25 de julho de 2014
Dilma cria “comitê evangélico” para campanha presidencial
Mesmo quebrando promessas de 2010, PT repete estratégia
Jarbas
Aragão
Comentário
de Julio Severo: Preciso, por justiça, fazer uma pequena correção no texto do jornalista
do GospelPrime. Na eleição de 2010, a CNBB não teve papel contrário à plataforma
pró-aborto do PT. Poucos foram os líderes católicos que denunciaram o PT. Entre
eles, os mais destacados são o falecido Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, da diocese
de Guarulhos, e o Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz. Por sua coragem, Dom Bergonzini
foi muito criticado por outros bispos da CNBB, e a carta dele que incentivava
as pessoas a votar contra o PT foi removida do site da CNBB durante a campanha
eleitoral. Dom Bergonzini, que era uma “ovelha negra” na CNBB, foi um exemplo de
luta pró-vida e quem não conhece a história pode confundir seus atos de bravura
como se fossem atos da própria CNBB, que é considerada a fundadora do PT. Mas
não há o que confundir: Dom Bergonzini estava numa direção e a CNBB estava e
continua em outra.
Em 2010 muitos analistas políticos
indicaram que a polarização do debate de questões como aborto e casamento gay é
que levaram a disputa para o segundo turno. Um dos maiores motivos para isso
foi a manifestação pública da CNBB contra as propostas do PT e um grupo de
evangélicos, com destaque para Silas Malafaia, que acusava a candidata Dilma de
ser favorável a essas questões.
Quatro anos atrás, o comitê de Dilma
costurou alianças com vários partidos cuja liderança tinham representatividade
junto aos evangélicos. Tempos depois, muitos romperiam com o PT, alegando terem
sido traídos. Em especial, o Partido Social Cristão (PSC), por conta da
perseguição política contra o deputado pastor Marco Feliciano.
Com os números das pesquisas
mostrando um possível segundo turno, a campanha de Dilma procurou criar um
“comitê evangélico”, de representatividade questionável. Segundo o jornal O
Globo, os nove partidos que lutam pela reeleição da presidente escolheram para
fazer parte dos interlocutores com as igrejas evangélicas Marcos Pereira,
presidente do PRB, Gilberto Kassab, do PSD, e Eurípedes Júnior do PROS.
Além destes, estavam presentes
Aloísio Mercadante, Rui Falcão e Berzoini (PT), Michel Temer (PMDB), Carlos
Lupi (PDT), Ciro Nogueira (PP), Luciano Castro (PR) e Renato Rabelo (PCdoB).
O processo teve início quando
Pereira, do PRB, partido ligado à IURD, reclamou com Dilma que existe grande
resistência dos fiéis à reeleição de Dilma justamente por que o governo petista
quebrou sua promessa e de
forma extra-oficial tornou legal tanto a união civil de homossexuais
quanto o aborto.
A presidente vem se justificando que não mudou nenhuma lei com relação
aos temas. Agora, além da criação do comitê ela quer se reunir com pastores
para esclarecer o caso.
Quando surgiu
o Partido da República e Ordem Social (PROS),
seus líderes s anunciaram que não fariam parte da bancada evangélica. Contudo,
se posicionaria favorável aos “temas evangélicos”, incluindo aborto, eutanásia
e a homofobia.
Mas até agora a sigla não mostrou
ter influência sobre os evangélicos de modo geral. Já o PRB, cujo principal
expoente é Marcelo Crivella, tem apelo apenas junto aos fieis da Igreja
Universal. Cerca de um ano atrás, Crivella
intermediou um encontro de Dilma com cantoras evangélicas.
A decisão foi classificada
como “engodo” pelo deputado Marco Feliciano,
que acusou Dilma de não ter recebido pastores porque sabia que haveria uma
conversa séria, com reivindicações.
O jornalista Julio Severo, colunista
do portal Gospel Prime, denunciou
recentemente que Gilberto de Carvalho, Secretário-Geral da Presidência, segundo
homem mais forte do PT é responsável por “um projeto perigoso que visa
transformar o Brasil numa Venezuela ou União Soviética”. Pois ele tem atraído
para a defesa de seu partido teólogos como Ariovaldo Ramos e Alexandre Brasil,
que inclusive
recebe salário de R$ 15 mil do governo petista.
Em 2012 Carvalho anunciou em um
encontro do partido que era preciso combater as igrejas evangélicas. Na
época, o Senador Magno Malta (PR), da Frente Parlamentar evangélica, chamou
Carvalho de “safado” e “mentiroso”.
Embora o líder do partido de Malta estivesse nesse encontro com Dilma que
busca aproximação com evangélicos, ele já anunciou que não apoiará a reeleição,
fazendo
campanha para o pastor Everaldo, do PSC.
Por ser pastor, Everaldo é considerado
por muitos o único que representa o interesse dos evangélicos e tem conquistado
o apoio de vários líderes com representatividade entre os evangélicos, como
Silas Malafaia.
Fonte:
GospelPrime
Divulgação:
www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
Senador Magno Malta critica
pastores que assinaram manifesto apoiando decreto ditatorial de Dilma Rousseff
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