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segunda-feira, 21 de março de 2016

TRAIDORES DO BRASIL:"Manifesto evangélico pelo governo do PT, mas nenhum manifesto por um Evangelho sem ideologia política"

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Manifesto evangélico pelo governo do PT, mas nenhum manifesto por um Evangelho sem ideologia política

Julio Severo
Um manifesto intitulado “Manifesto de Evangélicos pelo Estado de Direito - Iniciativa do Missão na Íntegra” está circulando entre pastores evangélicos na internet e acabou de chegar às minhas mãos. Claro que, como sua intenção oculta é dar apoio ao barco petista que está afundando, não vou assinar. Mas importantes líderes evangélicos, ao que consta no documento, já assinaram, inclusive Ariovaldo Ramos, Ed René Kivitz e Ricardo Bitun.
Ariovaldo Ramos é o presidente da Visão Mundial, filial brasileira da poderosa e rica organização americana World Vision. Entristece-me ver o dinheiro dos evangélicos americanos sendo investido na propagação ideias da Teologia da Missão Integral no Brasil, através de seu “apóstolo” maior, Ariovaldo.
Ed René Kivitz é um pastor liberal que vem sendo paparicado há anos por igrejas da Teologia da Missão Integral. A mais nova paparicadora é a Igreja da Lagoinha.
Ricardo Bitun é o coordenador dos cursos de teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ele é também um dos líderes da ANAJURE, uma entidade jurídica evangélica.
Para ver a lista completa dos nomes de todos os pastores que até agora assinaram o manifesto, consulte este link: http://archive.is/ynD0K
O texto abaixo, que maliciosamente defende o governo do PT, é o conteúdo do manifesto que está circulando em nome da entidade Missão na Íntegra, cujo foco é a promoção da Teologia da Missão Integral. O manifesto, que está circulando entre líderes evangélicos, não tem meu apoio e só está sendo repostado aqui para denúncia. Se a Missão na Íntegra não tem envolvimento com esse manifesto que leva seu nome, favor se comunicar com o Blog Julio Severo. Eis o manifesto:
Nestas últimas semanas, a nação brasileira tem vivido momentos de aflição, angústia e ódio. A ausência de serenidade e cautela, nesta hora crítica, tem despertado muita preocupação e tememos que o acirramento provocado venha custar vidas humanas.
Conquanto tenhamos entre os membros de nosso movimento, como em todo o universo evangélico, as mais diversas opiniões políticas, ideológicas e opções partidárias, há em comum a pregação da tolerância, da paz e da justiça, conforme a orientação das Escrituras Sagradas. Desejamos, neste manifesto, nos posicionar a respeito desses acontecimentos.
Todos os signatários deste manifesto declaram que:
• como cristãos, rejeitamos e denunciamos com veemência a corrupção, a iniquidade, a impunidade e o ataque ao Estado Democrático de Direito. Esses desvios fazem com que o pão não esteja na mesa do pobre, e deixem os enfermos e os órfãos desamparados.
• entendemos que a corrupção e a impunidade têm sido problemas endêmicos na sociedade brasileira. E que a indignação de todos nós contra isso é justa e profética. Contudo, rejeitamos igualmente toda indignação pecaminosa que suplante o ordenamento jurídico, que aja com parcialidade e dissemine o ódio e o desejo de vingança entre os brasileiros.
• somos favoráveis a que todos, em quaisquer posições que ocupem ou de quaisquer camadas da sociedade, denunciados na forma da lei por possíveis crimes, sejam investigados e julgados. Porém, só se faz justiça civil pela aplicação rigorosa e exclusiva da lei. Não concordamos que os ritos necessários para o juízo legal sejam adulterados apenas para atender ao clamor público.
• rejeitamos a postura midiática tendenciosa com divulgações editadas dos processos investigativos. Essa prática irrefletida apenas tem promovido dias de aflição e angústia para os brasileiros, além de propagar o ódio e a intolerância com quem pensa de forma diferente sobre a condução dos processos. Por isso, nós pedimos à nação, e em especial aos nossos irmãos em Cristo, muita cautela e serenidade, e que o desejo de justiça não nos torne injustos.
• sabemos que os gritos de “crucifica-o" são motivados, muitas vezes, por gente mal intencionada e isso pode nos trair e nos levar a julgamentos precipitados. Entendemos que condenar alguém, antes que todo o processo investigativo seja concluso, antes que se dê amplo direito de defesa, e antes que um tribunal dê sua sentença final, constitui um perigoso precedente para que quaisquer poderes, seja o Executivo, o Legislativo ou o Judiciário, excedam os seus limites constitucionais.
• exigimos respeito ao voto. Toda eleição é uma convocação e um embate entre eleitores, e o voto é o suporte da legitimidade. Se a escolha dos eleitores corre o risco de ser invalidada, tem de haver um processo segundo o ordenamento jurídico, logo, isso tem de ocorrer de forma isenta e sob o império da Lei. O mandato outorgado pelo povo, por meio do voto, não pode ser levianamente questionado.
• rejeitamos todo ódio. O ódio, constatado muitas vezes nos discursos de figuras públicas, incita a violência e isso, segundo a nossa fé, é diabólico e não pode ser admitido entre os que constituem a Igreja do Senhor Jesus em solo brasileiro. Cabe a todo cristão a tarefa de ter paz com todos, seja em serviço ao próximo, seja em tolerância com quem pensa diferente, sendo capaz de amar e interceder por seu oponente. Intercessão que, rogamos, seja feita por nossa nação.
• defendemos que as investigações devam continuar, que as provas sejam coletadas e os responsáveis sejam arguidos pelos tribunais, conforme o estabelecido nas leis brasileiras. Que não haja privilégios para qualquer pessoa investigada, independente de posição ou partido político.
• defendemos a democracia como valor inexorável da Nação e não aceitaremos que nada possa interferir no Estado de Direito. Queremos que a institucionalização seja observada e que prevaleça a serenidade necessária para que o estado democrático seja preservado.
• reiteramos que "a voz" das ruas deve ser ouvida, mas o limite é a Constituição Brasileira. Cremos que todos devem ser investigados, mas dentro das garantias constitucionais. Que o voto e a escolha da maioria devem ser honrados, como reza a lei. Cabem às instituições, designadas democraticamente para tal, a garantia do Estado de Direito, a fim de que quaisquer cidadãos tenham seus direitos respeitados.
Para tanto permaneceremos em vigília e em orações.
Que o Senhor nos faça instrumentos da sua paz e da sua justiça.
Leitura recomendada sobre TMI (Teologia da Missão Integral):
Leitura recomendada sobre a entidade Missão na Íntegra:
Sobre os protestos e crise brasileira:


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