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quarta-feira, 26 de março de 2014

Deputado evangélico:"Entre o Senhor da Vida e o PV da morte"

26 de março de 2014

Entre o Senhor da Vida e o PV da morte


Entre o Senhor da Vida e o PV da morte

Deputado pastor se atrapalha ao tentar servir a dois senhores

Julio Severo
Imagine que, em grandioso evento, um pré-candidato à presidência da República anuncie, sem meias-palavras, que ele e seu partido pretendem legalizar a matança de bebês no Brasil. Lá, junto deles, está presente um cristão — consagrado pastor pentecostal e eleito um dos representantes dos evangélicos no Congresso.
Dentre todas as reações que poderíamos esperar de alguém eleito com a promessa, justamente, de defender a vida e a família, a única impensável e inaceitável seria a de vê-lo elogiar, publicamente, aqueles quer prometeram legalizar o aborto e lutar contra a família brasileira!
Entretanto, essa foi precisamente a reação do deputado federal e pastor Roberto de Lucena, do PV de SP, durante encontro, no sábado (22 de março), do Partido Verde, que lançou o esquerdista Eduardo Jorge como o primeiro pré-candidato oficialmente abortista desta eleição presidencial.
Roberto de Lucena
É preciso lembrar que o pastor Lucena se filiou ao PV por opção e convicção. Ele jamais foi obrigado a entrar num partido que historicamente é pró-drogas e alinhado com as radicais bandeiras da esquerda.
A elite ambientalista se reuniu na Assembleia Legislativa de São Paulo para listar suas 10 prioridades políticas (entre elas a liberação do aborto e drogas no Brasil), afirmando estar definindo e construindo rumos melhores para o Brasil.  
O deputado tentou esconder de seu público o que toda a imprensa secular noticiou: Eduardo Jorge se lançou pré-candidato focando “propostas polêmicas” como a liberação do aborto e da maconha. Oficialmente, o próprio PV diz de si mesmo:
“Único partido a apresentar propostas, de forma favorável e clara, em seu programa partidário, para a legalização do consumo da maconha no Brasil, o Partido Verde defende a legalização como uma forma de proteger os habitantes do país”
Trata-se de um programa político, no mínimo, preocupante para todas as famílias cristãs brasileiras, embora já esteja aparecendo um ou outro líder evangélico apoiando tal legalização. Recentemente, um pastor com histórico de anos no Partido Comunista do Brasil achou que a melhor forma de atacar Julio Severo era defendendo a legalização da maconha.
Convicto do teor revolucionário de suas propostas, o pré-candidato do Partido Verde trombeteou, sob os aplausos entusiasmados dos militantes e das lideranças verdes, entre elas, o pastor Roberto de Lucena, a seguinte frase
“O que o PV quer é a revolução de mudar a forma de viver.”
Claro: viver com aborto, maconha e homossexualidade.
Mas Roberto de Lucena, mesmo tendo prestigiado e aplaudido as propostas de sua legenda, tentou, poucas horas depois do evento, iludir, com palavras vazias, seu público eleitor que conferiu a ele a oportunidade de ser a voz da vida e da família.
O deputado pastor não se intimidou e nem mesmo respeitou a inteligência de seus seguidores quando postou várias fotos suas, durante o evento, e ao lado do pré-candidato abortista.
Não satisfeito, ele ainda elogiou o abortista Eduardo Jorge publicamente e com o entusiasmo de um militante fervoroso, em sua página no Facebook:
“Participo neste sábado do evento do PV na Assembleia Legislativa de São Paulo no qual Eduardo Jorge apresenta as diretrizes do programa de governo para a construção de um Brasil comprometido com as pessoas e com o meio ambiente. É uma grande satisfação estar ao lado de lideranças do partido de todo o País.”
O pastor não escondeu o entusiasmo ao lado do líder abortista, dizendo:
“Compartilho mais algumas fotos dos amigos que encontrei durante o evento do PV nesse sábado, na Assembleia Legislativa, e também uma foto ao lado de Eduardo Jorge, o pré-candidato do partido à presidência da República.”
