23 de julho de 2014
O agente do PT para enganar os evangélicos
Teólogo presbiteriano da Teologia da Missão Integral ocupa importante função estratégica, com salário elevado, na Secretaria-Geral da Presidência da República
Julio
Severo
Nota:
Esta é uma versão reduzida do artigo “A
sombra ‘evangélica’ da sombra ‘católica’ na Presidência da República: Alexandre
Brasil e Gilberto Carvalho,” que denuncia o evangélico estratégico de
Gilberto de Carvalho, que, segundo
o Dep. Aroldo de Oliveira, é comunista de carteirinha, o segundo homem mais
forte do PT e responsável por um projeto perigoso que visa transformar o Brasil
numa Venezuela ou União Soviética. Vários
aliados da sombra evangélica, inclusive Ariovaldo Ramos, assinaram manifesto
público de apoio a esse projeto comunista. Todos esses evangélicos têm um
elo em comum: a promoção da Teologia
da Missão Integral. O propósito deste artigo reduzido é facilitar a divulgação
e distribuição dessa denúncia ao maior número possível de líderes evangélicos.
O governo do PT tem um “agente”
muito bem pago para iludir os evangélicos. Poderia se dizer até que era um
agente de certo modo secreto, pois no ano passado quando fiz perguntas sobre
ele para a Frente Parlamentar Evangélica, ninguém o conhecia.
Alexandre Brasil |
Seu nome é Alexandre Brasil Carvalho da
Fonseca, também conhecido como Alexandre
Brasil Fonseca, ou simplesmente Alexandre Brasil. Ele é um teólogo
presbiteriano.
A primeira vez que ouvi esse nome
foi no ano passado, de uma fonte que circula livremente no movimento de Teologia
da Missão Integral, que é de acordo com Ariovaldo Ramos a versão
protestante da Teologia da Libertação. A fonte me informou que a função de
Alexandre Brasil na Secretaria-Geral da Presidência da República é se comunicar
e viajar pelo Brasil se encontrando com lideranças evangélicas e fortalecendo a
“comunhão” entre governo do PT e evangélicos.
Gilberto Carvalho |
Sim, e isso é comprovado pelo seu
histórico.
Ele tem um livro
publicado pela Editora Ultimato, que é referência da Teologia da Missão
Integral no Brasil.
Em 2010, juntamente com Frei Betto
e Leonardo Boff (e uma multidão deslumbrada de idiotas úteis de várias igrejas),
Alexandre assinou,
como teólogo presbiteriano, o “Manifesto dos Cristãos pela eleição de Dilma.”
No documento, os assinantes proclamavam:
Nestes
dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas
igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo
que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao
aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como contrárias à moral.
A
própria candidata negou a veracidade destas afirmações. Apesar disso, estes
boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas
autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé… Não
aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso… em nome
do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso
voto em Dilma Rousseff.
Quatro anos de inúmeras evidências
depois, quem mentiu? Os que disseram que Dilma não apoia o aborto ou os que
disseram o contrário?
Juntamente com o esquerdista Paul
Freston, que já foi membro de carteirinha do PT, Alexandre Brasil tem sido
citado como referência, com sua credencial de sociólogo, sobre o perfil
evangélico brasileiro, embora ambos estejam distantes da predominante espiritualidade
pentecostal, neopentecostal e conservadora do Brasil.
Paul e Alexandre já foram citados
elogiosamente pela BBC, uma mídia secular esquerdista, e também pela revista Christianity Today, numa matéria
que estranhamente chamou Ariovaldo Ramos de “conservador moderado” — o mesmo Ariovaldo
que disse que Hugo Chavez deixou o mundo melhor.
Foi uma escolha muito infeliz da Christianity Today, mas sua tendência
para com a esquerda vem se manifestando. Recentemente, a versão brasileira
dessa revista americana retuitou uma matéria do Christian Post em favor de uma escritora evangélica americana que
apoia o chamado “casamento” gay. A denúncia está aqui: “Por
que o Christian Post adota o esquerdismo no Brasil?”
A denúncia também mostra como a
escritora esquerdista americana foi escolhida como uma das principais
palestrantes na famosa Faculdade Calvino (Calvin College) nos EUA. Essa
faculdade, conforme informação
de sua página, teve também Alexandre
Brasil como líder de um de seus seminários. Tudo a ver, pois Alexandre também é
presbiteriano.
Essas ligações progressistas me
fazem lembrar a declaração
do próprio Alexandre em seu Twitter:
“‘Tamo junto e misturado!’
#tudoquenaopresta.” Não conheço verdade mais realista do que essa.
