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sábado, 9 de abril de 2016

Seis gravações escancaram a conspiração forjada pelo PT para impedir que fosse esclarecido o assassinato de Celso Daniel


Ouça as vozes dos assassinos de fatos combinando o que fazer para impedir o esclarecimento do crime hediondo. Passados mais de 14 anos, a reaparição do fantasma avisa que a tramoia fracassou. Enquanto não for exumada toda a verdade sobre esse capítulo da história universal da infâmia, todos os meliantes sobreviventes serão assombrados pelo prefeito proibido de descansar em paz.
Áudio 1
Luiz Eduardo Greenhalgh diz a Gilberto Carvalho que é preciso evitar que João Francisco, um dos irmãos de Celso Daniel, “destile ressentimentos” no depoimento que se aproxima. “Pelo amor de Deus, isso é fundamental!”, inquieta-se Carvalho.
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Áudio 2Um interlocutor não identificado elogia Ivone Santana, que namorava Celso Daniel desde o fim do casamento com Miriam Belchior, pela entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo. E incentiva a viúva da vez a repetir a performance no programa de Hebe Camargo. Alegre, Ivone informa que vai fazer o reconhecimento das roupas da vítima. O homem do outro lado da linha quer saber como “o cara” estava vestido. “O cara” é o morto que Ivone finge chorar.
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Áudio 3: À beira de um ataque de nervos, Sombra cobra de Klinger um imediata operação de socorro. Sobressaltado com o noticiário jornalístico, exige que Gilberto Carvalho trate imediatamente de “armar alguma coisa”.
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Áudio 4: Klinger diz a Sombra que Gilberto Carvalho está preocupado com o teor do iminente depoimento do companheiro acusado de ter ordenado a morte do prefeito. Sugere um encontro entre os três para combinar o que será dito. No fim da conversa, os parceiros comemoram a prisão de um suspeito.
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Áudio 5: Gilberto Carvalho cumprimenta Ivone Santana pela boa performance em entrevistas e depoimentos. Carvalho acha que as declarações mudarão o rumo das investigações.
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Áudio 6: A secretária de Klinger retransmite a Gilberto Carvalho rumores segundo os quais a direção nacional do PT pretende manter distância do caso “para não respingar nada”. Carvalho nega e encerra o diálogo com uma recado sem identificação de destinatário: é nessas horas que se percebe quem são os verdadeiros amigos.
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Ao incinerar as provas sonoras, Rocha Mattos ensinou que alguns juízes consideram uma irregularidade processual muito mais grave que matar a mãe. Faltara a autorização judicial. Como as gravações das conversas entre Lula e seus devotos foram autorizadas por Sérgio Moro, o ministro Teori Zavascki anda caçando outras irrelevâncias do gênero que lhe permitam declarar inexistente o palavrório que estarreceu o país.
Se seguir o exemplo do juiz ladrão, Teori não tardará a constatar que errou em vão. Milhares, milhões de cópias garantirão a sobrevivência da verdade obscena: a Lava Jato desmontou uma conspiração contra o Estado de Direito, comandada por Lula e apoiada por Dilma. Firulas jurídicas não revogarão a ilegalidade espantosa. Há culpados a punir. E o castigo virá.

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