Páginas

sexta-feira, 20 de março de 2015

Os protestos anti-Dilma foram uma contrarrevolução antimarxista?

19 de março de 2015

Os protestos anti-Dilma foram uma contrarrevolução antimarxista?

Julio Severo
A presidente socialista Dilma Rousseff enfrentou, de acordo com a FoxNews, manifestações em massa protestando contra a corrupção e pedindo o impeachment dela no domingo passado (15 de março).
Diferente da FoxNews, que é uma imensa empresa noticiosa conservadora, Cliff Kincaid anunciou em sua pequena mídia que as manifestações brasileiras foram uma “contrarrevolução antimarxista.”
Kincaid disse: “Tal manifestação seria um grande golpe para a Esquerda antiamericana na América Latina, que vem operando desde a década de 1990 sob a rubrica do Foro de São Paulo, um movimento pró-comunista iniciado por Fidel Castro e Luiz Inácio Lula de Silva, o antecessor de Dilma.”
Os protestos não foram sobre marxismo. Qualquer expressão antimarxista foi um evento isolado. Os protestos foram, de acordo com a Reuters, sobre “uma economia lenta, aumento de preços e corrupção.”
Quando os brasileiros estão descontentes, eles protestam. Os mesmos manifestantes protestariam contra Barack Obama se estivessem descontentes com ele.
Muitos brasileiros que vivem nos EUA estão descontentes com Dilma, mas não com Obama.
No ano passado, Obama anunciou uma grande política de anistia, que beneficiará milhões de imigrantes. Muitos dos beneficiados são brasileiros, que estão fugindo do inferno esquerdista do Brasil, mas ao serem ajudados por Obama, estão também ajudando a criar um inferno esquerdista nos EUA.
Um amigo brasileiro ajudou a espalhar o artigo de Kincaid sobre uma suposta “contrarrevolução antimarxista” no Brasil. Frequentemente, ele ataca Dilma, porque ela é marxista. Mas ele louvou a política de anistia de Obama. Eu disse a ele que os americanos conservadores não gostaram da anistia de Obama porque é uma bolsa-esmola. Ele respondeu que a coisa importante é que os imigrantes brasileiros precisam dela e por isso ele louvou tal maravilhosa política para os imigrantes.
Em termos gerais, esse é o perfil de um brasileiro “antimarxista” no artigo de Kincaid.
Uma verdadeira contrarrevolução antimarxista seria caracterizada especialmente por uma luta moral contra duas bandeiras fundamentais da Esquerda americana e brasileira: o aborto e a agenda homossexual.
Entretanto, uma luta contra o aborto e a agenda homossexual tirânica não teve nenhum espaço no que Kincaid chamou de “contrarrevolução antimarxista” no Brasil.
Aliás, na segunda-feira (16 de março), apenas um dia após as manifestações em massa, o católico Levy Fidelix, um ex-candidato à presidência do Brasil, foi condenado a pagar uma multa de 1 milhão de reais numa ação civil pública movida pelo movimento LGBT. Não houve nenhuma manifestação, grande ou mesmo pequena, em apoio dele.
Ele foi condenado porque na última eleição presidencial ele fez declarações pró-família. Os outros principais concorrentes — Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva — também o condenaram por sua opinião pró-família.
A evangélica Marina era a candidata do Partido Socialista Brasileiro, e estava muito envolvida nos protestos anti-Dilma. Socialista lutando contra socialista equivale a uma “contrarrevolução antimarxista”?
Um pastor com algumas igrejas evangélicos nos EUA, sabendo que eu era brasileiro, elogiou Marina, dizendo que ela era uma política evangélica conservadora que combate categoricamente o aborto e a agenda homossexual. Eu perguntei onde ele havia lido isso, porque no histórico de Marina, ela nunca fez tal combate. Frisei que ela sempre foi esquerdista. Ele disse que havia lido sobre o forte “conservadorismo” evangélico de Marina na mídia americana.
Aécio, admirado pela maioria dos manifestantes, teve sua candidatura construída pelo estrategista marxista David Axelrod, principal assessor de longa data de Obama. Socialista ajudando socialista equivale a uma “contrarrevolução antimarxista”?
Mesmo assim, Kincaid disse: “Dilma Rousseff, camarada marxista do presidente Barack Obama.”
É correto dizer que Obama e Dilma são marxistas. Mas eles não são amigos. Dilma e seu governo têm tido um relacionamento muito difícil com Obama e seu governo por causa da NSA e sua espionagem econômica contra o Brasil.
Existe uma diferença grande entre marxistas pró-EUA e marxistas anti-EUA. Aécio está na categoria de marxista pró-EUA. Dilma está na categoria de marxista anti-EUA. Contudo, Dilma não é totalmente antiamericana. O governo dela tem apoiado fielmente toda medida pró-sodomia dos EUA na ONU.
