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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Bolsonaro é derrotado para Comissão de Direitos Humanos da Câmara, mas vence

26/02/2014
 às 22:31

Bolsonaro é derrotado para Comissão de Direitos Humanos da Câmara, mas vence. Ou: Os parceiros Bolsonaro, Feliciano e Jean Wyllys

Assis do Couto: novo presidente da comissão já está sob patrulha
Assis do Couto:  presidente da comissão já está sob patrulha
Bolsonaro: quase presidente; resultado já é vitoria
Jair Bolsonaro: quase presidente; resultado já é uma vitória
Tenho uma paciência infinita pra debater mesmo o que me parece óbvio, por mais irritante que seja ver as patrulhas de sempre a… patrulhar — e, o que é mais espantoso, com resultados às vezes contraproducentes até para as suas próprias teses. Vamos lá. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi derrotado por Assis do Couto (PT-PR) na disputa pela presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorais da Câmara. O parlamentar do Rio contava com o apoio de Marco Feliciano (PSC-SP), o ex-presidente. Foi uma derrota com sabor de vitória: 10 votos a 8. Dadas a atuação de Bolsonaro, sua retórica exacerbada, seu ânimo para a provocação, foi um desempenho e tanto. Intuo que nem ele esperasse resultado tão expressivo. Há duas semanas, militantes do sindicalismo gay circulam pelos corredores da Câmara provocando o parlamentar do PP, com gritaria, beijaço, essas coisas. Ele não se faz de rogado. Nesta quarta, respondia ao deboche com deboche: “Quando eu for eleito, a primeira coisa que vou fazer é convocar um seminário para vocês aprenderem a ser homens! Vão ser os mais machos do país! Isso aí é falta de surra!” E o outro lado fazia o de sempre: “Fascista, homofóbico, reaça…” À sua maneira, é bom que fique claro, eles se entendem e são protagonistas de uma mesma narrativa.
Nas próximas eleições, o deputado gay Jean Wyllys (PSOL-RJ) certamente terá muito mais do que os ridículos 13 mil votos com que chegou à Câmara — eleito, na verdade, por Chico Alencar. Em 2014, corre o risco de superar o outro. Gente como Bolsonaro e Feliciano fortalece Wyllys por motivos óbvios. E o contrário também é verdade: quem tem esse parlamentar do PSOL como principal adversário nem precisa fazer campanha. Assim, os três — dois no Rio e um em São Paulo — certamente estarão entre os campeões de voto de 2014. Segredo de cada lado: um grita “fascista!”; o outro responde (ou o contrário): “Bicha!” E todos eles se entendem atraindo eleitores. Que fique claro: não estou discutindo os méritos da convicção de cada qual. Podem até ser sinceros no que dizem de bom e de ruim.
De volta ao leito. Por que a derrota de Bolsonaro é uma vitória? Em primeiro lugar, como está claro, porque a votação foi muito expressiva. Em segundo lugar, porque a derrota da chamada “pauta das minorias” se deu intramuros, na votação feita no próprio PT para decidir quem seria o candidato do partido: o moderado (em matéria de costumes) Assis do Couto venceu o mais esquerdista Nilmário Miranda (MG) por 35 votos a 22. Se o adversário de Bolsonaro tivesse sido Nilmário, o resultado poderia ter sido outro.
A patrulha já começou
Muito bem! A patrulha das ditas “minorias” contra o petista vencedor já começou. Ele integra no Congresso a “Frente Mista em Defesa da Vida Contra o Aborto”, o que faria dele, mesmo sendo petista, uma reacionário, incompatível para o cargo. Couto ainda tenta se justificar perante esses tribunais, afirmando que integrar uma frente não quer dizer concordar com todas as propostas; que uma coisa são suas convicções — é católico —, outra, suas obrigações como parlamentar e coisa e tal. Nada disso convence as milícias do abortismo.
Por que chamo “milícias”? Porque é um absurdo que se parta do principio de que o membro de uma Comissão de Direitos Humanos e Minorias tenha de ser, necessariamente, favorável ao aborto. Desconheço qualquer país do mundo ou legislação que considerem a interrupção da gravidez um dos direitos do homem. Essa perversão moral só frutifica por aqui e só encontra guarida na imprensa brasileira. Mundo afora, mesmo nos países em que o aborto é legal, a questão se insere nos temas de direito da família, dos direitos reprodutivos da mulher, dos direitos individuais etc. Não concordo, evidentemente, com nenhuma dessas classificações para o caso, mas me parece bastante mais honesto do que chamar a morte do feto de “direito humano”. Aí alguém grita: “É um direito humano da mulher, Reinaldo Azevedo!” Sei. E se o pai, por exemplo, for contra? Em que categoria se encaixa a sua restrição?
O problema dessas patrulhas — sindicalismo gay, abortistas etc — é que, ao contrário do que dizem, repudiam o debate democrático e o confronto de ideias. Ou as pessoas aderem à sua pauta ou são irrevogavelmente reacionárias e têm de ser banidas do espaço público. Como esquecer que tentaram arrancar Feliciano da comissão na marra, ao arrepio de qualquer lei, como se ele não tivesse o direito de estar lá? E ele, é claro!, tinha.
A natureza da militância, sei bem, é não descansar nunca. Noto que essa gente nem mesmo se ocupou, vá lá, de comemorar a vitória contra Bolsonaro. Já saiu empurrando o novo presidente da comissão contra a parede. Essa pressão fascistoide está gerando efeito contrário ao pretendido. Por muito pouco, o novo presidente da comissão não é Bolsonaro.
Por Reinaldo Azevedo

