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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Lausanne, TMI e Israel :Este é um artigo que precisa ser divulgado ao máximo entre evangélicos

Este é um artigo que precisa ser divulgado ao máximo entre evangélicos. Se você é católico, por gentileza, envie este alerta ao seus amigos evangélicos. Se você é evangélico, divulgue em sua igreja e sua lista de amigos evangélicos.

12 de agosto de 2014


Lausanne, TMI e Israel


Lausanne, TMI e Israel

Julio Severo
Em abril de 2014, o Movimento Lausanne esteve em peso no Brasil para discutir sua maior preocupação teológica do momento. Não, não, sua preocupação não foi com teólogos brasileiros — todos adeptos de Lausanne e da Teologia da Missão Integral (TMI) — que colaboram com o PT e sua campanha ideológica para avançar sua agenda antifamília no Brasil.
A preocupação deles foi exclusivamente a Teologia da Prosperidade (TP) dos neopentecostais.
De acordo com a revista esquerdista Ultimato, “45 especialistas de 17 países — pensadores, pastores e profissionais destacados — reuniram-se em Atibaia (SP), entre 30 de março e 2 de abril para a Consulta Global Lausanne sobre Teologia da Prosperidade.”
A consulta foi encabeçada por Valdir Steuernagel, um ardoroso defensor da TMI. Suas raízes religiosas, conforme mostra o artigo “Por que esconder a real intenção da Teologia da Missão Integral?,” procedem desde sua denominação, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, que abraça tanto a forma mais radical do marxismo cristão — a Teologia da Libertação — quanto sua versão protestante quase aguada, a TMI.
A segunda palestra coube a Paul Freston, antigo defensor da TMI. Freston, que já foi membro de carteirinha do PT, sempre foi opositor ferrenho da TP.
O artigo “A maior ameaça à Igreja Evangélica do Brasil” explica o motivo por que os maiores opositores da TP são os teólogos da TMI.
O governo do PT, na pessoa de Gilberto Carvalho, expressou igualmente que sua maior preocupação são os televangelistas neopentecostais, cuja mensagem básica de TP é que a fonte de toda provisão para as necessidades humanas deve ser Deus, em contraste com a proposta que o PT e outros movimentos socialistas radicais querem impor: o governo como deus supridor de todas as necessidades humanas.
Essas duas visões — Deus-Provedor versus Governo-Provedor — são o coração do choque entre socialistas e neopentecostais.
Carvalho, que é ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil, tem uma relação amistosa especial com os teólogos da TMI, inclusive Ariovaldo Ramos. O mais importante assessor de Carvalho para as relações do governo do PT com os evangélicos é o teológo presbiteriano Alexandre Brasil, que tem um salário de mais de 15 mil reais por mês e um histórico padrão de adepto da TMI: ele tem um livro contra a TP.
A Consulta Global Lausanne sobre Teologia da Prosperidade teve também uma palestra com o título: “A Nova Reforma Apostólica e a Teologia da Prosperidade.”
A Nova Reforma Apostólica foi fundada por C. Peter Wagner, que no primeiro Congresso Lausanne sobre Evangelização Mundial em 1974 confrontou teólogos esquerdistas da América Latina que queriam transformar Lausanne em plataforma da ideologia marxista.
A figura central do primeiro Congresso de Lausanne foi Billy Graham. Sem ele, não teria havido Lausanne, mas também nem ele esperava a repercussão em nível ideológico. Quando Graham percebeu que a esquerda evangélica estava tentando atrelar tudo, ele parou de financiar Lausanne, para desgosto de Robinson Cavalcanti, antigo colunista da Ultimato, que publicamente acusou que Lausanne estava sob uma “hegemonia da ala conservadora, branca, anti-CMI (Conselho Mundial de Igrejas), antissocialista,” etc. (Pobre Graham: branco, anglo-saxão, conservador, etc!) Cavalcanti queria a continuidade de Graham no movimento para captar recursos para levar adiante a revolução da TMI. Essa revolução vem ocorrendo, mas sem o dinheiro e participação de Graham. Valdir Steuernagel, líder da TMI, já mostrou que hoje Lausanne está muito mais TMI do que nunca. Não é, pois, um movimento com a cara do Evangelho, mas com a cara de uma ideologia.
Por sua antiga oposição à esquerda furiosa em Lausanne, até hoje C. Peter Wagner é criticado pelas esquerdas evangélicas, sem mencionar os ataques da esquerda secular, que vem denunciando sua Nova Reforma Apostólica.
