19 de agosto de 2014
O reavivamento perfeito?
Julio
Severo
O Brasil tem experimentado um
crescimento explosivo de igrejas pentecostais e neopentecostais. Grandes
multidões de pobres frequentam essas igrejas procurando respostas para suas
necessidades físicas, materiais e espirituais.
A Igreja Católica, infestada pela
Teologia da Libertação, está preocupada com esse crescimento. E até igrejas
protestantes históricas, similarmente infestadas pelas versões protestantes da
Teologia da Libertação, estão preocupadas.
Observadores internacionais veem
tal crescimento como fenômeno ou até evidência de “reavivamento.” No entanto, críticos
calvinistas questionam que se esse reavivamento fosse genuíno, o Brasil não
teria agora um governo socialista. Mas e se o Brasil dependesse apenas da
Igreja Católica e sua Teologia da Libertação? Já seria uma Cuba católica. E se
o Brasil dependesse apenas das grandes igrejas protestantes históricas e suas
versões protestantes da Teologia da Libertação? Já seria uma Cuba protestante.
O crescimento pentecostal e
neopentecostal no Brasil está longe da perfeição. Mas críticos rancorosos de
igrejas protestantes históricas, que são muito pequenas no Brasil em comparação
às grandes igrejas pentecostais e neopentecostais, têm usado as imperfeições
para apontar que o “reavivamento” no Brasil é falso, enganador e até demoníaco.
Críticos calvinistas sistematicamente condenam o crescimento pentecostal e
neopentecostal no Brasil.
Eles ignoram que reavivamento e
perfeição não são iguais. Eles ignoram as graves imperfeições da igreja
perfeitamente carismática de 1 Coríntios.
Eles apontam que o resultado de um
reavivamento perfeito é mudança e transformação nos cristãos e sua conduta.
Essa mudança afeta todos: advogados, fazendeiros e até políticos. Se há um
grande número de cristãos no governo, espera-se que o governo se alinhe aos
valores cristãos e à justiça através do testemunho e presença dos cristãos.
Eles apontam que o reavivamento
perfeito foi o Grande Despertamento nos Estados Unidos e a pregação de homens
como Jonathan Edwards.
Vamos usar o padrão deles para
analisar um “reavivamento perfeito.” Primeiro, veio o Grande Despertamento,
mediante Jonathan Edwards e outros. Em seguida, o nascimento dos Estados Unidos
mediante homens que eram simultaneamente protestantes e maçons. Isto é, os
fundadores dos EUA eram protestantes que haviam sido influenciados ao mesmo
tempo pelo Grande Despertamento e pela maçonaria!
Se os EUA são hoje infestados de
símbolos e contaminações maçônicas, o exemplo foi dado por esses protestantes
maçons que viveram sob a influência da forte cultura espiritual deixada pelo
Grande Despertamento.
A maior denominação presbiteriana
do Brasil, fundada por missionários presbiterianos maçons americanos em meados
do século XIX e berço da primeira versão protestante da Teologia da Libertação
na década de 1950, tem dificuldade de disciplinar seus inúmeros pastores e
outros líderes maçons, que apesar disso se ocupam em criticar as muitas
“heresias” do crescimento pentecostal e neopentecostal.
Portanto, pela lógica deles, se o
Grande Despertamento foi um reavivamento perfeito, a conclusão é que a
maçonaria que infesta políticos protestantes é certa, pois se não é certa, a
conclusão é que o Grande Despertamento foi um reavivamento imperfeito. E os
críticos calvinistas do Brasil têm apenas uma resposta para reavivamentos
imperfeitos: críticas sistemáticas.
Não importa que o que a Palavra de
Deus diz também se aplica à maçonaria entre pastores, políticos e outros líderes
protestantes:
“Jamais
vos coloqueis em jugo desigual com os descrentes. Pois o que há de comum entre
a justiça e a injustiça? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas?” (2
Coríntios 6:14 KJA)
O Grande Despertamento foi a maior
bênção para o nascimento dos EUA. Mas a maçonaria não era bênção, e será, com
suas tramas de Nova Ordem Mundial, sua queda.