ADENDO ADHT: Vamos todos ser pró-ativos, isto é, após lermos uma notícia como esta vamos escrever para o novo Presidente da CDHM e dizer a ele o que esperamos dele e dos participantes da CDHM para este ano de 2014.
1).Entre os nossos pedidos devemos incluir que ele realmente defenda os direitos das minorias, mas nunca PRIVILÉGIOS. A Constituição diz que somos todos iguais e por isto não deve haver regalias para MINORIA alguma. 

2).Chega de bolsas dadas sem uma análise profunda da real necessidade do bolsista. Se é pobre, é justo que seja ajudado, mas é necessário cobrar do bolsista, os resultados do investimento que o Estado faz com nossos impostos para ajudar os menos favorecidos da sociedade. 
3).Cobre dele também que não libere verbas para os LGBT como foi feito durante 18 anos pelo PT para gastar em paradas gays. Que essas verbas sejam destinadas ás escolas, hospitais, saude e educação.

4 comentários:

  1. Eu não entendo, se a CDHM foi feita especialmente para atender as minorias ,como um homem como ele vai querer presidir essa Comissão?Pois ele mesmo falou:“Maioria é uma coisa e minoria é outra. Minoria tem que se calar, se curvar à maioria." mas parece que ele se esquece que a CDHM foi feita para grupos minoritários,portanto Jair Bolsonaro não presta para presidir essa Comissão,pois não é uma Comissão para atender a maioria.Portanto, faz sentido ele perder.

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    1. Pelo contrário, seria muito bom o Dep. Jair Bolsonaro dirigir a CDHM porque interromperia um ciclo de 18 anos em que o PT assaltou esta comissão para usá-la apenas e tão somente para defender o Gayzismo e liberar altas verbas para os caras fazerem sexo e usar drogas nas paradas gays. Se quiser conhecer bem o problema, vá ao youtube.com.br e veja os videos das Paradas Gays desde que começaram. Se tiver coragem e estomago, é claro.

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  2. Uma frase bastante famosa nas redes sociais referente a Jair Bolsonaro caso ele venha presidir essa Comissão é:"NUNCA VIMOS RAPOSA CUIDA DE GALINHEIRO" é a mais pura verdade quando se trata desse situação.

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    1. Sim, ele se referiu a deputados PETISTAS gays cuidarem da CDHM para JAMAIS cuidarem de outras minorias. O interesse deles é usarem a CDHM para apoiar o Gayzismo e destruir a familia e nossas crianças, adolescentes e joves.

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