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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Pesquisa tendenciosa de teóloga feminista viralizou depois de divulgada nos maiores sites evangélicos do Brasil


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Pesquisa tendenciosa de teóloga feminista viralizou depois de divulgada nos maiores sites evangélicos do Brasil

Publicada pela maior universidade presbiteriana do Brasil, pesquisa de teóloga feminista que abandonou a igreja há anos vira manchete no GospelPrime, GospelMais e Guiame

Julio Severo
Em entrevista na semana passada ao portal UOL intitulada “‘Quando a igreja não discute gênero, ela nega direitos humanos’, diz evangélica feminista,” Valéria Cristina Vilhena, que se apresenta como ligada à Universidade Presbiteriana Mackenzie, disse que vê com tristeza e como profundo retrocesso a bancada evangélica no Congresso Nacional se posicionar contra o “casamento” homossexual, o aborto e a ideologia de gênero.
Ela disse: “Quando a bancada evangélica sai pregando nos púlpitos que está lá para representar a vontade de Deus ou para proteger o único modelo de família, está pautando, na realidade, homofobia, racismo, sexismo e as violências que são perpetradas por conta dessas questões, que também são de gênero.”
Ela se queixa de que as mulheres evangélicas “estão nos espaços de serviços, não de liderança da igreja.” Ela também se queixa de que “a teologia que é passada é a da obediência ao marido.”
Em 2015, ela fundou a entidade Evangélicas pela Igualdade de Gênero. Embora sua entidade trabalhe para trazer as questões de gênero para dentro das igrejas, Valéria disse ao UOL: “Eu fui criada em uma igreja em que era pecado cortar cabelo, se depilar, usar maquiagem, calça comprida. Me vi feminista muito cedo dentro da igreja… Hoje não frequento nenhuma igreja.”
Embora ela não tenha gostado do ambiente pentecostal de sua infância, ela não parece estar incomodada com o ambiente da Universidade Presbiteriana Mackenzie nem da Universidade Metodista de São Paulo, onde ela estudou. Essa instituição metodista é uma das mais liberais do Brasil, e aceita muito bem a Teologia da Libertação, o feminismo e o homossexualismo.
Em novembro de 2016, Valéria viu sua pesquisa virar manchete, sem crédito ao seu nome, em grandes sites evangélicos, repercutido até por importantes líderes evangélicos nacionais. A pesquisa tratava do tema de que “40% das mulheres que sofrem violência doméstica são evangélicas.”
Quando a Universidade Presbiteriana Mackenzie publicou a pesquisa dela, os portais GospelPrimeGospelMais e Guiame divulgaram a pesquisa dando crédito só à universidade presbiteriana. Muitos líderes evangélicos conservadores fizeram divulgação em massa sem fazer o mínimo questionamento, confiando totalmente na maior instituição calvinista do Brasil.
Manchete do GospelPrime em 10 de novembro de 2016: “Cerca de 40% das mulheres vítimas de violência doméstica são cristãs.” O texto começa: “Uma pesquisa realizada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie…
Manchete do GospelMais em 10 de novembro de 2016: “40% das mulheres que sofrem violência doméstica são evangélicas, diz pesquisa recente.” O texto diz: “A descoberta é resultado de uma pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie…
Manchete do Guiame em 9 de novembro de 2016: “Cerca de 40% das mulheres vítimas de violência doméstica são cristãs, diz pesquisa.” O texto diz: “Uma pesquisa realizada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie apontou…
Valéria disse para o UOL: “O que eu coloquei na pesquisa é que aproximadamente 40% das mulheres atendidas na Casa Sofia, que era o meu campo de pesquisa, se declaravam evangélicas. Então, é uma amostragem de pesquisa. Isso viralizou.
Realmente viralizou, em benefício da agenda feminista anticristã, graças à promoção enorme da maior instituição calvinista do Brasil e do GospelPrime, GospelMais e Guiame.
A pesquisa dela foi totalmente baseada na amostragem de uma única instituição: a Casa Sofia. Em contraste, quando ela pesquisou outra instituição, a Casa Eliane de Grammont, o resultado foi igualmente estranho. Valéria disse ao UOU: “A diferença é que a maioria das mulheres da Casa Eliane de Grammont, segundo as profissionais, se declarava Seicho-No-Ie.
