23 de junho de 2014
ONU Elege Ugandense como Presidente, Fazendo Resistência às Pressões LGBT dos EUA
Wendy
Wright
NOVA IORQUE, EUA, 20 de junho
(C-FAM) As pressões ocidentais sobre os países africanos para liberalizar as
políticas sobre a homossexualidade têm tido um efeito bumerangue, unindo os
africanos contra essas pressões e resultando no que alguns veem como um novo
movimento de países não alinhados.
Na semana passada a ONU elegeu um
ugandense como presidente da Assembleia Geral passando por cima de esforços
desesperados de ativistas que, junto com o governo de Obama, têm condenado a
lei recentemente sancionada de Uganda contra atos homossexuais.
Ativistas lésbicos, gays,
bissexuais e transgêneros (LGBT) pediram que o governo de Obama negasse visto a
Sam Kutesa, mas no dia da eleição na ONU, a petição deles havia coletado apenas 13.466 assinaturas.
Kutesa é o ministro das relações
exteriores de Uganda e defendeu a lei internacionalmente, declarando que a
promoção e a exibição da homossexualidade “é errada para nossos jovens e ofende
nossa cultura.”
Os africanos disseram que as
críticas do Ocidente à Uganda são um ataque à soberania nacional e alguns
comentaram, “o mundo ocidental
criminaliza quase todos esses crimes,” tais como o estupro homossexual,
conforme a lei que recebeu emendas.
O papel do presidente da Assembleia
Geral é simbólico, embora seja proeminente. A tarefa de maior importância é
presidir sobre a assembleia enquanto os chefes de estado se dirigem a seus 193
membros a cada ano.
A posição é alternada anualmente
entre as regiões. É a vez da África, e a União Africana — a maior parte da qual
proíbe atos homossexuais — apresentou só um candidato.
Em fevereiro, o presidente
ugandense Museveni
indicou que está buscando laços mais
estreitos com a Rússia por causa da intromissão dos EUA em questões LGBT. A
Rússia tem também desprezado as críticas à sua lei que proíbe expor crianças à
propaganda homossexual.
Hillary Clinton, ex-secretária de
Estado dos EUA, lançou o primeiro aplauso para os direitos LGBT internacionais
num discurso na ONU em 2011. Logo depois, o presidente Obama anunciou que
condicionaria a assistência externa dos EUA a direitos LGBT.
Os líderes
africanos predisseram que a política externa
dos EUA provocaria um “confronto diplomático significativo.” Os quenianos
disseram: “Os que vivem como gays precisam de ajuda para viver certo e não
devemos apoiá-los para viver numa realidade errada.”
Em março, os africanos foram
forçados a
abandonar sua resolução sobre a AIDS
depois que ela recebeu uma emenda de outros governos defendendo direitos
sexuais. A resolução patrocinada pelos países africanos que lutam contra a
doença mortal foi feita especificamente para lidar com a saúde pública e
proteger mulheres e meninas.
Os delegados europeus, americanos e
latino-americanos, que veem a AIDS como uma oportunidade política para avançar
direitos sexuais, exigiram que a resolução removesse referências sobre reduzir
o número de parceiros sexuais e adiar a iniciação sexual.
Depois que perderam em negociações
prolongadas, os países ocidentais acabaram ganhando dos africanos usando como
truque detalhes técnicos nos últimos momentos da conferência. Um delegado africano
abatido disse: “É tudo sobre sexo, sexo e sexo para eles.”
Um diplomata americano graduado
alertou quanto aos métodos autoritários do governo de Obama, segundo reportagem
da CNSNews. Richard Hoagland foi
um dos anfitriões da primeira “celebração do orgulho” LGBT na embaixada dos EUA
no Paquistão em 2011. Uma semana mais tarde, manifestantes disseram que os EUA
haviam “desencadeado terrorismo cultural sobre nós.”
Falando num evento sobre direitos
LGBT globais, Hoagland avisou que alguns países “reagirão aos nossos valores e
metas com revolta violenta” por causa da homossexualidade.
Na semana passada, um senador dos
EUA apresentou
um projeto de lei para tornar os
direitos LGBT uma parte permanente da política externa dos EUA.
Tradução:
Julio Severo
Fonte:
Friday
Fax
Divulgação:
www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
“Que
eles cortem toda assistência”: países africanos se revoltam contra ameaça da
Inglaterra de cortar assistência por causa da homossexualidade
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