Há pessoas que põem o sossego acima
de tudo. E não são poucas. "Desde que não me amolem --
dizem -- o mundo que vá para onde bem entender. Cada qual se arranje
como quiser e como puder, só não perturbem meu descanso."
Preocupados com sua indústria, seu
comércio ou sua carreira, em relação aos quais são uns leões de
perspicácia e intransigência, não se preocupam com nada do que acontece
fora desse estreito (estreitíssimo) limite de seus interesses pessoais.
"Mudar o mundo
não depende de mim; é um esforço inútil, vou me desgastar à toa, ficar
estressado, deixa o barco correr."
Sobretudo o que não querem é prever e
lutar.
Depois que o comunismo sanhudo deixou
de ameaçar visivelmente o Brasil e passou a usar táticas mais aggiornati
e insidiosas -- não menos ameaçadoras! -- o nosso adorador do sossego
exultou: "O comunismo morreu!". E não adianta querer
abrir-lhe os olhos para os programas de certos partidos políticos, para o
marxismo que se ensina em não poucas universidades, para a infiltração
nos meios de comunicação social e na própria Igreja. Nada o move nem
comove.
Desvendar-lhe que o comunismo continua
bem vivo e apenas se metamorfoseia em certas correntes culturais e
ecológicas, irrita-o profundamente. Nada exacerba mais o preguiçoso
aferrado a seu sono do que sacudi-lo para que acorde e abra os olhos.
Então ele vira uma fera.
De modo que a informação que dou
abaixo ao leitor não visa mover esse gênero de poltrões. Eles são inamovíveis.
Viso, sim, esclarecer aqueles para quem a moral, o bem do Brasil e da
Igreja ainda falam alto no interior de suas consciências. Felizmente eles
existem em número ponderável, e até crescente.
*
* *
Reproduzo aqui para o leitor alguns
trechos da notícia publicada pela "Folha de S. Paulo" (9-7-13),
sob o título "Universidade oferece curso para difundir
comunismo":
"Um
plano para propagar o comunismo está em curso na região de Ouro Preto.
Ali a doutrina avança por um programa de extensão da Universidade Federal
de Ouro Preto, que propaga ideias comunistas a estudantes e moradores do
interior mineiro desde 2012.
"O
programa do chamado Centro de Difusão do Comunismo da Ufop tem cunho
abertamente ideológico. A maioria [dos alunos] é composta por moças de classe média baixa e
estudantes de serviço social. Todas as atividades do centro são
gratuitas. O programa consome R$ 60 mil por ano em bolsas mensais de R$
250.
"Coordenador
do Centro de Difusão do Comunismo, André Mayer, filiado ao PCB, diz que a
iniciativa permite aos participantes 'colocar a sociedade em xeque; é uma
proposta muito clara de buscar as contradições dessa sociedade e
transformá-la'."
Foi
preciso uma liminar da Justiça para fechar provisoriamente o Curso.
*
* *
Se
o leitor conhece alguém com a mentalidade acomodatícia que descrevemos
acima, aconselhamos que não lhe dê essa notícia. De nada adianta. Ele se
sairá com evasivas, falará em pluralismo, liberdade de ensino e coisas do
gênero, mas não se preocupará com o futuro do Brasil, podendo chegar
mesmo a invectivar o leitor que tenta esclarecê-lo. Dirá qualquer coisa,
contanto que não tenha que sair de sua modorra.
Se quiser, tente. Mas é inútil.
(*) Gregório Vivanco Lopes é advogado e
colaborador da ABIM
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