MULTIPLICANDO AS 30 MOEDAS DE PRATA
Judas
Iscariotes traiu Jesus e recebeu como paga trinta moedas de prata. No Evangelho
de Lucas capítulo 12, versículos 8 e 9, Jesus faz algumas admoestações aos
discípulos: “Digo-vos ainda: todo aquele que me confessar diante dos homens, também
o filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus; mas o que me negar
diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus.” .
Não
consigo entender de outra maneira o fato daqueles que se dizem cristãos
professarem com a boca uma coisa e nas atitudes demonstrarem outra. O mundo não
suporta mais pessoas que apenas falam, precisa ver atitude, pois, não é certo o
adágio popular que uma atitude vale mais do que mil palavras? Não basta mais
dizer-se que é, é necessário mostrar que é.
Quando
que um crente, um cristão, nega Jesus? Quando se diz uma coisa e vive outra.
Pelos frutos é que se confirma o que alguém propaga de si. Para mim, e penso
que não estou só nisso, quando aquele que se diz filho de Deus, nascido de novo,
não vive dentro dos princípios bíblicos, nos fundamentos do cristianismo, ele
está traindo uma causa, está traindo Jesus. Longe de nós sermos perfeitos, mas
coerência e ética cristã não podem nos faltar.
Recebi,
por e-mail, uma notícia assim expressada: “Cabaré
processa a Igreja Universal.” Conta a história de uma senhora, no Ceará,
que estava expandindo as atividades do seu cabaré. Em resposta, a igreja
iniciou uma forte campanha para bloquear a expansão, com sessões de oração, de
manhã, à tarde e à noite. Uma semana antes da inauguração da parte expandida,
um raio atingiu o cabaré queimando as instalações elétricas, provocando um
incêndio que danificou grande parte do prédio.
Após
o ocorrido, o pastor e os membros da igreja passaram a se gabar prepotentemente
“do grande poder da oração”. A senhora proprietária, então, processou a igreja,
o pastor e toda congregação fundamentando em sua petição que eles foram os
responsáveis, pelas orações, do acidente ocorrido, provocando a intervenção
divina.
Pasmem,
agora: em sua resposta a igreja, veementemente, negou toda e qualquer
responsabilidade ou ligação com os problemas no edifício. Na abertura da
audiência o juiz a quem a causa foi submetida comentou: “Eu não sei como vou decidir
neste caso, mas uma coisa está patente nos autos. Temos aqui uma proprietária
de um cabaré que firmemente acredita no poder das orações e uma igreja inteira
declarando que as orações não valem nada!”.
Pergunta: isso é trair uma
causa ou não? Jesus foi novamente vendido e traído por míseras moedas de prata
ou que valor for. Que oportunidade perdida diante do mundo de confessar Jesus
diante dos homens. Os dízimos e as ofertas são legítimos e são bíblicos, mas
que condição moral, espiritual, tem uma congregação depois de uma atitude dessas
exigir, em nome de Jesus, que os fiéis cumpram suas obrigações com a
igreja.
Judas
não suportou ter traído o Deus da Glória e deu cabo da sua vida. Que esperar de
uma congregação assim? Que deem cabo de suas vidas? Claro que não! Nem o
próprio Jesus quer isso. O mínimo que se espera é o arrependimento, mas fica
complicado acreditar que isso irá ocorrer.
Nós,
verdadeiros cristãos nascidos de novo, temos que repensar constantemente nossas
atitudes para que com nossos procedimentos não venhamos a trair ao Deus que
dizemos que servimos. A Palavra de Deus, a Bíblia, afirma que “dura
coisa é cair nas mãos do Deus Vivo”. Que Sua misericórdia nunca se
aparte das nossas vidas. Não dá para separar o Jesus Salvador do Jesus Senhor.
Muitos, atualmente, estão querendo apenas o Salvador, querem a coroação antes
da crucificação. Ainda é tempo. MARANATA!!!
Autor: Ademir Penteado
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