Cuba na campanha Mais Médicos: as segundas intenções
Quando a esmola é grande demais o santo desconfia. Vale a pena recordar o que diz o Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI) em documento de 1984, sobre os países comunistas, entre os quais Cuba: “Não se pode desconhecer esta vergonha de nosso tempo [...] Tomaram o poder por caminhos revolucionários e violentos, exatamente em nome da libertação do povo. Pretendendo proporcionar-lhes liberdade, mantêm-se nações inteiras em condições de escravidão indignas do homem”.
Pois bem. Esta “vergonha de nosso tempo”, cujo processo de regeneração se desconhece, pretende ser um exemplo a nós brasileiros. Seu ministro da Saúde, Roberto Ojeda, afirma que se trata, “de colaboração, de integração”, e “que os médicos cubanos contratados pelo Programa Mais Médicos não recebem o salário integral e nem podem trazer as famílias para acompanhá-los – como ocorre com os outros profissionais estrangeiros”.
Eles vieram exatamente “em condições de escravidão indignas do homem”. Sem poder nem mesmo fazer-se acompanhar pela esposa e os filhos, nem negociar seu salário.
Essa “vergonha de nosso tempo” acaba colocando nosso País em uma posição de vergonha. Basta comparar num mapa o tamanho dos dois países. A pequenina Cuba nos prestando ajuda? Que é isso? Confesso que sinto vergonha.
Essa vergonha aumenta ainda se lembrarmos do famoso, do jamais renegado e a todos os títulos famigerado Paredón onde eram fuzilados os anticomunistas.
Como muitas vezes sucedeu, é Plinio Corrêa de Oliveira que, com grande antecedência, em 1943, coloca o preto sobre o branco. Ele afirma: De todos os tempos, a propaganda comunista se fez de mentiras. Se os comunistas tivessem sido sempre adversários leais e corajosos, não haveria maior dificuldade em se admitir sua conversão. Mas, precisamente como os nazistas, eles foram sempre mentirosos insignes, traiçoeiros e pérfidos. Não seria o caso de se suspeitar que também ai andaram de má fé? [1]
A má fé no caso está nas seguintes palavras do ministro cubano de hoje: “Os Médicos incorporam internacionalismo proletário” diz. Que quer dizer internacionalismo proletário no linguajar comunista? Imperialismo! A história do comunismo é balizada pelo surgimento de várias internacionais, a última das quais parece ter sido lançada, sem muito sucesso aparente, por Hugo Chaves. É cabível supor que internacionalismo aí signifique a conquista das mentes de populações e de países, mediante táticas apropriadas. Em última analise, a execução de um colonialismo gradual.
Por que esse ministro reconhece, senão para instrução e contentamento de suas bases?
Por isso, Virgilio faz um troiano exclamar: timeo danaos et ferentes dona: “temo os gregos, mesmo quando fazem presentes”! Como não desconfiar dos comunistas mesmo quando colaboram conhecendo sua história e a dos irmãos Castro? A desconfiança, no caso, é de bom senso.
Fonte: http://ipco.org.br/ipco/noticias/cuba-campanha-medicos-segundas-intencoes#.Uo6yHp0o5y0
E o retrospecto histórico destes “favores” ?
Nada que venha de Cuba pode ser bom.
Bem lembrado o exemplo do “presente de grego”.