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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Comissão da INverdade não investigou a morte no atentado dos guerrilheiros nos anos 70. Foi pedida indenização!

ESTA NOTÍCIA É DE sábado, 21 de abril de 2012 ....MAS POUCOS VIRAM ISTO NO BRASIL!


Familiares do jornalista Edson Régis de Carvalho vão entrar 

com um pedido de indenização de R$ 7 milhões.


Os últimos crimes políticos, que não tiveram investigação, cometidos na época da ditadura 
militar-civil (1964-1985) no Brasil devem “invadir” os tribunais de justiça este ano. 
Depois da presidente Dilma Rousseff anunciar, o processo de escolha dos membros da 
Comissão da Verdade (que deve analisar os arquivos da ditadura), vítimas do regime começam
a se mobilizar para garantir o “reconhecimento” do estado.

Hoje, após uma coletiva de imprensa no escritório de advocacia Farias & Silva, os seis 

filhos do jornalista Edson Régis de Carvalho anunciaram que vão entrar com um pedido de 
indenização de R$ 7 milhões no Ministério da Justiça, na próxima terça-feira (24), em Brasília.
Edson era secretário de governo e foi morto no dia 25 de julho de 1966, após um atentado a 
bomba no Aeroporto Internacional dos Guararapes, quando esperava o então “candidato” a 
presidente Costa e Silva.

O jornalista, que também era procurador federal, estava à serviço do governo. Não foi vítima 

de perseguição da ditadura (até porque não era militante político), mas perdeu sua vida por 
conta do clima de insegurança instalado naquele período histórico. O filho do jornalista, Flávio
Régis, destaca que não existe uma motivação financeira no caso.

“Foi um crime que não teve uma investigação séria e até hoje não sabemos quem é o 
responsável. Quando eu era criança, as pessoas perguntavam como meu pai tinha morrido, 
eu dizia que foi de bomba”, pondera. Segundo ele, o valor da indenização deve ser distribuída 
entre a viúva e os seis filhos do repórter.

A ação, segundo o ex-deputado estadual Pedro Eurico, que é um dos advogados do processo,

é inédita em todo o país. Até porque nunca foi julgado um processo das “vítimas indiretas” do 
regime. Ou seja, pessoas (seja dentro ou for a das Forças Armadas) que foram perseguidas 
pelo estado. “Foi amigo dos filhos do jornalista na minha infância. 

Não é uma questão financeira, é um reconhecimento histórico de um crime que nunca foi 
esclarecido”, defendeu.

Por Tércio Amaral, da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

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