Terrorismo e os fugitivos do Estado Islâmico
Carlos Eduardo Schaffer
(Correspondente – Áustria)
Atentado perpetrado pelo terrorismo islâmico em Nice (14-7-16)
O
problema dos fugitivos das atrocidades do Estado Islâmico e dos atentados
terroristas, sobretudo o atentado perpetrado ontem em Nice (França) ocupa
hoje boa parte do noticiário nos jornais do mundo inteiro.
O
sonho de uma Europa sem fronteiras internas vai encontrando dificuldades cada
vez maiores. Elas começam novamente a se fechar, como meio de controlar a
procedência e o destino dos que entram, bem como sua autossuficiência, a
própria e a de suas famílias. É um fato o Islã estar enviando um grande número
de muçulmanos para a Europa com vistas a conquistá-la através de uma “invasão
pacífica”, diferente das anteriores, de 1524 e de 1683, quando o Islã foi
derrotado no campo de batalha.
Além do grave
problema da concessão de abrigo provisório, emprego, alimentação, vestuário e
assistência médica às dezenas de milhares de pessoas que chegam
continuamente, entre as quais há idosos e crianças, põe-se a questão de
encontrar uma solução de moradia definitiva para essas pessoas.
Deve-se
considerá-las como imigrantes, ou como fugitivos que desejariam voltar
para suas casas tão logo os problemas que causaram sua evasão estiverem
resolvidos?
Provavelmente
a maioria dos refugiados preferirá permanecer na Europa a voltar para suas
regiões, sempre ameaçadas por novas violências dos muçulmanos radicais.
Causa
espanto a atitude das nações ocidentais, que não cogitam na solução mais
simples para todos esses problemas: neutralizar o “Estado Islâmico”.
Tal
solução valeria para todos os envolvidos no conflito, tanto países quanto
pessoas. Ela seria mais simples e menos onerosa, e provavelmente, a que
salvaria mais vidas, embora não seja tão simples como à primeira vista possa
parecer.
Evidentemente
não se acaba com movimentos terroristas simplesmente derrotando-os no campo
de batalha e tirando-lhes as armas. Eles se reorganizarão, encontrarão meios
de adquirir novas armas e recomeçarão a luta.
É
preciso tirar-lhes aquilo que é insubstituível: seus combatentes. E isto só
se conseguirá por meio de uma campanha de esclarecimento das populações onde
o Estado Islâmico faz seu recrutamento.
É
verdade que é fácil dizer, mas difícil de executar, por tratar-se do tipo de
luta mais complexo de ser travada: a luta no campo religioso e ideológico.
Mas
não vejo outra opção.
Os
governos da Europa estão dormindo sobre uma bomba relógio que tem prazo
marcado para explodir: será quando o Islã sentir-se suficientemente forte
para vencer uma guerra civil dentro do continente europeu. Isto, que pode
parecer agora produto de uma imaginação fértil, afigura-se-me como a única
explicação para esta invasão metódica e paciente que está efetuada.
A
Hungria, numa atitude muito compreensiva, marcou para o dia 2 de outubro próximo
a realização de um plebiscito no qual perguntará à população: se ela está de
acordo que a União Europeia estipule o número de imigrantes que o país deve
aceitar.
Creio
que poucos admitiriam a hipótese de o povo húngaro permitir que esse problema
seja decidido por Bruxelas. Certamente o objetivo de tal governo é apenas
deixar Bruxelas sem porta de saída para um gigantesco e muito compreensivo
NÃO da Hungria.
Milhares
de muçulmanos entram diariamente na Europa pela Itália, Síria, pelos Bálcãs,
por onde podem. Até a Amnesty
International, entidade de tendências esquerdistas bem
conhecidas, estampa artigo referente ao fluxo de “imigrantes” com o seguinte
título: “Não corremos o perigo de permitir que terroristas entrem em nossos
países?” (https://www.amnesty.at/de/menschenrecht-qa3)
Este
é verdadeiramente o grande perigo. O Islã não desistiu de seu objetivo
último: conquistar a Europa e torná-la um continente islâmico.
A
entrada em massa de muçulmanos na Europa — mesmo que não seja de terroristas
ou de pessoas que desejem explicitamente implantar a religião de Maomé —
acaba, ainda que involuntariamente, colaborando para esse fim. Isto porque
seu modo de ser, trajar, com sua culinária, seus lugares de culto etc.,
influirão para criar a impressão: o Islã é uma força irresistível que veio
para ficar.
Se
a própria Igreja Católica não estivesse passando por uma terrível crise,
poder-se-ia esperar o desenvolvimento de um intenso trabalho para a conversão
desses muçulmanos. Mas, infelizmente, deste lado não se pode esperar a
solução, do problema.
A
Carta de São Paulo aos Coríntios (9,16) contém a seguinte frase: “Anunciar o
Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim,
se eu não anunciar o Evangelho!”
Isto se aplica a todos os católicos. Devemos aproveitar
todas as oportunidades para fazer apostolado com aqueles que nos são
próximos.
Se esse espírito for difundido entre os católicos, e
especialmente no ambiente do clero, então poderemos esperar uma solução para
o grave problema decorrente da invasão islâmica.
Do contrário, a Europa deixará de ser, dentro de certo
tempo, um continente cristão.
(*) Carlos Eduardo schaffer é
jornalista e colaborador da Abim
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Associaçao para Defesa da Heterossexualidade, do Casamento e Família Tradicionais, Proteção de Crianças, Adolescentes e Jovens contra o Assédio, Aliciamento, Proselitismo e abusos Sexual e Homossexual; contra o Aborto e ajuda a pessoas que desejam deixar a homossexualidade.
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