21 de agosto de 2017
Pode uma professora “evangélica” ensinar alunos a fazer mapa astral sem o consentimento dos pais?
Julio Severo
Uma professora chocou as redes sociais na semana passada ao confessar suas atividades com os alunos. Ela disse:
“Uma das atividades ‘diferentes’ que eu faço com os alunos — sempre que estudamos Pérsia e Zoroastrismo — é pesquisar os signos do zodíaco e montar seu próprio mapa astral na internet, investigando como se configura e etc. Sempre encontro uns mapas muito legais, como o dessa aluna que forma um retângulo perfeito.”
Sempre que estuda Zoroastrismo, ela leva os alunos a “pesquisar” os signos do zodíaco e montar seu próprio mapa astral na internet.
Sempre ela encontra uns mapas muito legais.
Eu, como evangélico, não vejo absolutamente nada de legal nisso. Sempre que vejo um professor trazendo ocultismo para alunos em sala de aula, fico revoltado.
Justificadamente, muitos pais cristãos também não achariam nada legal e ficariam revoltados se soubessem que uma professora (conforme seu próprio desabafo e confissão) está instigando os alunos em práticas de astrologia, inclusive fazendo mapas astrais.
Eles ficariam ainda mais chocados se soubessem que a professora é evangélica. Tal comportamento é digno da maluquice de um evangélico petista apóstata.
O choque só aumentaria se os pais soubessem que a professora é evangélica, mas não tem nada a ver com o PT. Pelo contrário, ela detesta o PT — como eu também sempre detestei.
A professora Ana Caroline Campagnolo justificou sua atividade com os alunos dizendo que foi mera “pesquisa” — uma justificativa rasa parecida com as respostas evasivas que Olavo de Carvalho dá quando indagado sobre seu passado de astrologia. Ele se limita a dizer que apenas “pesquisou” e “estudou” a astrologia, quando na verdade ele fundou no Brasil a primeira associação de astrologia e a primeira escola de astrólogos. Muito mais que estudar, ele formava astrólogos que praticavam o que ele ensinava.
Não é só nas respostas e justificativas que aparecem as semelhanças. Campagnolo é aluna destacada do COF (Curso Online de Filosofia) de Carvalho, cuja visão gnóstica é aberta ao “estudo” e “pesquisa” da astrologia e outras áreas ocultistas.
Ela também é adepta entusiástica de Carvalho, com um perfil de Facebook que faz propaganda contínua das ideias dele. Não é, pois, coincidência que a adepta do maior astrólogo brasileiro trate a astrologia sem a seriedade que a Bíblia trata. Cedo ou tarde, a astrologia e outras espécies de ocultismo acaba infectando a vida dos alunos e adeptos de Carvalho. O que Campagnolo vem fazendo em sala de aula é prova suficiente disso.
Ao ensinar alunos a fazer mapas astrais, Campagnolo seguiu a linha gnóstica de Carvalho, em contrariedade à Bíblia, que proíbe a astrologia em Deuteronômio 4:19; 18:10 e Isaías 47:13.
Ela colocou, nas suas atividades e justificativas, a influência de um mero mestre de carne e osso (e embruxações) acima do Mestre da Bíblia, Jesus.
Talvez ela tivesse ficado tão empolgada com as aulas antimarxistas do COF que ela não se viu sendo tragada pela influência esotérica e gnóstica que têm presença tão forte no COF quando o ativismo antimarxista. Embora seja possível “reter o que é bom” em muitos tipos de cursos, no caso de Campagnolo isso parece não ter sido possível.
Não é de hoje que cristãos, ao mergulhar em ativismo antimarxista (um bom ideal) acabam mergulhando em ativismo esotérico. O livro A Cruz de Hitler, do Rev. Erwin Lutzer, aponta que evangélicos e católicos da Alemanha foram politicamente seduzidos e ganhos pelo discurso antimarxista do nazismo que era essencialmente esotérico. A astrologia não era algo condenável no nazismo, nem é no COF e, ao que tudo indica, nem nas aulas de Campagnolo, que, por sua própria confissão, “sempre acha uns mapas astrais muito legais.”