Pela pesquisa dela, então a maioria das vítimas de violência doméstica são evangélicas e adeptas da Seicho-No-Ie, ainda que o Brasil seja a maior nação católica do mundo. Além disso, há um número grande de brasileiros que seguem o socialismo pró-aborto e a bruxaria. Mas, ao que tudo indica, os evangélicos e os adeptos da Seicho-No-Ie, os quais não têm nenhuma representação demográfica significativa no Brasil, são os campeões de violência doméstica.
Como explicar a pesquisa dela? A primeira explicação é a militância de Valéria. Ela tem envolvimento com o grupo Católicas pelo Direito de Decidir, que convidou Valéria como palestrante especial no congresso feminista “Influência Religiosa na (Des)Construção das Políticas para as Mulheres,” a se realizar em novembro próximo.
Católicas pelo Direito de Decidir não é uma entidade verdadeiramente católica nem tem apoio algum do Vaticano. É uma organização abortista, feminista e homossexualista que usa o rótulo “católico” para enganar católicos.
Desconstrução é a missão da Valéria. Ela não fala como evangélica nem defende valores evangélicos. Em 2015, a Câmara Municipal de São Paulo realizou o evento “Evangélicos/as debatem a questão de gênero no PME,” que tratou da introdução da ideologia de gênero (a agenda gay) no Plano Municipal de Educação.
Os debatedores foram: Cristiano Valério, pastor homossexual da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM, uma igreja homossexual); José Barbosa, teólogo pró-homossexualismo, criador do movimento Jesus Cura a Homofobia; e Valéria Vilhena, teóloga feminista. Todos esses nomes estão comprometidos com a agenda homossexual, e assim como a missão de Católicas pelo Direito de Decidir é sabotar os verdadeiros católicos, a missão desses falsos evangélicos é sabotar os verdadeiros evangélicos.
A sabotagem já está acontecendo. A Revista Azusa de Estudos Pentecostais publicou artigo de David Mesquiati de Oliveira, onde ele disse: “Como afirmou Valéria Vilhena, a influência de uma cultura patriarcal, machista e opressora contra as mulheres não foi superada e, em alguns casos, as próprias instituições cristãs reproduzem tal sistema organizacional.
David é apresentado como pastor na Assembleia de Deus em Vitória (ES) e membro do RELEP (Red Latinoamericana de Estudios Pentecostales) e do FPLyC (Foro Pentecostal Latinoamericano y Caribeño). Ele é mestre em teologia prática pela EST (Escola Superior de Teologia), uma das instituições luteranas mais liberais do mundo e que tem o único teólogo homossexualista do Brasil. David é autor do livro “Missão, cultura e transformação,” publicado pela Editora Sinodal, que publica livros a favor do marxismo, feminismo e ideologia de gênero.
David é um ativista pentecostal citando uma ativista feminista desigrejada da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Valéria é uma ativista contra os valores cristãos e, com sua pesquisa, buscou retratar as igrejas evangélicas como produtoras ou facilitadoras de violência doméstica em necessidade de intervenção feminista ou estatal.
Como explicar que o GospelPrime, GospelMais e Guiame tenham dado grande difusão à pesquisa tendenciosa dela sem questionar a motivação dela, mas dando crédito exclusivo à Universidade Presbiteriana Mackenzie, instituição à qual Valéria é ligada? Sem perceberem, eles, especialmente a universidade presbiteriana, ajudaram a promover uma propaganda perversa que explorou o problema de violência doméstica em benefício da farsa feminista.
A Universidade Presbiteriana Mackenzie tem estado envolvida também em outros escândalos por contratar professores marxistas, abortistas e homossexualistas.
Como explicar a amostragem de Valéria que mostra que as evangélicas são quase metade das vítimas de violências doméstica? Evidentemente, é tendenciosa.
