Link deste artigo: http://bit.ly/18nSKjc

12 de novembro de 2013

Marco Feliciano e os “diabos”

Visita de pai-de-santo ao deputado assembleiano desperta descontentamento e repúdio entre acusadores

Julio Severo

Um blog de linha calvinista não poupou tentativas de incendiar um episódio em que o Pr. Marco Feliciano, líder assembleiano que é deputado federal, recebeu a visita de um pai-de-santo em seu gabinete em Brasília. A manchete do blog gritava: “Marco Feliciano tem ajuda de terreiros de Umbanda?? O Marcos Feliciano representa os espiritas também?? Ele tem ajuda dos demônios??”

Marco Feliciano

O grito final da matéria nitidamente incendiária foi: “Este homem deveria ser repudiado pelos cristãos.”

O que foi que aconteceu, afinal? Marco Feliciano programou um encontro em seu gabinete com um pai-de-santo? Ele queria conversar com ele sobre como receber a proteção dos exus? Ele queria uma aliança com bruxos?

Quem eu sei que deliberadamente programou encontros com pais-de-santo foi o Rev. Marcos Amaral, da Igreja Presbiteriana do Brasil. Sua unidade com pais-de-santo visa promoção de políticas da ONU e do PT. Sua unidade também visa promover a Igreja Presbiteriana do Brasil e a Universidade Mackenzie, conforme fontes presbiterianas internas.

Meses atrás, Amaral disse que queria vida longa para Hugo Chávez e um derrame para Feliciano. Ele também participou de eventos esquerdistas pedindo a remoção de Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados de Brasília.

Feliciano teve de aguentar os “diabos” das esquerdas e de Amaral em sua luta para não ser derrubado da presidência da CDH.

Nunca vi a blogueira calvinista dizendo: “O Rev. Marcos Amaral, da nossa IPB, deveria ser repudiado pelos cristãos.”

Ao contrário do que insinuou a blogueira, Feliciano não procurou nem proteção nem ajuda da bruxaria. Neste vídeo, ele explica o caso:http://youtu.be/BISdTQjAj10

Em entrevista exclusiva ao Blog Julio Severo, Feliciano dá detalhes.

Marco Feliciano fala com Julio Severo

Julio Severo: Alguns líderes evangélicos e muitos tabloides fofoqueiros estão dando a entender que você teve a iniciativa de procurar e pedir a ajuda de um pai-de-santo. Isso é verdade?

Marco Feliciano: Quem ouviu o que eu disse sobre o assunto sabe que eu estava no meu gabinete em Brasília e fui procurado pelo babalorixá.

Julio Severo: Você acredita que os pais-de-santo e suas religiões servem ao Deus vivo?

Marco Feliciano: Para nós monoteístas só há UM DEUS VERDADEIRO. Na crença deles existem outros “deuses”. Deus VIVO há só um. Quem adora outros deuses não está em concordância com a Bíblia.

Julio Severo: O pai-de-santo que tomou a iniciativa de visitar e apoiar você ofereceu uma espada de São Jorge e você recusou. Mas quando ele ofereceu o apoio de tambores e atabaques em rezas para “proteger” você, os acusadores dizem que você agradeceu. Sua atitude teve como motivação o fato de você acreditar que eles servem ao mesmo Deus da Bíblia ou o fato de que você não quis ser rude e assim manter as portas abertas para evangelização?

Marco Feliciano: Ele não ofereceu proteção. Apenas disse que todos os que o enviaram estariam fazendo suas “preces” pedindo proteção a mim e minha família. Eu não agradeci. Ele disse isso e saiu do gabinete. Lembrei-me na hora do que disse Jesus: QUEM NÃO É CONTRA NÓS, É POR NÓS. Eu fui educado. Alguém bate a sua porta e lhe oferece ajuda, o que você faz? Simplesmente fiquei em silencio.

Julio Severo: Alguns líderes e blogs fofoqueiros estão dando a entender que, no que depender de você, os pais-de-santo são agora nossos irmãos. O que você pensa sobre isso?

Marco Feliciano: Tais “comentaristas” não merecem minha resposta. São apedeutas. Quando li alguns deles ri, pois nenhum deles se manifestou a favor quando eu estava no meio do fogo cruzado. Precisam crescer.

Julio Severo: Seu trabalho pastoral envolve ajudar pais-de-santo a encontrarem libertação?

Marco Feliciano: Meu trabalho pastoral envolve levar Cristo os que querem conhecê-lo e isso inclui a todos.

Julio Severo: Você tem testemunho na família envolvendo pais ou mães-de-santo?

Marco Feliciano: Irmã Veronice, minha tia que é membra da Assembleia de Deus em Orlândia (minha cidade). Ela era “mãe-de-santo”. Eu a ganhei para Jesus. Ela e toda sua casa servem a Deus hoje.

Julio Severo: O que você diria aos evangélicos que estão atacando você e espalhando que você está em busca de proteção de demônios?

Marco Feliciano: Cito a Bíblia para eles: “Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados” (Tito 1:15). Peço a eles que orem, afinal prestam um desserviço ao Reino de Deus quando falam tanta asneira. Já tenho gente suficiente para me atormentar como ativistas gays e a grande mídia.

O homem e a mulher de Deus e os bruxos

No lugar de Feliciano, a blogueira calvinista e outros enxotariam o pai-de-santo do gabinete aos pontapés!

Dois pontos muito claros da entrevista de Feliciano:

* Feliciano não procurou o pai-de-santo.

* Feliciano não pediu proteção de demônios.