Se Campagnolo praticasse (ou, na terminologia dela, “estudasse”) astrologia sozinha e fizesse mapa astral na casa dela só para ela, ainda assim o “estudo” dela estaria contra a Bíblia e daria para se dizer que ela está embruxada. Mas levar para a sala de aula suas práticas (“estudos”) de astrologia, encorajando os alunos a fazer mapa astral, é embruxar a vida dos outros. É embruxar a vida dos alunos. Ela passou de embruxada para embruxadora, tal qual Carvalho e seu COF, que são embruxados e embruxadores.
Embora Campagnolo não tenha presença forte na mídia evangélica, o Portal GospelMais a identifica como ativista do movimento “Escola Sem Partido.” Em matéria sobre Campagnolo, o GospelMais disse:
“O projeto Escola sem Partido vem gerando um intenso debate na sociedade brasileira por querer banir das salas de aula a doutrinação ideológica/partidária imposta por muitos professores militantes políticos.”
O GospelMais também disse:
“Por fim, Ana Caroline Campagnolo tem recebido vários elogios por quem apoia o projeto Escola Sem Partido, que combate a doutrinação nas salas de aulas acerca de temas ideológicos, como questões políticas e sexuais. Entre suas intenções, além de cobrar por justiça, é servir de exemplo para que outros alunos não se deixam intimidar por tentativas de manipulação do conhecimento, especialmente se tal violação for motivada por intolerância religiosa.”
Isso se aplica a ela também. Embora ela tenha visto sua própria atividade de ensinar alunos a fazer mapas astrais (para alegria do “mestre” Carvalho e tristeza do Mestre Jesus) como mero “estudo” ou “pesquisa,” os pais cristãos preocupados veriam, justificadamente, como “tentativas de manipulação do conhecimento,” “tentativas de manipulação espiritual” ou “tentativas de manipulação religiosa.”
Embora ela ache alguns mapas atrais muito legais, é provável que muitos pais cristãos achassem todos esses mapas nada legais. Quem respeita e ama a Bíblia nunca achará nada de legal na astrologia.
Campagnolo acabou apagando seu post polêmico, mas não por arrependimento. Em vários posts posteriores, ela tentou justificar suas ações com os alunos, como se tudo não passasse de “pesquisa.” Se era aparentemente só isso, por que apagar o post? Quem não deve não teme.
Acho louvável uma Escola Sem Partido e uma Escola Sem Marxismo. Mas se esse projeto não incluir explicitamente uma Escola Sem Astrologia e uma Escola Sem Esoterismo, será como dar veneno de rato para uma vítima que está sob efeito de veneno de cobra. É trocar seis por meia dúzia.
O antídoto para o marxismo não é o esoterismo. O antídoto para o marxismo e o esoterismo é o Evangelho puro e simples, que expulsa demônios, inclusive de astrologia e esoterismo.
Já que como evangélica Ana Caroline Campagnolo não compreende que sua responsabilidade é levar o bom cheiro do Mestre Jesus e seu Evangelho, não o mau odor de um astrólogo e seu esoterismo, à sala de aula, cabe aos pais agir para proteger seus próprios filhos de todo tipo de mau odor.
Enquanto Campagnolo tenta se justificar, sem pedir perdão aos pais e alunos, postei dois alertas no Facebook para ajudar os pais a se posicionar.
O que você, pai ou mãe, faria se soubesse que seu filho está sofrendo estupro ideológico ou astrológico em sala de aula?
Um professor, de escola pública ou privada, tem o direito de ministrar doutrinação marxista para seu filho em sala de aula? Ele tem o direito de ministrar astrologia e ensinar seu filho a montar seu próprio mapa astral?
