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terça-feira, 16 de julho de 2013

Marco Feliciano critica encontro de Dilma Rousseff com Ana Paula Valadão e outras cantoras gospel: “Mais um engodo. Acorda Igreja”

Marco Feliciano critica encontro de Dilma Rousseff com Ana Paula Valadão e outras cantoras gospel: “Mais um engodo. Acorda Igreja”

Publicado por Tiago Chagas em 16 de julho de 2013

Marco Feliciano critica encontro de Dilma Rousseff com Ana Paula Valadão e outras cantoras gospel: “Mais um engodo. Acorda Igreja”

O encontro realizado pela presidente Dilma Rousseff com um grupo de cantoras evangélicas na tarde de ontem, 15 de julho, no Palácio do Planalto, foi duramente criticado pelo pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) em seu perfil no Twitter.

Feliciano classificou como “engodo” o encontro que, segundo ele, foi articulado pelo ministro Marcelo Crivella (PRB-RJ) para que Dilma fique “bem na foto com os evangélicos”.

Ontem, as cantoras deram declarações afirmando que no encontro havia sido uma “festa bonita”, e que haviam ouvido promessas da presidente de melhorias sociais, além de cantarem e orarem com Dilma, Crivella, e os ministros Gilberto Carvalho e Gleisi Hoffmann.

Na reunião, estiveram presente Ana Paula Valadão, Bruna Karla, Cássia Helena de Sousa, Damares, Eyshila Oliveira Santos, Ezenete Alexandrina, Fernanda Hernandes Rasmussen, Irene Maria Hermenegildo Lopes Correa, Juliana Alonso Machado, Leonor Alonso Machado, Mara Maravilha, Maria do Carmo Araujo, Maurizete da Silva Catarina Acioli, Rubia Pinheiro Fernandes, Sonia Hernandes e Valnice Milhomens Coelho.

Marco Feliciano disse que não tinha “nada contra as cantoras”, mas o episódio apenas confirmava que Crivella havia sido nomeado ministro para que representasse os evangélicos no governo Dilma.
“Não existe assessoria mais ineficaz do que a da Presidenta Dilma. No afã de ‘ouvir os evangélicos’, lideradas por Crivella, recebe cantoras. Nada contra as cantoras, todavia, as convidadas nada sabem sobre o real motivo de suas visitas, ficar bem na foto com os evangélicos”, afirmou o pastor e deputado.

Segundo ele, se a reunião fazia parte de uma iniciativa do governo para dar resposta à série de manifestações pelo país, Dilma deveria ter recebido lideranças pastorais: “A 1ª manifestação foi liderada pelo Pr. Silas, que com lideres (pastores) de todo o Brasil dia 5/6 levaram 70 mil pessoas a Brasília.

Será que as cantoras pediram o veto do PLC 003/2013? Lei que tornará o aborto legal? Com certeza não e por quê? Porque não tem conhecimento!

Será que aproveitaram para falar sobre o PL 122 que semana passada quase foi colocado em pauta por Renan Calheiros?”, questionou, citando duas das principais questões políticas mais comentadas por líderes cristãos no Brasil, atualmente.

twitter marco feliciano

“Mais uma vez o ministro Gilberto de Carvalho, ministra Gleisi Hofffman confirmam o que uma vez desmentiram: o cargo dado ao Min. Crivella. Porque Crivela ‘representa’ os evangélicos. Erro gravíssimo! Mais um tiro dado no pé, pois acende a indignação dos líderes evangélicos. Hoje as mídias sociais das cantoras mostram suas fotos, sorrisos e ficarão para seus currículos, todavia as necessidades que temos continuarão. Acorda igreja! Porque não chamaram pastores? Porque haveria reivindicações, conversa séria sobre problemas reais. Mais um engodo!”, publicou no Twitter.
Segundo Feliciano, embora a presidência da República tenha necessidade de receber orações, questões políticas não se resolvem apenas dessa maneira, e seria necessário que a presidente se reunisse com líderes que possuem representatividade política entre evangélicos.
“A presidenta Dilma precisa e muito de orações, mas também precisa manter sua palavra como ser contra ao aborto, coisa que não tem feito! Ou pensa ela que nos esquecemos sobre os ministérios que estão nas mãos de suas ministras que nos rotulam como fundamentalistas e reacionários? Na 6ª feira alertei um assessor do min. Gilberto de Carvalho, mas não adiantou, não respeitam, então que arquem com as consequências”, esbravejou.
[Atualização]
Pastor Marco Feliciano voltou a criticar a reunião promovida pela presidente em seu perfil no Twitter:
Boa tarde a todos, sempre na paz que excede todo o entendimento.
Gostaria de me antecipar aqui e dizer que meus posts na madrugada foram um ataque frontal ao Palácio do Planalto. Nada contra as cantoras. Pelos nomes que li são mulheres abnegadas que receberam um convite do ministro Crivella que se colocou como representante dos evangélicos. É inadmissível que o Planalto se porte dessa forma. Usar a bondade das cantoras evangélicas pra tapar o sol com a peneira.
Por quê não convidaram: Valdemiro Santiago, Edir Macedo, Manoel Ferreira, R. R. Soares, Silas Malafaia, Estevam Hernandes, Jabes de Alencar, Mário de Oliveira, Rodovalho, Samuel Câmara, José Wellington Bezerra da Costa, Isaias de Souza Maciel, Renê Terra Nova, Ap. Ouriel, Ap. Cezar Augusto, Marcio Valadão, Paulo Freire (que é o presidente da Frente Parlamentar Evangélica), e outros? Por quê não os convidaram?
Não os convidaram porque a presidenta seria confrontada, cobrada, e o Planalto neste momento queria ficar bem na foto, jogar para a platéia. Terminando, louvo a Deus pelas nossas irmãs que estiveram e oraram pela presidenta. Fizeram sua parte da melhor maneira possível. Fica então meu protesto ao Palácio do Planalto, na pessoa da Presidenta. E também ao ministro Crivella que arquitetou esse encontro. Desmereceu os líderes evangélicos vendendo a imagem de representante-mor do povo evangélico que sempre é usado como massa de manobra.
*Atualizado às 14h44
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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