Fidel Castro e Aécio Neves
Há uma foto de Aécio com Fidel Castro. Mesmo assim, ele e Marina Silva, uma ambientalista radical, foram retratados na grande mídia americana como “conservadores.” Eles foram as principais personalidades políticas nas manifestações em massa.
Nesta altura, você poderia achar então que os protestos em massa foram marxistas pró-EUA e pró-Obama protestando contra marxistas anti-EUA. Mal parece uma “contrarrevolução antimarxista”!
Basicamente, os brasileiros que estavam protestando contra Dilma por causa do aumento de preços também protestariam contra Obama se ele voltasse atrás em sua política de anistia beneficiando milhões de imigrantes, inclusive brasileiros. Enquanto Obama não voltar atrás em sua bolsa-esmola, os imigrantes brasileiros nos EUA continuarão atacando só Dilma.
E se o socialista Aécio Neves e a ambientalista Marina Silva concordassem em denunciar o Foro de São Paulo para destruir o partido socialista de Dilma, o Partido dos Trabalhadores? O marxismo seria destruído politicamente no Brasil? Não. Há uma ameaça maior: a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O Professor Hermes Rodrigues Nery, um proeminente líder pró-vida católico, disse recentemente que a CNBB é “uma extensão do Foro de São Paulo.” Foi uma acusação generosa.
Na verdade, a CNBB marxista é creditada, por muitos líderes conservadores e pró-vida católicos, como a criadora original do Partido do Trabalhadores. E como uma mãe alimenta seu bebê, a CNBB alimentou seu monstro vermelho.
Acima de tudo, muito antes do nascimento do Foro de São Paulo, havia uma CNBB guiando o Brasil, a maior nação católica do mundo, no socialismo.
Ignorando a realidade brasileira, Cliff Kincaid disse: “Os protestos no Brasil estão dando esperança para os que veem uma oportunidade de derrotar o marxismo no hemisfério ocidental.”
Se o Brasil é o melhor exemplo de uma “contrarrevolução antimarxista” que Kincaid consegue ver, então não é de admirar que Obama esteja na Casa Branca.
Logo após a reeleição de Dilma, seus oponentes fizeram uma petição na Casa Branca pedindo socorro para Obama. Em parte alguma a petição mencionou a ameaça das políticas de aborto e a agenda homossexual. Mas mencionou “Foro de São Paulo” e disse: “Pedimos que a Casa Branca assuma uma postura com relação à expansão comunista na América Latina.”
Oh, meu Deus! Socialista pedindo socorro para socialista produz uma “contrarrevolução antimarxista”?
O marxista mais importante do mundo hoje está na Casa Branca. O filósofo Olavo de Carvalho, citado muitas vezes por Kincaid, disse recentemente: “Como sou apenas um residente legal e não um cidadão americano, não posso participar ativamente da luta anti-Obama, mas creio que é a ÚNICA coisa que importa hoje em dia.”
A luta mais importante — contra Obama e suas políticas malignas — tem sido um dos principais focos do meu ministério, pois o governo de Obama está impactando o mundo todo. Eu não evitaria esse chamado ainda que ameaçado de perder uma chance de obter uma cidadania americana.
É claro que a outra ameaça imensa é o islamismo, a maior máquina assassina da história. Suas vítimas principais têm sido os cristãos.
Mas Kincaid (e Obama!) está focando seus ataques e provocações na Rússia. O radicalismo de Kincaid não poupa nem mesmo eventos pró-família na Rússia. No ano passado um congresso pró-família conservador internacional foi realizado no Kremlin, com a presença até de um membro do Instituto Inter-Americano (IIA). Mas Kincaid preferiu se juntar ao coro de militantes homossexuais e marxistas radicais dos EUA que atacaram o evento e as leis russas que proíbem a propaganda homossexual para crianças.
Outro membro do IIA recomendou o livro “The War Against Putin: What the Government-Media Complex Isn’t Telling You About Russia” (A Guerra Contra Putin: O que o Complexo Governo-Mídia [dos EUA] Não Está Lhe Dizendo sobre a Rússia) para mim e deixou claro que ele discordava das críticas radicais de alguns americanos contra o presidente russo.
Enquanto Kincaid e outros americanos ultranacionalistas estão muito ocupados atacando a Rússia, Obama e os neocons estão tentando destruir culturas pró-família avançando sua revolução marxista e impondo no mundo inteiro suas políticas pró-sodomia, pró-marxismo, pró-aborto e pró-islamismo.
Denunciar, desmascarar e lutar contra a revolução marxista pró-aborto, pró-sodomia e pró-islamismo de Obama — essa é a ÚNICA coisa que importa hoje.
Leitura recomendada:

Nenhum comentário:

Postar um comentário