O que é de doer é: Como os modernos
filhos de Calvino
— que é considerado o pai do capitalismo
— conseguem ser diabolicamente anticapitalistas e pró-marxismo?
Podridão evangélica esquerdista: para alegria de uns e tristeza de outros
As ligações esquerdistas de
Alexandre são extensas.
Gustavo Abadie, que era pastor
tradicional, se converteu ao catolicismo depois de só ver pastores e igrejas
protestantes tradicionais se entregando ao esquerdismo. Ele escreveu o artigo “A
árvore podre da Missão Integral,”
que aponta as principais figuras da Teologia da Missão Integral, mencionando inclusive
Alexandre Brasil.
No artigo, o ex-pastor Gustavo
revela declaração do bispo assassinado Robinson Cavalcanti confirmando que a
“Teologia da Missão Integral é a versão evangélica da Teologia da Libertação.”
Cavalcanti, que foi o fundador do
Movimento Evangélico Progressista (o maior movimento evangélico esquerdista da
história do Brasil), era louvado
por Alexandre Brasil.
O PT só escuta seus ventríloquos evangélicos
Como integrante da Secretaria-Geral
da Presidência da República, quando houve as grandes manifestações populares no
Brasil no ano passado e Dilma Rousseff queria “escutar” o povo, Alexandre não
teve dúvida: trouxe até o Planalto o
desconhecido grupo evangélico progressista “Rede Fale” para representar a voz
dos evangélicos, como se todos os
evangélicos do Brasil fossem esquerdistas. A Rede Fale tem uma afinidade especial
com a Teologia da Missão Integral e seu “apóstolo” Ariovaldo Ramos.
Pastores na mira
Em 8 de março de 2014, Alexandre
esteve reunido com pastores de Aracaju para promover uma iniciativa manobrada
por ele e seu patrão: o Movimento Paz & Proteção. Esse movimento visa unificar as igrejas em
torno de uma suposta proteção aos direitos das crianças e adolescentes. A liderança
desse movimento, que é estrategicamente manobrada por Gilberto Carvalho e por
sua sombra evangélica, está com o UNICEF, CONIC, Koinonia Presença Ecumênica e
Serviços, RENAFRO e Visão Mundial, conforme documentação que os pastores de
Aracaju me enviaram. A maioria
desses grupos assinou manifesto de apoio a um decreto de Dilma Rousseff
comandado por Carvalho — um decreto que, sorrateiramente, visa implantar
uma ditadura comunista no Brasil.
Como não poderia deixar de ser, a
CNBB está representada
nessa parceria através de sua Pastoral da Criança. O CONIC, que abrange a CNBB,
a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a Igreja Evangélica de Confissão
Luterana no Brasil e a Igreja Presbiteriana Unida, sempre opta pelo
esquerdismo. O CONIC
apoiava o PLC 122 e se
opunha a Marco Feliciano.
Missão Integral e o núcleo fechado do PT
Mas quem é Alexandre Brasil, o
homem que se tornou o principal instrumento do ministro Gilberto Carvalho em
suas comunicações com os evangélicos?
De acordo com entrevista dele ao programa
progressista Papo na Rede postado em 27 setembro de 2013, ele foi um dos
pioneiros da Rede Fale, cuja atuação tem sido marcadamente política e
esquerdista.
Aos 7:15 da entrevista, Alexandre
revela que, na sua função ligada à Secretaria-Geral da Presidência da
República, ele tem comunicação regular com a Visão Mundial, que está hoje sob a
presidência de Ariovaldo Ramos, um “apóstolo” da TMI e apoiador de Lula na sua
eleição e reeleição.
Aos 10:30, o entrevistador diz que
Gilberto Carvalho é “um dos homens mais influentes do núcleo mais fechado da
Presidência da República.”
Aos 37:35, Alexandre ressalta que
sua experiência e caminhada foram na Rede Fale, Visão Mundial e Teologia da Missão
Integral e movimento ecumênico.
A caminhada de Gilberto e Alexandre
é muito semelhante. Gilberto, na Teologia da Libertação. Alexandre, na Teologia
da Missão Integral. Essas ligações progressistas me fazem lembrar a declaração do próprio
Alexandre em seu Twitter: “‘Tamo junto e misturado!’
#tudoquenaopresta.”
Neopentecostalismo: o inimigo comum dos cristãos esquerdistas
A afinidade de Alexandre Brasil com
Gilberto Carvalho é então imensa. Se em 2012 Carvalho disse que os
televangelistas neopentecostais são uma ameaça para a hegemonia do PT (por
causa de suas posturas radicais contra o aborto e homossexualismo), a única
resposta de Alexandre seria concordar. Afinal, ele tem um documento basicamente
chamando o movimento neopentecostal de Nova Era Evangélica.