Trabalhei alguns anos como líder de uma igreja. A maioria dos frequentadores era de novos convertidos ou pessoas em necessidade de conversão. Havia mulheres que estavam indo às reuniões porque tinham problemas domésticos. Se uma pesquisa perguntasse nesse ponto se elas eram evangélicas, elas responderiam que sim. Elas não tinham um longo histórico evangélico. Na vasta maioria das vezes, os maridos delas não eram evangélicos e elas foram à igreja por causa de vários problemas: alcoolismo do marido, violência doméstica, desemprego, problema de drogas nos filhos, etc.
Em 2006, conheci uma ONG evangélica no Rio de Janeiro que dava espaço para uma organização de mulheres que fazia trabalho comunitário de conscientização contra a violência doméstica. Mulheres da comunidade pobre que sofriam tal violência vinham ao grupo para serem “aconselhadas” e muitos desses trabalhos eram realizados no prédio da ONG evangélica.
Fiz uma pequena investigação, onde descobri que o grupo de mulheres não só recebia subsídio do Estado em seus objetivos feministas, mas também aparecia numa lista de muitos outros grupos de mulheres que, no dia 18 de março, reivindicavam na Assembleia Legislativa a legalização do aborto como direito fundamental das mulheres.
Conversei então com a diretora da ONG evangélica e expliquei que as instalações de sua organização estavam sendo usadas para o recrutamento e doutrinamento feminista de mulheres simples, que eram atraídas pelo apelo de solução da “violência doméstica”, um trabalho que no final fortalecia o poder e intervencionismo do Estado nas famílias e também fortalecia os objetivos pró-aborto das estrategistas feministas.
A diretora da ONG evangélica me agradeceu e cortou o espaço para o grupo de mulheres. Ela nunca havia imaginado que um grupo que supostamente luta contra a violência doméstica tinha motivações e ambições muito mais sinistras. Esse episódio serviu para ela não confiar em fachadas.
Assim é que os casos de violência doméstica (que a Bíblia jamais aprova) acabam virando desculpa e recurso de manobra para as feministas e o Estado intervirem para destruir o papel de cabeça do marido no lar e exigir o direito de as mulheres abortarem bebês em gestação. O marido que dá um tapa na esposa vira criminoso, porém a mulher que covardemente mata os filhos por meio do aborto não cometeu crime algum: ela está apenas exercendo um direito legal! A mulher passa de “oprimida” para opressora e assassina de seus próprios filhos.
Valéria Cristina Vilhena diz que não frequenta nenhuma igreja, porém usa uma fachada de “teóloga” para avançar seu feminismo entre evangélicos. Mas a incompatibilidade entre feminismo e Evangelho é vasta.
Em dezembro passado, uma moça de 23 anos foi estuprada e morta num bar em São Paulo. Ela passou a noite numa boate com amigos e já de manhã, saiu com um jovem até um bar, onde ambos usaram drogas e onde ela foi estuprada e assassinada. A imprensa a identificou como “feminista evangélica.”
Ela era mãe de duas crianças pequenas, mas estava vadiando em boates e bares.
Embora boate e bar sejam ambientes perfeitos para a vida depravada de feministas, eles não são ambientes para mães, muito menos evangélicas.
Sem dúvida, a morte dessa jovem é lamentável, mas se ela se ocupasse com sua missão de mãe, não passaria a noite numa boate nem usaria drogas num bar. Se ela se ocupasse com o Evangelho, que deveria ser a missão de todo evangélico, ela não desperdiçaria sua vida no feminismo, que estupra e explora a causa das mulheres e até a causa do Evangelho em benefício de uma agenda depravada de charlatões.
GospelPrime, GospelMais, Guiame e líderes evangélicos conservadores deveriam vigiar e orar, para não caírem nas tentações de pesquisas acadêmicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie e outras instituições que têm um nome evangélico, mas não honram o Evangelho. Uma dessas pesquisas veio diretamente de Valéria Cristina Vilhena, que quer avançar o feminismo nas igrejas evangélicas.
Enquanto Valéria quer passar a ideia de que a cultura evangélica provoca ou facilita violência doméstica, a verdade é que mulheres com problema de violência doméstica buscam as igrejas evangélicas porque a solução governamental ou feminista sempre traz mais problemas.
Enquanto isso, jovens evangélicas iludidas pelo feminismo buscam satisfação em boates e morrem drogadas em bares.
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