perspectivas
Quinta-feira, 14 Junho 2012
O problema da teodiceia é um problema filosófico clássico e antigo, mas agora, em desespero de causa, o darwinismo recorre à teodiceia para tentar destruir quem se oponha ao seu dogma. Mas o problema da teodiceia é metafísico e, por isso, faz parte da filosofia, e não da ciência. Ou será que o darwinismo é, antes de mais, uma metafísica?!
Desde logo, o darwinismo cria esta noção de evolução, mas depois exige que o ónus da prova recaia sobre quem refuta a teoria.
Dou um exemplo: se alguém afirma que 1 + 1 = [ √ π], e uma outra pessoa não concorda e refuta esta proposição baseado na lógica e na matemática (e não na metafísica!), cabe a quem afirma demonstrar que a proposição é verdadeira.
Mas os darwinistas afirmam a sua teoria e depois exigem que quem não concorda com ela que a refute, sem apresentar evidências que possam fundamentar a teoria. É como se eu afirmasse que “os deuses falam grego”, e exigisse depois que quem não concorda comigo que demonstre que eu estou errado.
É neste contexto que os darwinistas recorrem ao argumento metafísico clássico da teodiceia: “se o designer existe, porque é que não criou a natureza de forma perfeita?”
O darwinista coloca-se no lugar do designer e faz-lhe a crítica: assume que até poderia ter feito melhor do que ele, presumindo que a natureza não é perfeita.
Imaginem que eu vou a uma exposição de arte abstracta. Olho para os quadros e digo comigo: “embora eu não entenda qual é o objectivo do artista ao pintar estes quadros abstractos que não me dizem quase nada, a verdade é que 1) os quadros são produtos de design, e 2) o artista lá deve ter as suas razões para produzir este design.”
O darwinista, em contraponto, entra na mesma galeria de arte abstracta e pensa: “não existe design nestes quadros, porque se existisse algum design, teriam que fazer sentido para mim e ser perfeitos. Uma vez que os quadros não têm significado para mim e são imperfeitos, logo os quadros não são produtos de design: surgiram espontaneamente na natureza mediante mutações aleatórias e por selecção natural.”
Et sic transit gloria mundi.
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