Cada caso tem de ser examinado conforme a Bíblia, se é que os acusadores a leem com o coração aberto para o Autor.

José do Egito se casou com a filha de um bruxo muito importante. E aí, acusadores, que tal colocar José na sua lista negra? Vejam o que a Bíblia diz:

“E o Faraó impôs a José o nome de Zafenate-Paneia e lhe deu por mulher Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om, cidade do sol.” (Gênesis 41:45 KJA)

Um sacerdote egípcio era um bruxo. Por que então José se casou com a filha de um bruxo? Não foi por opção. Não foi porque ele havia planejado: quero casar com a filha de um bruxo!

Os acusadores de Feliciano teriam palavras não menos pesadas para José: “Casou com a filha de um bruxo! Hipócrita! Diz que é sábio, mas é um tolo!”

Os acusadores insinuam que Feliciano escolheu envolvimento com os diabos, mas o que é pior: o diabo agindo num pai-de-santo que não conhece a luz da Verdade ou o diabo agindo na mente e língua de alguém que diz conhecer essa luz?

De acordo com o Dicionário Bíblico Ilustrado de Nelson (versão em inglês e edição de 1986), nas 35 vezes em que aparece na Bíblia, a palavra “diabo” significa “acusador” ou “enganador.” “Diabo” vem de uma palavra grega que significa “falsa testemunha,” um termo ligado a acusador, pois em ambos os casos, a pessoa que difama faz acusações e dá testemunhos falsos acerca de outro a fim de destruir a reputação ou a própria vida da vítima.

A blogueira calvinista deveria dar maior atenção à palavra “diabo.” Não entender isso é cair em diabolices: acusações, difamações e falso testemunho.

Coincidência ou não, um dos maiores acusadores do Brasil, aclamado como “profeta” por outros acusadores, saiu exatamente do meio presbiteriano.

E um dos maiores tabloides difamadores do Brasil pertence a um acusador que se orgulha de se autodenominar calvinista.

Em vez de se ocupar em procurar e ver supostos satanismos no quintal assembleiano ou outros, a blogueira calvinista deveria abrir os olhos para ver a infiltração satânica já ocorrendo em seu próprio quintal. Recentemente, a Universidade Presbiteriana foi palco de um dos maiores eventos evangélicos esquerdistas do Brasil. E aí: ela teria coragem de dizer “O Mackenzie deveria ser repudiado pelos cristãos”?

Onde há motivo para louvar a Deus (Feliciano entregou uma Bíblia ao pai-de-santo), os “diabos” veem apenas motivos para acusar e difamar. Eles não poupariam nem a senhora do testemunho abaixo:

Uma senhora muito pobre telefonou para um programa cristão de rádio pedindo ajuda.

Um feiticeiro que ouvia o programa resolveu pregar-lhe uma peça.

Conseguiu seu endereço, chamou seus secretários e ordenou que fizessem uma compra e levassem para a mulher, com a seguinte orientação:

— Quando ela perguntar quem mandou, respondam que foi o DIABO!

A mulher os recebeu com alegria e foi logo guardando os alimentos.

Os secretários do feiticeiro, espantados com a reação da mulher, lhe perguntaram:

— A senhora não quer saber quem lhe enviou estas coisas?

A mulher, na simplicidade da fé, respondeu:

— Não, meu filho. Não é preciso. Quando Deus manda, até o diabo obedece!

Ai dessa senhora se seu sobrenome fosse Feliciano! Esse testemunho é de autor desconhecido. E é até bom que a mulher seja anônima, pois os difamadores poderiam sem demora levantar a acusação: “Recebeu ajuda do diabo! Essa senhora pobre deveria ser repudiada pelos cristãos!”

Satanismo no púlpito!

A difamação, quando se espalha, nunca fica numa única boca e ouvido. Por isso, os “diabos” nunca param de falar, inflamar e incendiar.

Eles exigem que a excelência de Deus, que é ouro puro, seja transmitida em vasos de ouro. Eles exigem dos outros o que eles mesmos não têm.

“Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para demonstrar que este poder que a tudo excede provém de Deus e não de nós mesmos.” (1 Coríntios 4:7 KJA)

Marco Feliciano continuará como vaso de barro (humano e imperfeito), independente das exigências dos “diabos.”

Quanto aos blogueiros calvinistas que procuram motivos e vítimas pentecostais para suas acusações, eles deveriam ser cuidadosos com quem prega em seus próprios púlpitos: um dos casos mais bizarros de satanismo dentro da igreja na história protestante ocorreu exatamente no meio presbiteriano. Esse caso foi imortalizado na famosa obra “O Médico e o Monstro,” de Robert Louis Stevenson.

Fonte: www.juliosevero.com

Leitura recomendada:

Eleição presidencial 2014 aos olhos da Teologia da Libertação

Julio Severo entrevista Dep. Marco Feliciano: Como uma oposição gayzista colossal catapultou o nome dele à fama, tornando-o o político evangélico mais proeminente do Brasil

Negros são macacos? Assim mostrou “Blog da Dilma”

Marco Feliciano e o beijo das tarântulas

Esquerdismo no Mackenzie — do jeito que o Genizah gosta!

O feitiço do sucesso: Rev. Marcos Amaral, IPB, Globo e ONU

O médico e o monstro, e o pregador presbiteriano satanista

Um dos maiores acusadores do Brasil surgiu do meio presbiteriano

O mau-caratismo da esquerda protestante apologética

Missão da esquerda protestante: Atacar o neopentecostalismo e promover o esquerdismo