O Grande Despertamento não foi um
reavivamento perfeito. Só Deus é perfeito. O crescimento pentecostal e
neopentecostal no Brasil não é perfeito. Só Deus é perfeito.
Se o Brasil é hoje mais socialista,
a culpa não é dos pentecostais e neopentecostais. Na década de 1990, o Rev.
Caio Fábio, o maior líder presbiteriano na história brasileira, conduziu a
Igreja Brasileira a apoiar o Partido dos Trabalhadores, que é o partido
socialista que hoje governa o Brasil, e hoje Caio é um homem caído, por causa
de seus escândalos sexuais e financeiros. Mas informações sobre sua imensa influência
na Igreja Brasileira podem ser achadas em meu e-book gratuito “Teologia
da Libertação versus Teologia da Prosperidade” aqui: http://bit.ly/1a6brwP
O Partido dos Trabalhadores e
outros partidos socialistas estão determinados a impor o aborto e a
homossexualidade no Brasil. O único impedimento ao seu projeto, pela própria
confissão deles, é o testemunho ousado de televangelistas neopentecostais, que estão
sob um bombardeio pesado de críticas “teológicas” vindas de críticos
calvinistas que vivem confortavelmente num ambiente religioso infestado de
maçonaria e a Teologia da Missão Integral, que é a versão protestante da
Teologia da Libertação.
Sua inspiração é muitas vezes John
MacArthur, um teólogo calvinista que acredita que os dons sobrenaturais do
Espírito Santo cessaram. Igrejas calvinistas cada vez mais abraçando a
homossexualidade, o aborto e posturas contra Israel e MacArthur e seus
seguidores brasileiros preocupados com o que o Espírito Santo pode ou não pode
fazer hoje. Por que ele e outros críticos calvinistas não usam seu “dom” de
criticar para com a Igreja Presbiteriana dos EUA e muitas outras igrejas
protestantes esquerdistas e cessacionistas?
Por que eles não usam seu “dom” de
criticar para com a Teologia da Missão Integral e a maçonaria?
Se fizessem isso, muitos críticos
calvinistas no Brasil começariam a se ocupar com esses problemas colossais em
seu próprio meio, e compreensivelmente ficariam sem nenhum tempo para atacar
pentecostais e neopentecostais e muito menos exigir que o crescimento deles se
alinhe às expectativas calvinistas do Grande Despertamento.
Se eles querem criticar
reavivamentos “imperfeitos,” e quanto a maçonaria entre os fundadores dos EUA
que foram influenciados pelo Grande Despertamento? Por que eles se recusam a
ver a maçonaria como bruxaria complexa? Se eles querem perfeição nos outros,
por que o meio deles é infestado da Teologia da Missão Integral? Por que essa
teologia liberal e esquerdista afeta predominantemente calvinistas no Brasil?
Por que eles nunca criticaram sua ex-celebridade teológica, Rev. Caio Fábio,
por seu papel instrumental na promoção da Teologia da Missão Integral e no
envolvimento evangélico com o Partido dos Trabalhadores?
Existe um reavivamento perfeito?
Claro que não. Mas se os pentecostais e os neopentecostais não criticam o
Grande Despertamento, por que os críticos calvinistas criticam sistematicamente
o crescimento pentecostal e neopentecostal no Brasil?
Quanto a mim, digo: não há motivo
algum para se rejeitar o Grande Despertamento e o crescimento pentecostal e
neopentecostal no Brasil por causa de suas imperfeições. Cristãos maduros
apreciarão ambos eventos e saberão como rejeitar suas imperfeições sem jogar
fora o que Deus fez e está fazendo.
Versão
em inglês deste artigo: The
Perfect Revival?
Fonte:
www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
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