Fonte: http://espectivas.wordpress.com/2010/05/31/o-delirio-interpretativo-e-a-sociopatia-de-vital-moreira/
Deste texto de Vital Moreira, podemos retirar algumas ideias-base :
- Quem é contra o “casamento” gay é da “direita ultramontana”;
- Quem é contra o “casamento” gay é “lunático”;
- As eleições ganham-se ao centro, mesmo que esse “centro” esteja politicamente chegado ao Bloco de Esquerda;
- Um “centro” que esteja mais perto do CDS do que do Bloco de Esquerda, é um “centro da direita ultramontana”.
Naturalmente que Vital Moreira não define “direita ultramontana”, talvez porque não saiba o que é. Porque se se pertence à “direita ultramontana” por se ser contra o “casamento” gay, então a esmagadora maioria do povo pertence à “direita ultramontana”; mas se as eleições se decidem ao “centro”, ficamos sem saber se esse “centro” se situa na área da “direita ultramontana”, porque o insigne professor universitário não sabe ou não quer explicar.
Por outro lado, diz o ideólogo socialista, a maioria do povo “anda na lua” — e aqui já concordo com Vital Moreira: exactamente porque o povo anda na lua é que, entre uma miríade de aberrações neste país, ele conseguiu o estatuto de uma autoridade de direito que não tem uma correspondência com a necessária autoridade de facto.
Espero que Vital Moreira não seja a representação do mundo universitário de hoje, porque ele é o espelho de uma esquerda em delírio interpretativo (ou “delírio de interpretação”; trata-se de uma doença mental).
Uma esquerda que defende o “casamento” gay, a adopção de crianças por duplas de gays e a possibilidade de se mudar de sexo no Bilhete de Identidade mantendo a barba e o pénis como souvenir, não é uma esquerda ultramontana: é uma esquerda delirante, psicopatológica e sociopata.
Segundo o conhecido psiquiatra francês Paul Sérieux, o elemento fundamental da condição psicopatológica deste tipo de doentes mentais — que incluem os dirigentes da esquerda portuguesa e o Sr. Vital Moreira — é a multiplicidade das interpretações delirantes, ou seja, “um raciocínio falso que tem como ponto de partida uma sensação real, um facto exacto, o qual em virtude de associações de ideias ligadas às tendências e à afectividade e através de induções ou deduções erradas, acaba por adquirir para o doente uma significação pessoal, pela qual tudo se coloca inexoravelmente em relação em torno desse facto”.
Segundo Paul Sérieux, Vital Moreira padece de uma psicose delirante crónica, sistematizada, de carácter não alucinatório que se caracteriza por:
- multiplicidade e organização de interpretações delirantes;
- ausência ou penúria de alucinações (contingentes);
- persistência da lucidez e da actividade psíquica;
- evolução através da extensão progressiva das interpretações;
- incurabilidade, sem demência terminal. (Sérieux & Capgras, p. 4-5)
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