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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

TANTO DILMA QUANTO AÉCIO : "Alvos da Lava Jato doaram R$ 109 milhões a Dilma e Aécio"

Eleições 2014

Alvos da Lava Jato doaram R$ 109 milhões a Dilma e Aécio

Daniel Bramatti - O Estado de S. Paulo
26 Novembro 2014 | 16h 08

Levando-se em conta o total arrecadado pelos dois candidatos, pode-se dizer que empreiteiras envolvidas no escândalo doaram um de cada cinco reais que alimentaram as máquinas de campanha do PT e PSDB


Atualizado às 19h15



São Paulo - Sete das empresas envolvidas na Operação Lava Jato doaram, somadas, quase R$ 109 milhões aos dois presidenciáveis que disputaram o 2.º turno da eleição de 2014, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).


Dilma, que passou quase toda a campanha à frente nas pesquisas, foi a que recebeu mais recursos do "clube" da Lava Jato. Foram R$ 68,5 milhões distribuídos, nesta ordem, pelas empreiteiras Andrade Gutierrez, OAS, Odebrecht (construtora e outras empresas do grupo), UTC Engenharia, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Engevix.





Todas são alvo de investigação da Polícia Federal por pagamento de propinas a políticos e funcionários da Petrobrás em troca da obtenção de contratos superfaturados com a estatal. As mesmas empresas, com exceção da Engevix, aparecem na lista de doadores de Aécio. Juntas, repassaram R$ 40,2 milhões para a campanha do tucano.

Pode-se dizer que empreiteiras envolvidas no escândalo doaram R$ 1 de cada R$ 5 que alimentaram as máquinas de campanha de Dilma e de Aécio.
Daniel Teixeira/Estadão
Dilma e Aécio durante o primeiro debate no segundo turno das eleições presidenciais
As contribuições do grupo - que tem características de cartel, segundo as investigações, não se limitaram aos dois presidenciáveis. Levantamento feito pelo Estado nas prestações de contas dos candidatos que não passaram ao 2.º turno revelou doações de oito empreiteiras (incluindo a Mendes Júnior) no total de R$ 182 milhões.


Ou seja, as empresas aplicaram pelo menos R$ 290 milhões em campanhas eleitorais em meio à investigação da Lava Jato. A operação foi deflagrada em março, três meses antes do início oficial das campanhas eleitorais. As empreiteiras negam formação de cartel e participação em desvios na Petrobrás.

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