A extrema gravidade do perigo islâmico
Enquanto
o Ocidente, indolente frente ao perigo, abre as portas para o mundo
maometano, o terrorismo ataca-o e planeja dominá-lo, ao mesmo tempo em
que os cristãos são massacrados no Oriente
Paulo Roberto Campos
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O mundo
inteiro encontra-se chocado com o atentado praticado pelo terrorismo
islâmico em Paris no dia 7 de janeiro último, quando dois muçulmanos
fortemente armados executaram 12 pessoas, a maioria delas colaboradores
do semanário satírico francês “Charlie Hebdo” — um pasquim ateu, que
calunia inclusive Igreja Católica, muitas vezes lançando contra ela as
mais chulas e obscenas blasfêmias. Por isso mesmo, ao contrário do que
incontáveis pessoas bradaram, cada católico poderia dizer: “Je ne suis pas Charlie”.
Esse
atentado foi considerado o mais grave ocorrido nos últimos 50 anos na
França. Ao se retirarem, os terroristas abateram covardemente um
policial à queima-roupa (foto acima) — sem saberem, aliás, que o mesmo era de origem muçulmana... —, e ainda gritaram: “Allahu Akbar!” (Alá é Grande!).
Nesse
mesmo dia, ainda na capital francesa, outro terrorista islâmico
assassinou uma policial e feriu outro militar. Esse mesmo homem invadiu
no dia seguinte um supermercado judeu e matou quatro pessoas. Mas acabou
sendo morto pela polícia, sorte reservada também aos dois terroristas
precedentes.
Portas abertas para terroristas maometanos
É
compreensível que esses crimes brutais choquem a opinião pública
mundial — sobretudo a francesa e a do mundo ocidental ex-cristão. O que
não se compreende é a longa atonia dessas opiniões públicas diante da
grave ameaça islâmica. Atentados do gênero eram previsíveis, uma vez que
muitas nações ocidentais, em particular as europeias, escancaram
indiscriminadamente suas portas à imigração, facilitando assim a entrada
de fanáticos seguidores de Maomé.
Nos
tempos atuais, chegam-nos todos os dias ao conhecimento notícias de
cristãos que são perseguidos cruelmente, martirizados e degolados no
mundo maometano; que têm suas filhas estupradas, vendidas como escravas
sexuais, e suas moradias destruídas. Chegam-nos também com frequência
notícias dramáticas de imagens sacrossantas profanadas, bíblias
queimadas e igrejas católicas incendiadas por bárbaros islamitas
radicais. Em certos países muçulmanos que seguem a Sharia (lei
islâmica) não é permitido sequer ostentar qualquer símbolo católico,
como, por exemplo, uma correntinha com a cruz ao pescoço, a medalha de
Nossa Senhora ou de algum santo.
Enquanto
muçulmanos agem assim em seus países em relação aos cristãos, por que
nas nações ocidentais se permite que eles possam usar e abusar de todos
os direitos e desfrutar de toda liberdade, inclusive a de construir
mesquitas ou “centros culturais”, que frequentemente são lugares para
formação de terroristas? Sim, porque neles se ensina o Alcorão, o qual
prega o ódio implacável ao Cristianismo. Se não há reciprocidade da
parte deles, por que então lhes abrir de par em par as portas? Será que
não se percebe a gravidade do perigo islâmico? Não se avalia o quanto
tal abertura, em nome do relativismo e de um ecumenismo irenista,
representa de terrível ameaça?
Alerta ignorado e recrudescimento do perigo islâmico
Plinio
Corrêa de Oliveira previu com muita antecedência a ameaça maometana,
tendo feito diversas advertências nesse sentido. Como seria diferente a
situação atual se as autoridades civis e religiosas da época em que elas
foram publicadas tivessem levado em consideração os alertas desse
eminente líder católico brasileiro! Entretanto, tragicamente, tais
autoridades preferiram ignorá-las…
Este artigo já estava concluído quando tomamos conhecimento de um
massacre bem maior do que o perpetrado em Paris no dia 7 de janeiro. Na
mesma semana, os terroristas do grupo islâmico Boko Haram
assassinaram aproximadamente duas mil pessoas em Baga, cidade
estratégica situada ao nordeste da Nigéria (África), a maioria delas
crianças, mulheres e idosos que não conseguiram fugir. Conforme informou
à BBC o chefe do governo local, Musa Alhaji Bukar Kukawa, parte da
cidade foi incendiada nesse ataque, obrigando milhares de pessoas a se
evadirem, tendo muitas delas se afogado ao tentarem cruzar o lago Chade.
