para
combater o “perigo,” a “heresia” e o “comportamento anticristão.” Só na fachada
e no faz-de-conta, claro.
Fonte:
www.juliosevero.com
Leitura
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