22, setembro, 2011, por Andrey Karnoski
Talvez possa lembrar-se o leitor de um caso muito repercutido na Itália no ano passado, de uma finlandesa residente em Pádua que processou o Estado pedindo a eliminação dos crucifixos nas salas de aula da escola frequentada por seus filhos. Isto gerou uma polêmica, chegou-se a pensar até na proibição do símbolo cristão em todo o país, mas a finlandesa perdeu a causa e o parlamento italiano não aprovou a emenda.
No Brasil não quiseram fazer diferente, pois na primeira proposta de implantação do PNDH 3 um dos tópicos era exatamente extinguir os símbolos religiosos dasrepartições públicas.
No Brasil não quiseram fazer diferente, pois na primeira proposta de implantação do PNDH 3 um dos tópicos era exatamente extinguir os símbolos religiosos dasrepartições públicas.
Ou ainda podemos lembrar o caso de um governador mexicano que foi multado em nada menos do que dois mil dólares por ter apenas pronunciado a palavra ‘‘Deus’’ num
momento de sua campanha eleitoral em 2010.
Novas modas existentes em alguns países anglo-saxões também seguem a mesma linha , como por exemplo, de se usar a expressão “holiday season” ou “festive season”
(época de férias ou de festas) para se referir ao período natalino.
Agora a estes e outros casos, se soma um outro da mesma natureza ocorrido na
Austrália. Como informa o jornal Daily Telegraph de Sydney (2/9/2011), o organismo
responsável pelos programas escolares decidiu eliminar dos livros os tradicionais
termos “BC” (Before Christ”, ou “Antes de Cristo”) e “AD” (do latim Anno Domini” ou
“Do ano do Senhor”, ou seja, “Depois de Cristo”), substituindo-os por termos neutros.
A alteração, que deveria entrar em vigor já no próximo ano, foi adiada devido aos
protestos, e serão usadas só as siglas “BCE” (“Before Common Era” ou “Antes da era comum”) e “CE” (“Common Era” ou “Era Comum”). Os novos termos não modificam o
sistema de datação baseado no nascimento de Jesus Cristo como marco divisor da História, mas tiram toda referência explícita.
O próprio ministro da educação, Christopher Pyne, rejeitou a iniciativa, recordando que “a Austrália é o que é hoje” graças “aos fundamentos da nossa nação na herança judaico-cristã”. Segundo a opinião do político, que é deputado pelo Partido Liberal (LP) no Parlamento Federal de Camberra, “prostrar-se diante do politicamente correto” equivale a “negar o que somos como povo”.
Por sua vez, o ministro da educação do Estado de Nova Gales do Sul, Adrian Piccoli,
declara não ver a necessidade da reforma. “Não é meu papel como ministro microgerir
o plano de estudos, mas sou da opinião comum de que o cristianismo faz parte da
nossa cultura e não vejo necessidade de mudar as datas” (The Daily Advertiser,
4/9/2011).
Afirmações como as dos dois ministros, de que o cristianismo faz parte da cultura do
povo e da nação, e por isso não são razoáveis tais exclusões, são totalmente
verdadeiras. Os parlamentares italianos que contrariaram a tal proposta da proibição
dos crucifixos no seu país (referido no primeiro parágrafo deste artigo) também foram
neste sentido, com justa razão e fundamento.
Algo que poucos sabem (ou os poucos que querem saber), é que a civilização
ocidental foi construída pela Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Apesar de ser
tão atacada e sabotada, é notória sua benéfica influência durante dois milênios. Sua doutrina e costumes sustentaram os homens mantendo-os longe de tantos erros que a
inteligência humana naturalmente pode cometer ou mesmo a maldade pode devastar.
Basta imaginar o resultado de tantos absurdos que os neo-pagãos (também rotulados de laicistas) querem para nossas pátrias: aborto, homossexualismo, eugenia,
eutanásia, divórcio, prostituição legalizada, liberalização das drogas (por enquanto só
a maconha), e tantos outros fatores que nos conduzirão certamente ao caos.
Mas ainda que estas coisas sejam tão insufladas e propostas como alguma irrefletida
tentativa de ‘’solucionar’’ os ditos preconceitos, desigualdades, problemas sociais e etc,
há muitos que percebem a catastrófica consequência de tudo isso ou, pelo menos, sua
inegável ignominia.
Artigo extraído do site do IPCO - Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
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