Ao invés de aproveitar, talvez, a maior oportunidade que lhe foi dada para honrar seu mandato em favor da vida e da família e de confrontar o conteúdo do lobby abortista e pró-drogas do seu Partido Verde, Roberto de Lucena não apenas se omitiu com relação à verdade, mas também celebrou o evento que lançou o pré-candidato abortista com estas palavras:
“A construção de um Brasil comprometido com as pessoas”!
Como um pastor pode esperar combater a cultura da morte, do aborto e da depravação homossexual se aplaude, elogia e fortalece os construtores dessa cultura das trevas?
A imprensa secular, porém, revelou as propostas apresentadas no evento e o próprio PV, em suas redes sociais e canais de comunicação social, fez questão de restabelecer a verdade, cuidadosa e intencionalmente, omitida pelo pastor Roberto de Lucena:
“A proposta do PV declara apoio a um dos pontos que causaram maior polêmica nas eleições presidenciais de 2010: a descriminalização do aborto, tema que acirrou a disputa entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).”
Vamos recapitular: Eduardo Jorge e outros abortistas do Partido Verde anunciam, de forma inequívoca, que pretendem legalizar a matança de bebês. E qual é a reação de Roberto de Lucena, suposto defensor da vida? 
“É uma grande satisfação estar ao lado de lideranças do partido de todo o País”, escreveu o deputado em sua página no Facebook.
O pastor deputado, certamente, aposta na boa-fé de seus seguidores que, por desconhecimento, chegaram a elogiar sua presença no encontro de abortistas e defensores da maconha (apologetas da maconha é título reservado para uns poucos do mundo gospel). Por estarem completamente iludidos, vários cristãos fizeram comentários elogiosos ao pastor.
Roberto de Lucena não poderá usar a desculpa de que não sabia das intenções do seu companheiro de legenda, o abortista Eduardo Jorge, pois a defesa do aborto está presente no documento “Viver Bem. Viver Verde” que traz as diretrizes da legenda para um possível governo.
O documento foi discutido exaustivamente entre os verdes e divulgado, amplamente, antes da reunião.
Diz um trecho do texto do documento “Viver Bem. Viver Verde”:
“Queremos a legalização do procedimento [do aborto], estabelecendo regras e limites de idade gestacional numa lei, mas que permita à mulher e seu companheiro seguirem este caminho com segurança”.
Só espera-se que o pastor deputado não faça uso do expediente petista de terceirizar a culpa e dizer que não sabia de nada. Espera-se que, pelo menos dessa vez, Roberto de Lucena seja justo e assuma que aplaudiu calorosamente inimigos da vida e da família.

A “honestidade” do Partido Verde

Há uma virtude no PV que precisa ser reconhecida: enquanto os outros partidos buscam igualmente a liberação do aborto e das drogas e fingem não o fazer, os verdes confessam abertamente suas intenções.
Qualquer pessoa alfabetizada pode conferir nos documentos internos do Partido Verde que tal legenda faz opção clara e firme pelo aborto. Ao contrário do Partido dos Trabalhadores (PT), o PV não dissimula!
Além disso, em 8 de março passado, o PV já havia noticiado ser o primeiro e único partido a assumir oficialmente o compromisso com a militância LGBT no Brasil:
“Partido Verde é o primeiro a assumir compromisso com a população LGBT nas eleições de 2014.”
Quem dissimula, então, nesse episódio? Quem é que falta com a verdade na tentativa de vender ilusões ao povo? Certamente, não são os verdes.
Entre as lideranças evangélicas no Congresso Nacional a fama de Roberto de Lucena é de alguém “em cima do muro.” Talvez seja necessário lembrar-lhe uma verdade bíblica que, parafraseada, se torna tão evidente que é impossível optar pela indecisão:
“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou será leal a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao Partido Verde.” (Mateus 6:24 KJV)
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