O PT e a equipe governamental defendem o
programa “Mais Médicos” com unhas e dentes, entre outras razões porque o
êxito do mesmo seria um importante trunfo para a anunciada candidatura a
governador de São Paulo do atual Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Como também para a pretendida reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Mas
há motivos inconfessados nesse imbróglio. Como é sabido, Cuba funciona
como uma espécie de último bastião declaradamente comunista na América
Latina. E as esquerdas em geral, em particular a petista, têm a peito
manter o comunismo em Cuba custe o que custar, mesmo a preço de tiranizar
a infeliz população local.
“O contrato para envio de médicos cubanos ao
Brasil é conquista estratégica — diplomática e econômica — para o governo
de Cuba. A chancela da maior economia da América Latina ao programa
médico cubano alarga o prestígio conseguido pelas chamadas ‘missões
médicas’, iniciadas nos anos 1960 por ideia de Fidel Castro. A atuação
dos médicos, formados no sistema cubano funciona como propaganda
automática do regime” (Folha de S. Paulo, 3-9-13).
Ademais, como o pagamento aos médicos não é
feito diretamente a eles, mas sim ao governo cubano, que lhes repassa uma
pequena porcentagem, o contrato redunda num considerável aumento de
divisas para o governo de um país que o comunismo reduziu à miséria.
“O agenciamento internacional de
profissionais de saúde tomou-se tão rentável que o regime cubano passou a
formar médicos em série. A exportação de médicos rende quatro vezes mais
que os ingressos obtidos com o turismo” (Veja, 28-8-13).
O fato de os médicos não receberem o salário
que lhes é destinado tem sido verberado como trabalho escravo.
Quando os primeiros cubanos chegaram a
Fortaleza tiveram uma recepção significativa da esquerda brasileira. Os
slogans que gritavam em coro, de modo bem treinado, falam por si: “Brasil, Cuba, América Central,
a luta socialista é internacional”; “Segura o imperialista, a
América Latina vai ser toda socialista”; “Viva Fidel e a Revolução”.
De modo geral os médicos cubanos são mais
vítimas do governo dos irmãos Castro do que culpados.
O Dr. Gilberto Velazco Serrano, médico que
conseguiu fugir da missão cubana na Bolívia e atualmente em Miami,
afirmou: “O grupo de 140 pessoas não era formado apenas por médicos —
havia pelo menos 10 paramilitares para impedir que a gente fugisse. Não
me esqueço do que disse a chefe da brigada: ‘Vocês são guerrilheiros, não médicos. Não viemos
à Bolívia tratar de doenças parasitárias, vocês são guerrilheiros que
vieram ganhar a luta que Che Guevara não pôde terminar’”
(“Veja”, SP, 31-8-13).
Mais médicos ou mais comunismo?
(*) Gregório Vivanco Lopes é advogado e
colaborador da ABIM
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