Essa posição de ataque ao neopentecostalismo
em nada difere da posição de outros líderes protestantes da Teologia da Missão
Integral. Ariovaldo Ramos e Ricardo Bitun, que são expoentes proeminentes dessa
ideologia esquerdista, têm um livro intitulado “Uma Visão sobre a Igreja, hoje,
no Brasil,” que ataca o neopentecostalismo. Esses ataques
mais parecem cortinas de fumaça para acobertar o trabalho sujo da promoção da
Teologia da Missão Integral.
Claro que nem todo neopentecostal
merece ser isento de críticas. A Igreja Universal do Reino de Deus, cujo
fundador defende descaradamente o aborto,
é um exemplo. Mas nem a sombra católica nem a sombra evangélica ousariam
criticar o poderoso chefão da IURD, que é um importante aliado do governo do
PT. Só as igrejas neopentecostais contrárias ao aborto e ao homossexualismo é
que merecem fogo cerrado das hostes esquerdistas.
O que torna o neopentecostalismo
uma ameaça aos cristãos de esquerda, tanto católicos quanto evangélicos? O
filósofo Luiz Felipe Pondé responde. Ele lembra que já na década de 1960 Nelson
Rodrigues combatia os “padres de passeata” que teriam introduzido o
materialismo mais vil na teologia, tentando transformar a Igreja Católica em um
aparelho da esquerda.
Em seu livro “Contra um Mundo
Melhor” (Editora Leya), Pondé escreveu: “A igreja católica de esquerda fez a
opção pelos pobres, mas os pobres fizeram a opção pelo neopentecostalismo.”
A Teologia da Missão Integral,
predominante durante décadas em igrejas protestantes tradicionais, também fez a
opção pelos pobres, mas seu público-alvo fez a opção neopentecostal pelo
sucesso material. Ao invés de se juntar à esquerda messiânica e lutar por
“outro mundo possível,” os pobres preferem a busca individual da prosperidade.
Certos ou errados em sua busca da prosperidade, o fato é que os neopentecostais
arruinaram os planos dos eruditos, teólogos e filósofos evangélicos e católicos
que defendem eloquentemente a Teologia da Missão Integral e a Teologia da
Libertação. Essa é a principal razão do ódio mal disfarçado que os teólogos de
ambas as ideologias têm do neopentecostalismo.
As sombras em importante reunião evangélica
E como tem sido a atuação de
Alexandre Brasil como “ponte” entre governo do PT e evangélicos progressistas?
Graças a ele, Carvalho participou de importante
reunião promovida pela Aliança Evangélica (AE) em 28 de fevereiro de 2013 na
Igreja Presbiteriana de Brasília, DF.
Recebido por cerca de 70 líderes evangélicos, Carvalho ouviu de Ariovaldo
Ramos, representante da AE, o compromisso de apoio. “Vamos apoiar as ações do
Governo que favorecem o pequeno, o pobre… Queremos ser um instrumento de
parceria”, disse Ariovaldo, que também declarou que irá fazer “cobranças”
quando o governo se desviar do direcionamento socialista em suas políticas.
Ladeado por Ariovaldo e por sua
sombra evangélica (o progressista mais gordo à esquerda, na foto), Carvalho
agradeceu as palavras de Ariovaldo e confirmou o desejo do governo do PT de
caminhar em diálogo e parceria com a AE. “Ai das igrejas que perdem o caráter
de profecia. Ai do governo que se fecha”, afirmou ele, em palavras que em muito
recordaram Robinson Cavalcanti, que igualmente atrelava o caráter profético das
igrejas ao ativismo socialista.
Mas tanto Gilberto quanto
Alexandre, com suas respectivas teologias católica e evangélica esquerdistas,
poderiam garantir que fazem tudo por amor aos pobres. No entanto, quanto custa
trabalhar “pelos pobres”?
Quanto se ganha para “optar pelos pobres”?
O site Portal da Transparência, que
é ligado ao governo federal, informa publicamente que Gilberto
Carvalho recebe um salário mensal de 26.723,13,
possivelmente sem contar as ajudas de custo para aluguel e outras despesas.
Quanto ao Alexandre Brasil, seu
salário não fica muito atrás do salário de seu patrão. De acordo com informação
pública disponível no site Portal da Transparência, ele recebe um salário mensal de
15.957,60, possivelmente também sem contar
as ajudas de custo para aluguel e outras despesas…
Fonte:
www.juliosevero.com
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