Cristãos martirizados no mundo muçulmano
Relata o jornal português “Observador” (edição on-line de 10-1-15): “Desde o fim do ano, mais de 10 mil pessoas abandonaram a região com medo da chegada dos terroristas”. “A carnificina humana levada a cabo pelos fundamentalistas do Boko Haram em Baga é enorme”, declarou à AFP Muhammad Abba Gava, porta-voz dos combatentes civis que tentam frear o avanço dos terroristas do Boko Haram (nome que, na língua local, significa “educação não islâmica é pecado”). Eles tentam implantar a qualquer custo um Califado na região, nos mesmos moldes dos jihadistas do Estado Islâmico que guerrilham no Iraque e na Síria.
Neste sentido, a agência vaticana FIDES alertou: “A
crise no nordeste da Nigéria está se estendendo cada vez mais aos
países vizinhos, com ameaças, como as de um vídeo atribuído ao líder do
Boko Haram, Aboubakar Shekau, contra o Presidente dos Camarões, Paul
Biya”. No vídeo ele ameaçou “aumentar a violência nos Camarões se o país não abolir a Constituição e adotar a lei do Islã” (cfr. ACI, 10-1-15).
Segundo nota distribuída pela “Agência Ecclesia” (12-1-15), “cerca de mil igrejas cristãs na Nigéria foram destruídas nos últimos quatro anos”. De acordo com o Pe. Obasogie, “só entre os meses de agosto e outubro de 2014, foram saqueadas e incendiadas naquele território pelo menos 185 igrejas”. O mesmo sacerdote avalia que “190 mil pessoas tiveram que fugir de suas casas para escaparem à morte e muitas outras já perderam a vida”.
Em entrevista concedida em 12 de janeiro último ao programa Newsday da BBC, o arcebispo da cidade de Jos, Dom Ignatius Kaigama, deplorou que o massacre em Baga “é uma tragédia monumental. Deixou todos na Nigéria muito tristes. Mas parece que estamos desamparados”. Sua lamentação referia-se à falta de apoio internacional para conter essas atrocidades.
Prolongada indolência do mundo ocidental ex-cristão
Logo
após os atentados islâmicos em Paris, realizaram-se grandes
manifestações em toda a França, e também em outros países. No entanto,
para citar apenas o recente massacre em Baga, cabe perguntar: onde
ocorreram manifestações públicas de protesto contra a carnificina
cometida pelo terror islâmico nessa cidade nigeriana? Em que lugar do
mundo algum órgão da mídia com suas vistosas manchetes denunciou o
espantoso homicídio coletivo? E quais autoridades mundiais lamentaram
esse crime brutal?
Em 17 de dezembro passado (dia do aniversário do Papa Francisco),
centenas de dançarinos de tango bailaram nas proximidades da Basílica de
São Pedro. A esse respeito, o historiador italiano Roberto de Mattei
escreveu em artigo para o diário milanês “Il Foglio”, em 3-1-15:
“Provavelmente
os historiadores de amanhã se lembrarão que em 2014, na Praça de São
Pedro, dançava-se tango enquanto os cristãos eram massacrados no Oriente
e a Igreja estava à beira de um cisma. Essa atmosfera de leveza e de
inconsciência não é nova na História. Em Cartago, recorda Salviano de
Marselha, dançava-se e banqueteava-se na véspera da invasão dos
Vândalos. E em São Petersburgo — de acordo com o testemunho do
jornalista americano John Reed —, enquanto os bolcheviques se apoderavam
do poder, os teatros e restaurantes continuavam lotados. O Senhor, como
diz a Escritura, cega aqueles que Ele quer perder (Gv 2, 27-41)”.
(*) Paulo Roberto Campos é jornalista e colaborador da ABIM.
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Associaçao para Defesa da Heterossexualidade, do Casamento e Família Tradicionais, Proteção de Crianças, Adolescentes e Jovens contra o Assédio, Aliciamento, Proselitismo e abusos Sexual e Homossexual; contra o Aborto e ajuda a pessoas que desejam deixar a homossexualidade.
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