Professora universitária é presa por pedofilia
Doutoranda da USP, de 35 anos, e um montador, de 36, teriam divulgado na internet foto de adolescente aliciada para sessão de sadomasoquismo
28 de agosto de 2012 | 3h 05
William Cardoso - O Estado de S.Paulo
Uma professora universitária, de 35 anos, e um montador, de 36, foram presos ontem em São Paulo acusados de divulgar na internet fotos de uma estudante de 14, convencida por eles a participar de uma sessão de sadomasoquismo. A polícia chegou até o casal depois que o pai da menina percebeu mudanças de comportamento na filha e passou a vigiá-la, com um software espião.
Veja também:
Justiça permite que ex-mulher de pedófilo cumpra pena em convento
Chile investiga alegações de abuso sexual infantil em 60 escolas
Siga nossa página no Facebook
Justiça permite que ex-mulher de pedófilo cumpra pena em convento
Chile investiga alegações de abuso sexual infantil em 60 escolas
Siga nossa página no Facebook
No dia 29, a adolescente saiu de casa às 9h e retornou apenas dez horas depois. Ela disse aos pais que iria à casa de uma amiga, mas foi até a Estação Santa Cruz do metrô, na zona sul, para encontrar o montador. Os dois trocavam mensagens desde o dia 21, quando se conheceram em uma sala de bate-papo. O montador se identificava como SrShibariSP. O apelido faz alusão ao verbo japonês "shibari", que significa amarrar. Ex-sushiman, o aliciador é fascinado por cultura oriental.
Da estação de metrô, eles partiram para o apartamento da professora no Tatuapé, na zona leste, onde os três participaram de uma sessão de sexo sadomasoquista. Em troca, a estudante ganhou um espartilho.
O pai da garota, um frentista de 42 anos, passou a estranhar o comportamento da filha. Ele também recebeu uma ligação, dizendo que a garota estava se envolvendo com um homem casado. Notou, ainda, o presente inusitado. Desconfiado, o frentista instalou um software espião no notebook da adolescente.
Viu que ela acessava um site sadomasoquista onde tinha as próprias fotos expostas, sob o domínio do SrShibariSP. Desesperado, o pai chegou a pedir demissão para acompanhar de perto o caso. "Fiquei duas semanas sem comer nem dormir. É terrível."
Sem falar nada à garota, ele entrou em contato com um amigo e decidiu procurar o 27.º DP (Campo Belo). "É um mundo à parte (sadomasoquismo)", disse o delegado Genésio Leo Júnior. "Ela foi atraída pela curiosidade", completou.
Armazenamento. Na sexta, o delegado pediu o mandado de busca e apreensão. No sábado, o casal se encontraria de novo com a garota. Alerta, o pai impediu que ela saísse de casa. Nessa segunda-feira, 27, a polícia encontrou fotos e material sadomasoquista no apartamento da professora. Formada em Biomedicina, ela é doutoranda em Anatomia Humana na Universidade de São Paulo (USP). À polícia, ela disse que a garota parecia ter 16 anos. A professora e o parceiro foram presos em flagrante por divulgar as fotos, além de mantê-las armazenadas. A advogada dos acusados não se manifestou sobre o caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário