Em apoio à Lava-Jato, pastores defendem medidas anticorrupção e convocam oração pelo Brasil
Publicado por Tiago Chagas em 28 de março de 2016
Após a divulgação de um manifesto de lideranças evangélicas com críticas à Operação Lava-Jato, outros grupos resolveram se posicionar em solidariedade ao juiz federal Sérgio Moro.
A iniciativa do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (FENASP) e a Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (CONCEPAB) estabeleceu um contraponto em relação à postura da entidade Missão na Íntegra, liderada por pastores como Ariovaldo Ramos, Ed René Kivitz, Ricardo Bitun e Carlos Queiroz, dentre outros.
No documento, as duas entidades que se manifestaram pró-Lava-Jato afirmam que é preciso “posicionar-se em defesa do Estado Democrático de Direito” e que a “Igreja do Senhor deve recorrer à oração, obedecendo aos princípios bíblicos de orar por aqueles que estão investidos de autoridade para que sejam sóbrios, sábios e justos”.
O documento expressa “confiança nas instituições brasileiras, que estão amadurecidas e assumem seus papéis frente à situação atual, com firmeza e justiça” e apoia a “continuidade da Operação Lava Jato sob a jurisdição do Excelentíssimo Juiz Federal Sérgio Moro”.
Outra ação de combate à corrupção, como as 10 Medidas propostas pelo Ministério Público também foram mencionadas no comunicado conjunto da FENASP e da CONCEPAB, que reiterou a importância de que os responsáveis, “independentemente de suas funções sociais e políticas, sejam submetidos ao devido processo legal”.
O documento também considera “a nomeação do ex-presidente Lula como Ministro de Estado como uma afronta às instituições, na medida em que ele está sob investigação”. Confira a íntegra:
A Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab) e o Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp) vêm a público, neste momento crítico que o país atravessa, posicionar-se em defesa do Estado de Democrático de Direito.Acreditamos, acima de tudo, que a Igreja do Senhor deve recorrer à oração, obedecendo aos princípios bíblicos de orar por aqueles que estão investidos de autoridade para que sejam sóbrios, sábios e justos. Reafirmamos nossa confiança nas instituições brasileiras, que estão amadurecidas e assumem seus papéis frente à situação atual, com firmeza e justiça.
Defendemos a continuidade da Operação Lava Jato sob a jurisdição do Excelentíssimo Juiz Federal Sérgio Moro; as 10 Medidas propostas pelo Ministério Público para reforçar o combate à corrupção no país; e que os culpados, independentemente de suas funções sociais e políticas, sejam submetidos ao devido processo legal. Entendemos a nomeação do ex-presidente Lula como Ministro de Estado como uma afronta às instituições, na medida em que ele está sob investigação.
Nós da Fenasp e Concepab esperamos que os políticos coloquem o povo e a pátria acima de seus próprios interesses, sejam altruístas e se lembrem de que representam esse povo que se mobilizou em grandes protestos, pacíficos e ordeiros, pedindo nas ruas do país por um “basta”.
COMENTÁRIO ENCONTRADO NO TWITER DO DONO DO www.genizahvirtual.com, no facebook salvo no link:
http://archive.is/tFa8u . A maioria das pessoas que comentaram o posicionamento do Pastor Ariovaldo Ramos se postaram totalmente contra ele. Veja aqui:
http://archive.is/uOcVR e bem como abaixo:
http://archive.is/uOcVR e bem como abaixo:
Danilo Fernandes disse...
Sejamos atentos e precisos em relação aos fatos. Conheço Ariovaldo Ramos há anos, ele foi meu pastor e acima disto um amigo presente. Ariovaldo sempre foi militante petista e socialista. Ariovaldo, muito mais do que isto foi amigo pessoal do ditador Chavez da Venezuela e amigo de Lula. Mais ainda, foi autoridade constituída no primeiro mandato de Lula, no CONSEA. Da mesma forma, não é nenhuma novidade que Ariovaldo Ramos tenha construído e promovido em ambientes restritos uma construção teológica na linha da Missão Integral propondo um entendimento da realidade e ortopraxia sustentada pelo ferramental das ciências sociais, em que pese ai, a cosmovisão marxista, dada a abordagem metodológica do materialismo histórico.
Vai dai, o entendimento e a reação pretensamente cristã da atuação na luta de classes, no estilo máximo do esquerdismo indisfarçado a fim de promover a justiça social nestes moldes, seja a que pretexto for. Não raramente, promovendo justiça social e ideário de esquerda atropelando a prática cristã, segundo a doutrina excelsa que herdamos.
Não foram poucas as vezes que vimos Ariovaldo e seus seguidores defendendo valores que aceitam males menores (e até maiores) em nome da pretensa luta pela igualdade. Só para citar um caso, a sua campanha pela defesa da maioridade penal, entendendo que a “justiça social” devida ao adolescente assassino se sobrepõe à justiça de Cristo, que estaria ao lado de quem perdeu a sua vida e sua família, exigindo a devida retribuição ao Pai. Outros exemplos recentes abundam, não apenas na práxis, mas também na defesa que Ariovaldo Ramos faz de sua teologia, dita ortodoxa e conservadora nos costumes, mas que na prática é relativista e notoriamente condescendente em relação aos valores cristãos e da família, se assim o seu partido político achar que deve ser, pois ninguém aqui jamais viu Ariovaldo Ramos sair em defesa de qualquer destes valores familiares quando estes sofrem ataques por políticos de esquerda. Nestes momentos, Ariovaldo se cala.
Então, o que há de diferente hoje e que está promovendo ataques a Ariovaldo Ramos, sejam admoestações assertivas, sejam ataques com argumentos “ad hominen”, muitos dos quais realmente ofensivos? A resposta não é uma reação a uma mudança radical de posicionamento de Ariovaldo. Ele segue sendo o mesmo, pelo menos assim o reconhecem quem o conhece de perto.
A diferença são três: (1) Ariovaldo passou a defender as suas teses marxistas, disfarçadas de cristianismo em aberto, fora dos ambientes acadêmicos ou restritos, mas na internet (vídeos recentemente ganharam a rede); (2) Diante do estado grave do governo, Ariovaldo passou a colocar o militante à frente do pastor e a patrocinar atos públicos, divulgar manifestos e outros expedientes de militante profissional, ganhando pois, a alcunha pejorativa que sempre atribuiu a terceiros, do deputado-pastor, a si mesmo: Petista-pastor; e (3) e mais lamentável, decidiu no mais alto espirito de heresiarca passar a distorcer as Escrituras Sagradas a fim de revestir de santidade os seus argumentos políticos partidários.
Em seu último ato público ofereceu versículos pretensamente reforçando o ideário da luta de classes, afirmou que Pedro e a Igreja primitiva valorizava a democracia e que Jesus seria contra o golpe e que Paulo valorizaria a reação das classes oprimidas contra os seus senhores, a elite. Realmente, não creio sequer necessário me estender nestas refutações. Só lamento.