Nos dois casos, cabe aos pais, não ao professor, decidir o que uma criança deve aprender. Afinal, os pais enviam os filhos à escola para aprender basicamente a ler, escrever, etc., não para serem vítimas de doutrinação marxista ou astral.
Sem a autorização expressa dos pais, toda doutrinação na escola é repugnante.
O pior é que no caso da astrologia a professora que ensinou alunos a fazer mapa astral se diz protestante — mas é olavete ou, como diz o astrólogo, “evanjegue.” Para fazer média com seu mestre-astrólogo, ela posa de professora boa pinta que ensina astrologia, mas ameaça processar qualquer professor que ensina marxismo.
Sim, professores que ensinam marxismo devem ser processados. E professores que ensinam mapa astral aos alunos sem o consentimento dos pais merecem o quê? São dois lados da mesma moeda representando professores que não respeitam a autoridade dos pais, que não respeitam a vulnerabilidade dos alunos e que estupram ideologicamente e astrologicamente crianças em sala de aula.
A professora protestante olavete, que já se queixou de perseguição religiosa, é ligada ao Escola Sem Partido.
É de recear uma Escola Com Astrologia e Mapas Astrais. E os pais têm todo direito de se queixar e processar.
A professora “protestante,” que é ligada ao olavismo, entre outras desculpas e desconversas depois de pega com a mão na massa, alegou que pode induzir alunos à astrologia e fazer mapas astrais porque o currículo nacional menciona zoroastrismo.
Ora, ela pode então também induzir alunos ao candomblé e à umbanda porque o currículo nacional faz várias menções positivas dessas religiões que o Cristianismo bíblico vê como bruxaria.
O currículo também menciona positivamente a homossexualidade. Tá liberada?
Só porque o currículo dá um sinal verde para o zoroastrismo, a professora está liberada para ensinar os estudantes a fazer mapa astral?
O astrólogo, que é “pai espiritual” dela, assegurou que ela está certa e está apenas seguindo o exemplo de um reformador luterano, assistente de Lutero, que era simpatizante da astrologia. É como dizer que o católico que comete pedofilia está apenas seguindo o exemplo de inúmeros padres condenados como pedófilos homossexuais.
Em todo caso, o que se vê não é a professora olavete elogiando diariamente o assistente de Lutero. O que se vê é ela bajulando diariamente o maior astrólogo da história do Brasil.
A influência sobre ela não veio do mau exemplo do assistente de Lutero. Veio do próprio astrólogo.
É louvável quando um professor cristão coloca Cristo acima de ideologias e de homens mortais. Mas é repugnante quando uma professora supostamente “protestante” coloca seu protestantismo a serviço de ideologias humanas que exaltam o marxismo e o ocultismo, inclusive o olavismo.
Professores que usam o currículo nacional para promover essas ideologias na sala de aula deveriam ser cobrados, inclusive judicialmente, pelos pais. Ou a proposta do Escola Sem Partido só se aplica à doutrinação marxista, não à doutrinação ocultista, nas escolas?
Ou o Escola Sem Partido só ajuda a proteger os alunos do marxismo, não da bruxaria escolar? Friso isso porque a professora em questão é garota-propaganda do Escola Sem Partido.
Afinal, o ocultismo (inclusive a astrologia e a bruxaria representada nas religiões afros) é tão nocivo quanto o marxismo.
Professores “protestantes” que colocam Cristo abaixo do marxismo, da astrologia e outras ideologias deveriam ser admoestados pelos pastores de suas igrejas. Os pais podem, porém, recorrer a recursos mais fortes para deter a sanha doutrinadora em sala de aula.
Se você conhece a igreja da professora que está seguindo o exemplo do maior astrólogo do Brasil envie esta mensagem ao pastor. Talvez ele possa ajudá-la.
Enquanto isso, os pais precisam ajudar seus filhos que estão na sala de aula dela. Doutrinação esotérica é tão perigosa quanto doutrinação marxista.
Fonte: www.juliosevero.com
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