Lausanne se tornou um movimento da esquerda evangélica. E como todo movimento esquerdista — secularista ou pseudocristão —, enxerga os neopentecostais, especialmente sua TP, como a maior ameaça ao avanço do esquerdismo. Mas, com truques teológicos, a esquerda evangélica muda levemente o discurso, dizendo que a TP ameaça o evangelho.
O esquerdismo em Lausanne vem de longe. Já na década de 1980, a revista Ultimato era a recomendação oficial de Lausanne para o Brasil. Era a incipiente Lausanne esquerdista promovendo a esquerda evangélica brasileira.
E hoje, de mãos dadas, avança a esquerda de Lausanne e da Ultimato, apesar de que a elite teológica “conservadora” presbiteriana, que navega em águas muitas vezes tomada pela TMI e Ultimato, tem dificuldade de reconhecer a TMI em Lausanne ou mesmo em seu próprio meio presbiteriano.
A Ultimato é presbiteriana e tem articulistas presbiterianos polêmicos em sua revista e editora, inclusive o Rev. Marcos Botelho, que havia defendido a estranha ideia de que os cristãos têm a obrigação de lutar para que as pessoas tenham o direito cometer o vício homossexual, e o Rev. Luiz Longuini, pastor da IPB (Igreja Presbiteriana do Brasil) divorciado quatro vezes e autor de um livro que defende a TMI.
Outro articulista da Ultimato, Marcos Amado, é diretor do Movimento de Lausanne para a América Latina, e vem escrevendo artigos para desconstruir o apoio evangélico a Israel. Essa desconstrução é uma tendência mundial da esquerda evangélica, muitas vezes capitaneada e instigada por grupos evangélicos americanos bem financiados.
Até mesmo o bilionário esquerdista judeu-americano George Soros tem investido milhões para que os evangélicos tenham opiniões menos favoráveis a Israel. Se me perguntam como pode um judeu fazer campanhas contra Israel, o que respondo é que o mesmo esquerdismo que vira judeus contra Israel também vira evangélicos contra o Evangelho. Há milhares de evangélicos esquerdistas que não têm amor sincero pelo Evangelho, mas têm paixão de usá-lo como plataforma da ideologia socialista, que tipicamente é contra Israel.
Em seu esforço de desconstrução, Amado também se mostra, na Ultimato, contrário ao que ele chama de “sionismo cristão evangélico,” e destaca que neste ano ele participou de uma conferência especial no Hotel Intercontinental de Belém. Essa conferência foi a “Christ at the CheckPoint” (Cristo no Posto de Controle), que procura apresentar Jesus como um “palestino” oprimido pelos israelenses.
Neste ano o governo de Israel deu um alerta aos evangélicos do mundo inteiro para que tomem cuidado com “Christ at the CheckPoint.” Apesar do aviso do governo de Israel, o Movimento de Lausanne e a Aliança Evangélica Mundial, dois movimentos em que Valdir Steuernagel tem papel de destaque de liderança, têm dado apoio a “Christ at the CheckPoint.” Steuernagel é também colunista da Ultimato.
Marcos Amado e Ultimato, que querem que tomemos cuidado com a TP, com os neopentecostais, com Israel e com os evangélicos sionistas, já estão ajudando a preparar os evangélicos do Brasil para a mensagem de “Christ at the CheckPoint,” cujo conteúdo é a Teologia da Libertação Palestina, irmã da TMI e da Teologia da Libertação.
Precisamos pois ficar preocupados quando lemos sobre teólogos “preocupados” com a TP ou com o chamado “sionismo evangélico.” A “preocupação” deles tem outros interesses.
Evidentemente, deve-se ser contra os abusos do neopentecostalismo, mas será que deveríamos ficar de braços cruzados enquanto maliciosamente atacam esses abusos como forma de abrir caminho e avançar a TMI e desconstruir o apoio evangélico a Israel?
A defesa de Israel que muitos líderes neopentecostais fazem é necessária. Além disso, sua pregação, ainda que com muitas fraquezas, que enfatiza Deus, não o governo, como provedor das necessidades humanas é fundamental para o povo — e detestável para as esquerdas seculares e evangélicas.
O Movimento Lausanne perdeu a credibilidade, e só terá o respeito dos evangélicos quando de fato demonstrar preocupação com seus adeptos e líderes brasileiros que trabalham de mãos dadas com o PT, que tem feito tudo para avançar sua ditadura antifamília no Brasil.
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