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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Pesquisa Tendenciosa da Folha de S.Paulo...veja !

Mulheres apontam número ideal de parceiros - Folha de S.Paulo - Cotidiano - 1/5/2005 - Notícias - Na Mídia

Cem entrevistadas dizem com quantos homens querem ter relações ao longo da vida; 23 é quantidade média ADHT: Apenas cem mulheres? Onde a Folha fez estas entrevistas? Na USP?

Três é pouco, 10 é bom e 30 é um absurdo? Para algumas mulheres, sim. Para outras, 10 é ridículo, 20 é provável e 30 está longe do limite. A pergunta feita pela reportagem era simples: com quantos homens uma mulher deve transar na vida? Em seguida, para contextualizar: por que esse número é o ideal?

A reportagem ouviu cem mulheres, para tirar uma média -que ficou em 23. Afinal, o que é mais importante, qualidade ou quantidade? Ou qualidade e quantidade? Ainda que a mulher tenha encontrado logo o príncipe encantado, não vai sobrar uma curiosidade tardia do tipo "como teria sido se..."?

A primeira reação das entrevistadas é uma gargalhada. Passado o desconforto inicial, muitas fazem contas. Poucas dizem um número de cara.

"Para mim, 20 é um bom número, porque é provável que aconteça", diz a fisioterapeuta Paula Prisco, 23, em um bar da Vila Madalena (zona oeste de SP) com a amiga Susanne Araújo Olivieri, 23, que estuda geologia. "De 25 a 30 é o ideal, porque vai chegar uma hora em que eu vou querer estabilizar. Quando? Acho que com uns 32", calcula Susanne.

"Trinta e poucos" parece ser a idade escolhida pelas mais jovens para se "aquietar"; mas, para quem tem "20 e poucos", esse futuro parece distante. "Como, a partir dos 30 e tantos, eu quero estar com alguém numa relação séria, 35 parceiros está bom", diz Nara Essaki, 24, que estuda psicologia e namora há dois anos.

A maioria das mulheres elege qualidade e competência como quesitos mais importantes. "Fazemos a seleção natural; os homens são pura estatística, transam com qualquer bagulhão", diz Susanne.

"Não adianta ter cem parceiros com o sexo feito de forma precária, rápida, com preconceitos, sem entrega", diz a sexóloga e psicanalista carioca Regina Navarro Lins, 56, autora de "Cama na Varanda" (editora Rocco). Para Regina, não deve haver limite "nem para mais nem para menos".

Para a psicanalista Eliana Calligaris, autora do livro "Prostituição: o Eterno Feminino" (ed. Escuta), o que permite uma sexualidade prazerosa não é o número de parceiros, mas o acesso às fantasias sexuais que decidem a possibilidade de entrega.

Placar certo Preferências à parte, o resultado da enquete revela que:

1) "Com quantos caras ela quiser" é a resposta feminista-politicamente-correta;

2) "Não existe um número ideal" é o mote de quem quer evitar fazer -ou revelar- as contas;

3) 10 é um número "neutro", que não assusta por não ser alto ou baixo demais.

Um placar errado pode pegar mal. O número de parceiros ganha usualmente um peso moral, e mesmo as mulheres que querem "aproveitar a vida" têm medo de ser tachadas de "facinhas".

"Você tem que fazer o que te faz feliz, sem se preocupar se te acham vagabunda. Mas, se eu passar dos 100, vou achar demais", resume a analista de mercado Daniela Barbosa, 25, para quem 50 é "razoável".

Quais são os números que podem manchar a reputação? "Muitas respondem 3 ou 10 querendo ser bonitinhas ou 200 para ser moderna. O número ideal é aquele que te satisfaz. Para mim, 75", diz a psicóloga Daniela Roo, 27. "Se a mulher transa muito, fica mal-falada, depois não consegue namorar. Psicologicamente, muitas se sentem usadas, vazias, a auto-estima cai", acredita Ailton Amélio da Silva, 56, professor de relacionamento amoroso do Instituto de Psicologia da USP.

Um "score" muito baixo também pode incomodar. "É bom ter uma certa experiência. Mas acho que ter 50 homens não é muito diferente de ter 12. Até certo ponto, as diferenças são grandes; depois, não muda muito", diz Silva.

O placar apontado raramente fica abaixo de dois dígitos. "Considerando que acertar o alvo perfeito é difícil, pelo menos dez experiências são necessárias", acredita a produtora de vídeo Silvia Suckeveris, 48, casada três vezes, divorciada, com um filho de 14 anos.

"Acho arriscado casar virgem. As pessoas falam "no meu tempo era diferente", mas os meus tempos são hoje. Esse é o tempo de todo mundo que está vivo", diz a professora aposentada Trinidade Espinosa, 66, que se casou pela segunda vez há dois anos e considera 3 um número ideal -quase o mesmo apontado pela adolescente Juliana*, 50 anos a menos, que disparou "5 e olhe lá". Ela foi exceção na turma de seis alunas entre 16 e 18 anos que moram em São Miguel Paulista, zona leste. As colegas se espalharam na faixa entre 10 e 30 parceiros.

Na porta de um colégio de classe média-alta em Pinheiros, um grupo de garotas de 15 anos chuta a média: 30, 35, "de 40 a 50" e 70. "Não quero casar, quero juntar, e quero fazer isso com uns 35 anos. Mas 35 caras pode ser pouco, então coloque 70", diz Sofia*.

Nenhuma mulher ouvida pela reportagem disse 1. "Todas deviam ter a chance de transar com pelo menos três", diz a representante de vendas Fernanda Roberta Garcia de Oliveira, 33.

Folha de S.Paulo - Cotidiano

Por Debora Yuri Serviço de Apoio Institucional do IPUSP Av. Prof. Mello Moraes, 1721 - sala 26 - Cidade Universitária - São Paulo, SP Telefone: 3091-4178 ipcomunica@us.br

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