Conselho de Psicologia do PR tentará cassar registro de Marisa Lobo novamente: "Perseguição"
Paraná - Falando com exclusividade ao Portal Guiame, Marisa afirmou que, de certa forma, já esperava esta reação mais recente do Conselho Regional de Psicologia de seu estado.
Fonte: Guiame, João Neto
Após a Justiça Federal decidir anular a cassação do registro profissional da psicóloga cristã Marisa Lobo, no dia 6 de novembro de 2014, o Conselho Regional de Psicologia do Paraná irá recorrer, apelando ao Supremo Tribunal para reverter esta decisão. A informação foi transmitida à psicóloga na última sexta-feira (6).
O CRP-PR havia penalizado Marisa no mês de maio de 2014, alegando que ela teria fundamentado suas práticas profissionais em dogmas religiosos. Um dos fatores usados como "prova" para estas acusações foram menções ao cristianismo, usado pela profissional em seus perfis das mídias sociais.
Segundo documento assinado pelo Juiz Federal Cláudio Roberto da Silva e publicado no dia seguinte à anulação do processo (07/11/2014), foram encontradas diversas irregularidades na cassação.
Entre elas, foram registrados e comprovados, fatos como a "coincidência" da data de julgamento com a Marcha para Jesus, no Paraná e também a entrevista oferecida, à véspera, pela Gerente Técnica do Conselho Regional de Psicologia em sites da internet, violando o sigilo processual que impõe o art. 29, do Código de Processamento Disciplinar.
Já o ativista LGBTT Luiz Mott fez duras críticas à decisão de anular a cassação da psicóloga. Segundo ele, não cabe ao poder judiciário, interferir em uma decisão "soberana" como esta.
"Sugiro que a Comissão da ABGLT se solidarize com o Conselho de Piscologia do PR e proteste publicamente contra a interferência do poder judiciário em decisões soberanas e competentes de conselhos profissionais. Um absurdo!", postou Mott em um fórum de discussão na internet, em novembro de 2014.
Sem surpresas
Falando com exclusividade ao Portal Guiame, Marisa afirmou que, de certa forma, já esperava esta reação mais recente do Conselho Regional de Psicologia de seu estado.
Falando com exclusividade ao Portal Guiame, Marisa afirmou que, de certa forma, já esperava esta reação mais recente do Conselho Regional de Psicologia de seu estado.
"Não foi surpresa. Sabíamos que o CRP não iria aceitar a decisão, pois está claro que a intenção não é proteger a sociedade de maus profissionais e sim servir a cabeça de um profissional cristão para o ativismo LGBTT do qual o CRP Pertence", destacou.
Marisa também reafirmou ter sido vítima de calúnias neste processo e lamentou que o Conselho ainda esteja insistindo em agir desta maneira.
"No meu julgamento ficou claro o ódio que os fiscais destilaram contra mim, não pelo o que fiz, mas pelas coisas que eles alegram (mentindo) que eu havia feito. É lamentável que nós, profissionais de psicologia estejamos nas mãos de um Conselho tão imaturo, irresponsável e obssessivo", disse.
Continuando com seu depoimento, a psicóloga citou o caso do Pr. Silas Malafaia (também formado em Psicologia), no qual o seu registro profissional também correu o risco de ser cassado. O líder da Igreja Vitória em Cristo acabou vencendo esta causa.
"Tentaram calar Silas Malafaia não conseguiram, se voltam contra mim e eu já provei com depoimentos de pacientes, que nunca, em tempo algum no exercício de minha profissão conduzi minhas sessões de terapia por convicções religiosas e ou de orientação sexual", afirmou.
"Eu creio e espero que ainda exista imparcialidade pelo menos no magistrado e que reconheçam e enxerguem o que o Juiz do meu processo bem como a OAB reconheceram que meu caso é uma vergonhosa perseguição religiosa doentia".
Perseverança
O processo movido contra a psicóloga Marisa Lobo tornou-se conhecido por todo o Brasil. Na época, a psicóloga contou com o apoio de grandes representantes do meio cristão, dentro e fora da política, como o Senador Magno Malta, o deputado federal Marco Feliciano e o Pr. Silas Malafaia.
O processo movido contra a psicóloga Marisa Lobo tornou-se conhecido por todo o Brasil. Na época, a psicóloga contou com o apoio de grandes representantes do meio cristão, dentro e fora da política, como o Senador Magno Malta, o deputado federal Marco Feliciano e o Pr. Silas Malafaia.
Em suas declarações sobre o assunto, a perseguição religiosa foi também um fator fortemente apontado como grande motivador do processo.
Mas ao que tudo indica, Marisa não pretende desistir e nem negociar aquilo que tem colocado como princípios.
"Vamos Lutar até o fim, apesar de não termos recusos, cremos que Deus proverá e minha vitoria mais uma vez será alcançada e definitiva... Como cansei de falar, não temo perder meu registro profissional. O que eu não quero é negar a minha fé. Deus é Justiça e creio que a justiça ética humana também prevalecerá", declarou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário